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Estado de Minas DA ARQUIBANCADA

Sal�rio em dia e Pezzolano: os diferenciais do Cruzeiro em 2022

Este ano temos um time de oper�rios dedicados, absurdamente bem treinados, com uma fidelidade canina �s instru��es do comandante Pezzolano


15/06/2022 04:00 - atualizado 15/06/2022 11:26

Paulo Pezzolano, do Cruzeiro
Este ano temos um time de oper�rios dedicados, absurdamente bem treinados, com uma fidelidade canina �s instru��es do comandante Pezzolano (foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro)


Bruno Bueno*

Amanh� teremos outro show da maior e mais fan�tica torcida de Minas Gerais. Em um jogo da s�rie B, voltaremos a colocar 60 mil pessoas no Mineir�o, enquanto o rival n�o consegue colocar nem 30 mil em partidas da Libertadores e da s�rie A do Brasileir�o. S� discordo quando dizem que a torcida do Atl�tico de Lourdes entra muda e sai calada. Na verdade, ela � bem barulhenta no quesito vaiar o pr�prio time quando n�o est� em boa fase, como temos visto.

Neste feriado de Corpus Christi teremos, no Mineir�o, a presen�a ilustre do patr�o, o maior atacante que minha gera��o j� viu atuar nos gramados do mundo. Ronaldo Fen�meno, que nos encantava dentro das quatro linhas, destruindo impiedosamente o rival nos cl�ssicos e dando ao Brasil o �ltimo mundial que conquistamos, agora d� show fora de campo.

Depois dele, as coisas come�aram a dar certo. Nosso p�o passou a cair com a manteiga para cima, parou at� de chover depois de lavar o carro, a pandemia come�ou a arrefecer. Antes dele, de 2019 a 2021, at� quando a bola entrava, n�o era dado o gol. Tinha juiz que, mesmo depois de reiniciado o jogo, dava um jeito de chamar o VAR para anular gol leg�timo do Cabuloso.

Do outro lado da lagoa, bastava uma folha cair perto da �rea pra juizada dar p�nalti. At� a proeza de eliminar de uma Libertadores, no apito, o Boca Juniors, os caras conseguiram. Logo o Boca, o time sul-americano mais ajudado de toda a hist�ria. Mas parece que, agora, a situa��o se inverteu. Os p�naltis estranhos acabaram. E a torcida deles, que s� apoia na boa, j� est� abandonando o barco.

No Cruzeir�o, a gest�o fenomenal trouxe consigo os dois principais fatores respons�veis pela atual boa fase: sal�rios em dia e Paulo Pezzolano. Um elenco modesto, sem estrelas, mas com uma defesa arrumada, volantes aplicad�ssimos, meias e atacantes determinados e um artilheiro oportunista, com faro de gol, est� fazendo muito mais do que atletas mais caros fizeram nos anos anteriores.

Este ano temos um time de oper�rios dedicados, absurdamente bem treinados, com uma fidelidade canina �s instru��es do comandante Pezzo e um �timo condicionamento f�sico, algo que h� muito n�o v�amos.

Poderia dar aqui destaque muito maior � frieza de Rafael Cabral, � lideran�a silenciosa de Brock, � efici�ncia discreta de Lucas Oliveira, aos implac�veis Neto Pitbull Moura e William Rottweiler Oliveira, ao motorzinho Jaj� ou ao matador Edu. Mas o que mais se destaca na nossa Pezzolaneta (analogia � Scaloneta, apelido da Sele��o Argentina) s�o o conjunto, a disciplina t�tica e a intensidade.

A nota negativa da semana fica por conta da les�o s�ria de que foi v�tima o atacante Jaj�, depois de uma entrada covarde no jogo de domingo. E o pior: o autor da agress�o recebeu somente um amarelo, sequer questionado pelo VAR. Os �rbitros brasileiros demonstram um rigor absurdo quando t�m suas decis�es contestadas por atletas e treinadores, mas viram uns verdadeiros bananas quando precisam coibir a viol�ncia e proteger o bom futebol.

For�a, Jaj�! Receba da maior torcida de Minas as boas energias e os desejos de uma r�pida recupera��o.

*Jornalista, belo-horizontino, residente em Bras�lia, cruzeirense nas boas e nas m�s. Escrevendo esta coluna a convite do jornalista Gustavo Nolasco

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