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Estado de Minas DA ARQUIBANCADA

Aos mestres, com carinho

"Papa Pezzolano � o principal respons�vel pelo renascimento do Cruzeiro nos gramados"


12/10/2022 04:00 - atualizado 12/10/2022 00:05

Pezzolano, técnico do Cruzeiro durante jogo contra o Sport
Paulo Pezzolano � o grande 'maestro' do Cruzeiro, campe�o da S�rie B do Campeonato Brasileiro. Uma de marcas do treinador � fazer o time jogar com muita intensidade (foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro)
 
Neste s�bado(15/10) comemora-se o Dia do Professor. Provavelmente a mais importante profiss�o do mundo. No futebol, os treinadores recebem a nobre denomina��o de professor. Alguns a honram mais, outros menos. Este ano, convenhamos, estamos muito bem servidos nesse quesito. O mestre Pezzolano � o grande mentor da �pica campanha cruzeirense em 2022.
 
N�o me lembro, em quatro d�cadas acompanhando o Maior de Minas, de um elenco jogando os 90 minutos com tanta pegada. Somos hoje o time com maior intensidade no mundo. Elencos melhores que este, obviamente, tivemos v�rios. Mas uma equipe que apresenta, ao mesmo tempo, tamanha vontade, organiza��o t�tica, intensidade e preparo f�sico, asseguro que nunca t�nhamos visto.
 
Papa Pezzolano � o principal respons�vel pelo renascimento do Cruzeiro nos gramados. Fora das quatro linhas, n�o canso de repetir, os respons�veis s�o dois: Ronaldo Fen�meno, que reorganizou a casa, e a maior e mais fan�tica torcida de Minas Gerais, que jamais abandonou o barco.
 
Enquanto a turminha de Lourdes n�o consegue encher meio Mineir�o jogando a s�rie A, a China Azul esgota os ingressos a cada jogo da S�rie B. Enquanto o outro lado fica a maior parte do jogo em sil�ncio, transformando o Mineir�o em um verdadeiro Templo Budista, e quando faz barulho � para vaiar a equipe, insultar �dolos e bradar “time sem vergonha”, a nossa torcida canta o tempo todo, apoiando mesmo quando o time n�o vai bem.
 
Voltando � homenagem ao Dia do Professor, outro ponto digno de nota � o comprometimento e o profissionalismo de Pezzolano. Ao contr�rio do que dizem alguns comentaristas, nossa torcida jamais condenou os frequentes cart�es recebidos pelo treinador. As puni��es se devem, predominantemente, a dois aspectos: � obstina��o de Pezzolano pela perfei��o e pelas vit�rias e a uma n�tida persegui��o de alguns incompetentes �rbitros contra t�cnicos estrangeiros.
 
Juntamente com Pezzolano, precisamos reconhecer o trabalho dos demais “professores” da Comiss�o T�cnica. Martin Varini, o auxiliar que � melhor que a maioria dos treinadores que passaram pelo Cruzeiro nos �ltimos tr�s anos. Gonzalo Alvarez, respons�vel por sermos a equipe com melhor condicionamento f�sico do pa�s. Andr� Croda, preparador de goleiros, Mat�as Filippini, analista de desempenho e a mais recente adi��o, Manuel Ramas, que cuida das bolas paradas (quem n�o reparou a sens�vel melhora do time em laterais, escanteios e faltas, nas �ltimas rodadas?).

Juntamente com Pezzolano, precisamos reconhecer o trabalho dos demais 'professores' da Comissão Técnica
Juntamente com Pezzolano, precisamos reconhecer o trabalho dos demais 'professores' da Comiss�o T�cnica (foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro)


A cada um de voc�s, nosso muito obrigado. E os votos de um feliz Dia do Professor!
 
Por fim, n�o posso deixar de homenagear os her�is que, h� exatos 30 anos, conquistaram o bi da Supercopa da Libertadores. Aquele t�tulo teve p�ginas heroicas e inesquec�veis, como a goleada de 8 a 0 em cima do Atl�tico Nacional de Medell�n, com cinco gols de Renato Ga�cho.

Tamb�m testemunhamos a hist�rica vit�ria nos p�naltis contra o River no Monumental de N��ez. Fomos assaltados pela arbitragem, terminando a partida com oito jogadores. Adilson Batista teve a perna fraturada e a torcida advers�ria apedrejou, atirou cadeiras e agrediu nossos atletas.
 
Depois, o inesquec�vel jogo 1 da final, contra o forte Racing. Ganhamos de 4 a 0, com um show dos gigantes Nonato, Douglas, Roberto Ga�cho, Renato Ga�cho e Marco Ant�nio Boiadeiro, autor do quarto gol, uma pintura. A� foi s� administrar o segundo jogo em Avellaneda e dar a volta ol�mpica. N�o custa lembrar que a m�dia de p�blico do
Cruzeir�o, na Supercopa de 1992, foi de incr�veis 73 mil pagantes!

Realmente n�o � de hoje que, em Minas, s� tem uma torcida.
 
*Jornalista, belo-horizontino, residente em Bras�lia, cruzeirense nas boas e nas m�s. Adepto do Pezzolanismo. Escrevendo esta coluna a convite do jornalista Gustavo Nolasco

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