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Estado de Minas ENVELHE�O NA CIDADE

Endere�o na Savassi foi ponto de encontro de gera��es por tr�s d�cadas

As boates L'Apog�e, Excess, Joy, Roxy e Josefine s�o lembradas como refer�ncias na vida noturna de Belo Horizonte


09/02/2022 04:00 - atualizado 09/02/2022 03:22

Interior da boate L'Apogée, com multidão dançando
Festa animada na L'Apog�e, point da balada de BH nos anos 1990 (foto: Acervo)


“Por onde quer que eu passe, acabo sempre na Savassi.” O verso de Pac�fico Mascarenhas � o que h� de melhor para definir a import�ncia geogr�fica e social de um dos bairros mais conhecidos da capital mineira. A coluna pega a frase emprestada e faz sua adapta��o: “Por onde quer que a hist�ria siga, alguma coisa ficar� para sempre guardada na Savassi”. Pac�fico integrou a Turma da Savassi, que se encontrava na padaria que batizou a regi�o. A coluna registrou v�rias vezes o vaiv�m das festas que transformaram aquela �rea em caldeir�o de ritmos, g�neros e anima��o.

Enquanto a Padaria da Savassi, aberta nos anos 1940, era o point de Pac�fico e seus amigos, onde hoje funciona uma operadora de telefonia, para a gera��o que hoje tem 55 anos ou mais a badala��o ficava a alguns metros dali, na Pra�a Diogo de Vasconcelos. Do final dos anos 1980 pra c�, a Ant�nio de Albuquerque, 729, entre as ruas Sergipe e Alagoas, foi o endere�o preferido de uma sociedade que, assim como as transforma��es daquele espa�o, tamb�m se modificou, adequando-se aos “tempos modernos”.

Folder da casa noturna L'Apogée
O folder da casa noturna da Savassi (foto: Reprodu��o)
 
 
27 de setembro de 1990. A L'Apog�e abre as portas, revolucionando o conceito de noite em BH. O espa�o era dividido em scotch bar, restaurante e boate. “Foi um neg�cio de arromba”, lembra R�nei Rezende.  Ele abriu o empreendimento em sociedade com Roberto Jacome, o Jaj�, que se transformou na cara da noite da cidade ao longo de duas d�cadas. Do Hippopotamus, no Rio de Janeiro, R�nei trouxe o maitre Claude Lepair.

As lembran�as s�o muitas. As mais inesquec�veis para R�nei foram as vezes em que Tim Maia, depois de shows no Pal�cio das Artes, ia para a L'Apog�e e cantava no scotch bar. “Era uma �poca de muito glamour”, pontua. “As pessoas disputavam quem gastava mais em uma noite”, conta, lembrando que, com a chegada do t�nis, o fim do glamour foi decretado.

No final dos anos 1990, o movimento da casa j� n�o era o mesmo do in�cio. R�nei saiu da empresa. Jaj�, antenado, percebeu que o espa�o poderia continuar transformando a noite de BH. Em 2000, a L'Apog�e n�o existia mais. Em seu lugar surgiu a Excess, tamb�m capitaneada por Jaj�. A casa abria de quinta a domingo; �s quartas, uma vez por m�s, tinha o Clube de Mulheres.

Na sequ�ncia vieram a Joy, a Roxy e a Josefine, a boate que foi refer�ncia da comunidade LGBTQI+. Nessa fase, Jaj� teve como s�cio Marcelo Marent, sempre lembrado pelas ideias criativas que fizeram sucesso por anos na noite da cidade.

Local da Rua Antônio de Albuquerque ocupado por lojas, onde funcionaram boates da Savassi
Lojas ocupam hoje o local onde funcionaram boates famosas de BH, na Rua Ant�nio de Albuquerque (foto: Helv�cio Carlos/EM/D.A Press)

Fevereiro de 2022. Quase nada lembra o endere�o que foi de ponto de encontro da sociedade glamourosa a endere�o das tribos as mais diversas. O n�mero 729, hoje, est� dividido em tr�s portas. Uma delas, uma loja de produtos nacionais e importados. As outras duas, at� o m�s passado, estavam para alugar.

O mezanino que marcou todas as boates faz parte do im�vel, que, muito antes da L'Apog�e, foi endere�o da loja do estilista Greg�rio Faganello, trazida a Belo Horizonte por R�nei Rezende.

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