
“Por onde quer que eu passe, acabo sempre na Savassi.” O verso de Pac�fico Mascarenhas � o que h� de melhor para definir a import�ncia geogr�fica e social de um dos bairros mais conhecidos da capital mineira. A coluna pega a frase emprestada e faz sua adapta��o: “Por onde quer que a hist�ria siga, alguma coisa ficar� para sempre guardada na Savassi”. Pac�fico integrou a Turma da Savassi, que se encontrava na padaria que batizou a regi�o. A coluna registrou v�rias vezes o vaiv�m das festas que transformaram aquela �rea em caldeir�o de ritmos, g�neros e anima��o.
Enquanto a Padaria da Savassi, aberta nos anos 1940, era o point de Pac�fico e seus amigos, onde hoje funciona uma operadora de telefonia, para a gera��o que hoje tem 55 anos ou mais a badala��o ficava a alguns metros dali, na Pra�a Diogo de Vasconcelos. Do final dos anos 1980 pra c�, a Ant�nio de Albuquerque, 729, entre as ruas Sergipe e Alagoas, foi o endere�o preferido de uma sociedade que, assim como as transforma��es daquele espa�o, tamb�m se modificou, adequando-se aos “tempos modernos”.

As lembran�as s�o muitas. As mais inesquec�veis para R�nei foram as vezes em que Tim Maia, depois de shows no Pal�cio das Artes, ia para a L'Apog�e e cantava no scotch bar. “Era uma �poca de muito glamour”, pontua. “As pessoas disputavam quem gastava mais em uma noite”, conta, lembrando que, com a chegada do t�nis, o fim do glamour foi decretado.
Na sequ�ncia vieram a Joy, a Roxy e a Josefine, a boate que foi refer�ncia da comunidade LGBTQI+. Nessa fase, Jaj� teve como s�cio Marcelo Marent, sempre lembrado pelas ideias criativas que fizeram sucesso por anos na noite da cidade.

O mezanino que marcou todas as boates faz parte do im�vel, que, muito antes da L'Apog�e, foi endere�o da loja do estilista Greg�rio Faganello, trazida a Belo Horizonte por R�nei Rezende.