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Jogo contra o Cuiab� ter� desafio duplo para o Cruzeiro

O cen�rio poderia ser promissor para o time celeste finalmente pegar embalo e encontrar a tranquilidade que Ney Franco precisa para trabalhar. Mas n�o �


01/10/2020 21:03 - atualizado 01/10/2020 23:08

Ney Franco, treinador do Cruzeiro(foto: Bruno Haddad/Cruzeiro)
Ney Franco, treinador do Cruzeiro (foto: Bruno Haddad/Cruzeiro)
Se tem alguma coisa que � poss�vel prever para a partida deste s�bado (3) � noite, entre Cuiab� e Cruzeiro, � que a Arena Pantanal vai ferver. Quase que literalmente. Em um dos anos de temperaturas mais altas pelo Brasil (e ainda h� quem duvide das mudan�as clim�ticas), os term�metros n�o t�m sido piedosos com quem n�o gosta de calor.

No Mato Grosso, onde o clima j� � quente, nesta semana foram batidos dois recordes que devem preocupar o time celeste tanto quanto o advers�rio – que lidera a S�rie B do Campeonato Brasileiro.

N�o � exagero dizer que nunca a cidade mato-grossense sentiu tanto calor. Nessa quarta-feira (30), foi registrada a mais alta temperatura desde que come�aram as medi��es. O que isso significa? O dia mais quente dos �ltimos 110 anos – os registros foram iniciados em dezembro de 1910.

�s 14h de quarta, Cuiab� registrou 43,7°C. J� era muito, mas n�o ficou nisso: tr�s horas depois, os term�metros do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indicaram 44°C. E isso foi a temperatura na sombra, j� que as medi��es s�o feitas em um abrigo de madeira. Sob o sol escaldante (e aqui nem � sentido figurativo), o c�lculo do Inmet aponta para 50°C.

A previs�o n�o sinaliza nenhum refresco nos pr�ximos dias. At� domingo, as temperaturas devem ficar entre 40°C e 43°C, segundo os especialistas. Voc� pode imaginar que a partida sendo �s 21h no hor�rio local (22h de Bras�lia), as condi��es n�o s�o t�o temer�rias. Mais ou menos.

Os meteorologistas apostam que, nesse hor�rio, os term�metros v�o marcar acima dos 30°C. E n�o � s� o calor. Tem a umidade. E para complicar ainda mais, as fuma�as das queimadas (e ainda h� quem duvide dos inc�ndios criminosos no Pantanal e na Floresta Amaz�nica), que tamb�m est�o em patamar recorde em 2020: de 1º de janeiro at� 30 de setembro, foram 18.259. O fogo j� destruiu 40% do Pantanal, de acordo com o Ibama.

Ali�s, este ano d� pinta de que ficar� marcado pela m�xima “nada � t�o ruim que n�o possa piorar”.

Em Cuiab�, a umidade relativa do ar deve variar entre 10% e 35% no fim de semana. H� um m�s, o c�u tem ficado encoberto pela fuma�a. Se j� seria dif�cil para a Raposa enfrentar um advers�rio cuja campanha antecipa dificuldades – o time mato-grossense tem quase 70% de aproveitamento na Segunda Divis�o, com sete vit�rias, quatro empates e apenas uma derrota –, imagine nessas condi��es.

Como se prepara um time para encarar situa��o t�o adversa? Fisicamente, j� se sabe que a partida exigir� muito mais dos jogadores celestes do que os �ltimos confrontos. Saber dosar o ritmo vai ser primordial, para que a equipe n�o entregue os pontos cedo.

Os dias quentes em BH nesta semana podem at� ter ajudado um pouco nessa aclimata��o. No s�bado, at� por aqui o calor bater� recorde, devendo chegar a 38°C, com umidade relativa do ar a 20%. Contudo, ainda assim est� longe do que o grupo celeste encontrar� na Arena Pantanal.

Do outro lado estar� um time que n�o s� est� mais bem adaptado a essas condi��es como atravessa melhor momento em campo. Em seis confrontos em casa, n�o perdeu nenhum (quatro vit�rias e dois empates) e levou apenas um gol, da Chapecoense.

A t�tulo de curiosidade: no comando do Cuiab� est� Marcelo Chamusca, o irm�o do P�ricles, tamb�m t�cnico que fez hist�ria ao levar o modesto Brasiliense ao vice-campeonato da Copa do Brasil de 2002. Marcelo igualmente tem seu nome marcado nos anais do futebol: � o �nico treinador a conseguir o acesso em todas as divis�es nacionais. Em 2013, subiu o Salgueiro para a S�rie C; em 2016, levou o Guarani para a B; e em 2017 comandou o Cear� rumo � elite.

O Cruzeiro chega � partida psicologicamente bem, embalado pela goleada por 3 a 0 sobre a Ponte Preta, no Mineir�o. N�o foi s� o placar. Foi a atua��o mais convincente do time na S�rie B, aquela que, se n�o resolveu todos os problemas, pelo menos deu ao torcedor a expectativa de que o rumo ainda pode ser encontrado.

O ponto ideal est� longe. Os desafios s�o muitos, porque a campanha � p�ssima. Em que pesem todos os problemas extracampo e a dificuldade financeira para montagem do grupo, era de se esperar mais.

Pelo menos para aqueles que acreditam em peso de camisa. Que “time grande n�o cai”. N�o s� cai, como passa dificuldade sim contra equipes de menor express�o, de menor tradi��o.

O cen�rio poderia ser promissor para o time celeste finalmente pegar embalo e encontrar a tranquilidade que Ney Franco precisa para trabalhar. Mas n�o �. Pelas dificuldades que o Cuiab� time vai impor e que a Cuiab� cidade vai apresentar � Raposa.

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