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A antipatia que a Supercopa do Brasil est� despertando no torcedor

O que era para criar expectativa no torcedor, acabou gerando antipatia. Tornou-se enfadonho acompanhar o desenrolar da hist�ria


10/02/2022 20:05

Vista geral da Arena Pantanal, palco da Supercopa do Brasil de 2022, que será decidida entre Atlético e Flamengo
Vista geral da Arena Pantanal, palco da Supercopa do Brasil de 2022, que ser� decidida entre Atl�tico e Flamengo (foto: DOUGLAS MAGNO/AFP - 17/06/2021)

A inten��o � at� boa, mas � aquele papo: de boas inten��es, o inferno est� cheio... A Supercopa do Brasil foi ressuscitada h� dois anos pela Confedera��o Brasileira de Futebol (CBF) para dar uma movimentada no futebol nacional, apontando uma esp�cie de "supercampe�o" da temporada a partir do confronto entre o vencedor do Campeonato Brasileiro e o da Copa do Brasil.

� o tipo de t�tulo que pouco acrescenta � galeria de uma equipe, mas que muitos torcedores adoram lembrar. Em 2022, no entanto, ela ganhou ares de pasquim de fofoca, com bate-bocas novelescos. Muito por culpa da pr�pria entidade organizadora – mas sobretudo de dirigentes dos clubes –, a cada dia cai um pouco mais em descr�dito, numa rota que parece irrevers�vel. A esta altura, est� a um passo de beirar o rid�culo.

Tudo por uma quest�o que, aparentemente, era simples de resolver: o tal do campo neutro para o duelo.

Em tese, o Atl�tico, como dono dos dois t�tulos, poderia at� ser declarado o "supercampe�o". Faz jus ao posto pelo que conquistou. Depois das campanhas arrasadoras no ano passado, dificilmente algu�m contestaria. Nesse cen�rio, nem deveria haver a necessidade deste jogo arranjado contra o vice-campe�o brasileiro, conforme reza o regulamento da Supercopa. 

Mas � sabido que o planeta bola tem regras pr�prias, que passam por interesses que v�o al�m do que pode imaginar a nossa v� filosofia. E justamente por esses interesses, decidiram que tem de ter jogo de todo jeito. E calhou de o advers�rio do Galo ser o Flamengo.

A rivalidade j� estava prontinha no forno, era s� levar � mesa. O problema � que antes mesmo de a bola rolar ela se fez presente da forma mais bisonha poss�vel: em declara��es de cartolas que s� t�m servido para afastar o interesse de muitos torcedores na partida.

Ao deixar indefinido o local do jogo por tanto tempo, a CBF deu abertura para toda a sorte de bobagem que vem sendo falada por a�. Cidades do Brasil e at� do exterior foram anunciadas como potencial sede. A cada nome que surgia, se seguia uma onda de especula��es. 

Foram longos 48 dias de boatos entre o an�ncio do regulamento da Supercopa de 2022, em 22 de dezembro do ano passado, e a oficializa��o da Arena Pantanal. Nesse �nterim, provoca��es e alega��es quase colegiais sendo publicadas em redes sociais, pelos clubes e/ou pessoas ligadas a eles.

O est�dio Man� Garrincha (que recebeu as �ltimas duas edi��es do torneio, em 2020 e 2021, ambas vencidas pelo Flamengo) chegou a ser anunciado como palco do encontro entre Atl�tico e Flamengo, em 26 de janeiro, mas os organizadores recuaram devido �s restri��es de p�blico impostas por mais um surto de COVID-19.

A Arena Castel�o foi sugerida e recha�ada. Tamb�m foram cogitadas as cidades de Manaus, Salvador, S�o Paulo e at� Orlando, nos Estados Unidos.

Com tanta incerteza, come�ou uma corrida contra o tempo. Somente a 12 dias da data marcada para a partida, veio a confirma��o. O que era para criar expectativa, acabou gerando antipatia. Tornou-se enfadonho acompanhar o desenrolar da hist�ria. 

Todo esse imbr�glio poderia ser resolvido de maneira menos complexa, mais objetiva. Havia alternativas que, se n�o renderiam tanto comercialmente falando, evitariam pelo menos a fadiga. At� a rivalidade precisa ter limite, e j� est� muito ultrapassada essa mania de dirigentes ficarem dando satisfa��o para a torcida por meio de declara��es ir�nicas, palavras de efeito. Perdeu a gra�a – se � que em algum momento teve.

� uma daquelas coisas que ficaram no passado, e muita gente ainda n�o aprendeu. 

J� que vai ter a partida de todo jeito, e ela est� marcada, n�o adianta mais choro, nem vela, muito menos nota oficial de teor bem question�vel tornada p�blica – como fez a diretoria atleticana. S� serviu de combust�vel para deboche dos rivais. Efeito pr�tico nenhum.

Agora, � mirar no que d� para salvar desta malfadada Supercopa: a prepara��o para a temporada – em tese, ser� o primeiro grande desafio do Atl�tico neste in�cio de ano – e a premia��o em dinheiro que o trof�u pode render.

A CBF ainda n�o anunciou o valor deste ano, mas baseando-se no que foi distribu�do no ano passado, n�o � de se jogar fora: o campe�o embolsou R$ 5 milh�es (o vice, R$ 2 milh�es). Nada mal para 90 e poucos minutos de bola rolando. 

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