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Em quatro meses, Pezzolano 'pezzolanizou' a torcida do Cruzeiro

Se tem algo que este in�cio de temporada mostrou � que o Cruzeiro tem treinador. No sentido literal da palavra mesmo - aquele que treina um time esportivo


07/04/2022 19:55 - atualizado 07/04/2022 20:10

Paulo Pezzolano, técnico do Cruzeiro
Paulo Pezzolano, t�cnico do Cruzeiro (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Pela terceira temporada consecutiva, o Cruzeiro inicia sua caminhada na S�rie B do Campeonato Brasileiro estabelecendo como meta retornar � elite. A estreia nesta sexta-feira, contra o Bahia, no entanto, traz algo diferente. Uma esperan�a que tem nome e sobrenome – Ronaldo Naz�rio –, al�m de apelido: Fen�meno. E � apostando todas as fichas na m�stica do craque e nos gols fora de campo que ele pode marcar que o cruzeirense confia que, desta vez, tudo vai ser diferente. Que o calv�rio da Segunda Divis�o, finalmente, vai terminar.

� torcida, cabe sonhar. Ainda que nem mesmo Ronaldo possa lhe dar garantias, a simples presen�a do lend�rio camisa 9 d� a ela um passaporte para acreditar. Para projetar dias de gl�rias, de grandes craques e t�tulos expressivos. At� l�, contudo a jornada ainda ser� �rdua – mas essa an�lise, fria, cabe aos analistas.

Tudo o que aconteceu nos primeiros quatro meses da gest�o Ronaldo leva a uma conclus�o pr�via: t�o importante quanto os pagamentos das penalidades na Fifa (transfer ban) ou a reestrutura��o do clube, com o enxugamento de receitas para uma nova (e dura) realidade, s�o as escolhas feitas para o futebol. A principal delas: a do uruguaio Paulo Pezzolano para o comando do time.

Se tem algo que este in�cio de temporada mostrou � que o Cruzeiro tem treinador. No sentido literal da palavra mesmo – aquele que treina um time esportivo.

H� muito faltava � Raposa esta concep��o de equipe. Nenhum dos que passaram pelo cargo p�s-Mano Menezes e pr�-Pezzolano conseguiu estabelecer um conjunto s�lido, um senso coletivo, que vai muito al�m do "time em si", com 11 jogadores. Uma perspectiva mais conceitual que pr�tica.

O uruguaio, conhecido de poucos no Brasil quando chegou, deu essa cara ao Cruzeiro. Se individualmente a forma��o est� longe de lembrar os esquadr�es que ergueram ta�as, coletivamente �, sem d�vida, o que de melhor os celestes t�m desde que ca�ram para a S�rie B e se viram com a miss�o de desbravar o caminho de volta � Primeira Divis�o.

S� para termos de compara��o, vale lembrar como a Raposa largou nas edi��es de 2020 e 2021 da S�rie B. Logo em sua primeira incurs�o, um duro golpe: o Cruzeiro iniciou a competi��o com menos seis pontos como puni��o da Fifa por n�o pagar d�vida de 850 mil euros (cerca de R$ 5 milh�es) ao Al Wahda-EAU, pelo empr�stimo de seis meses do volante Den�lson, em julho de 2016. 

J� era dif�cil, dentro e fora do clube, encarar aquele choque de realidade. Com a contagem negativa na classifica��o, ficou ainda mais. A despeito disso, o Cruzeiro era apontado Brasil afora n�o s� candidato ao acesso como favorito ao t�tulo.

Seu trunfo era a presen�a de jogadores tarimbados e comprometidos com as cores celestes, como o goleiro F�bio, o zagueiro Leo, o volante Henrique e o atacante Marcelo Moreno. 

A espinha dorsal experiente era complementada por promessas como o zagueiro Cac� e o armador Maur�cio. Ainda tinha um t�cnico acostumado com a competi��o, Enderson Moreira. A receita parecia pronta, mas desandou. Enderson foi demitido exatamente um m�s depois da estreia na S�rie B. Era o pren�ncio do que estava por vir.
 
Em 2021, sem os pontos negativos na classifica��o e acreditando que o ent�o t�cnico Felipe Concei��o conseguira montar um time organizado taticamente, o cruzeirense renovou a expectativa.

Imaginava-se que pior que a 11º coloca��o do ano anterior n�o teria como ficar. Que o flerte com a S�rie C era um pesadelo que havia ficado no passado. Pois o enredo se repetiu, e mais uma vez o Cruzeiro se viu em meio a um furac�o, com trocas seguidas de t�cnicos e d�vida crescente. Amargou o 14º lugar. Um po�o que parecia n�o ter fim.

Agora, em 2022, com a vota��o favor�vel do Conselho celeste pela compra de 90% das a��es da SAF por Ronaldo, acredita-se que os bastidores est�o mais serenados. E que o foco do torcedor poder� estar voltado t�o somente para o campo.

Essa sintonia da torcida com a equipe j� ficou evidente nos �ltimos jogos. Muito como reflexo do que o time de Pezzolano mostrou. 

Quando falta qualidade t�cnica, um modelo t�tico bem estabelecido se sobrep�e. E isso n�o s� compensa alguma fragilidade individual como eleva o n�vel do que � entregue pelos jogadores. A torcida v� isso em campo e responde nas arquibancadas.

O cruzeirense est� "pezzolanizado". Comprou a ideia do uruguaio. E com raz�o.

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