
N�o � s� no Atl�tico, nem tampouco o estilo � exclusivo dele. No pr�prio Galo houve um exemplo bem recente de t�cnico com temperamento semelhante: Jorge Sampaoli. E a� h� uma conex�o que extrapola os campos: os dois s�o amigos.
Na partida entre Atl�tico e Brasil-RS, na quarta-feira, pela Copa do Brasil, foi dif�cil n�o olhar Coudet sem enxergar Sampaoli. Talvez a tens�o dos �ltimos dias tenha adicionado ingredientes extras, e a m� atua��o do time (mais uma) tamb�m n�o ajudou muito. Coudet gritava como se precisasse direcionar cada a��o dos atletas.
A sensa��o � que o per�odo de treinos durante a semana n�o � suficiente para os acertos que ele procura. Talvez tamb�m n�o ser� ali, no campo, que a comunica��o ser� eficiente. Qui�� os jogadores nem escutem o que ele pede, � exce��o de quem corre rente � linha lateral do campo. Mas parece ser maior que o argentino esse impulso de participar ativamente do jogo. Com Sampaoli tamb�m � assim.
Essa afinidade entre os dois n�o se limita ao sangue latino, que ferve assim que a partida come�a. Existe uma conflu�ncia de ideias que os aproxima - ambos gostam de times intensos e buscam o gol. A diferen�a � que Coudet de vez em quando at� deixa escapar um sorriso, algo raro em Sampaoli, pelo menos na persona de treinador.
A fama de exigente � outro tra�o a acompanhar os dois gringos, especialmente nos trabalhos no futebol brasileiro. Coudet confia tanto em Sampaoli que consultou o amigo antes de assinar tanto com o Internacional quanto com o Atl�tico.
Para muitos, Coudet tem em Sampaoli a figura de um mentor. O atual comandante atleticano j� falou sobre a admira��o que nutre pelo compatriota, e como foi ajudado por ele no in�cio da carreira como treinador.
Para muitos, Coudet tem em Sampaoli a figura de um mentor. O atual comandante atleticano j� falou sobre a admira��o que nutre pelo compatriota, e como foi ajudado por ele no in�cio da carreira como treinador.
Tornou-se p�blica uma foto de 2017, de uma comemora��o de Sampaoli em sua cidade natal, Casilda, pela classifica��o da Sele��o Argentina para a Copa do Mundo de 2018, na R�ssia. Coudet, que treinava o Racing, deixou Buenos Aires e encarou mais de 300 quil�metros de estrada para celebrar com o amigo. Os la�os se mantiveram firmes ao longo dos anos. E certamente essa admira��o se projeta na forma de trabalho deles.
Em 2020, Sampaoli assumiu o Atl�tico em meio a uma pandemia. Est�dios vazios, restri��es, foi uma passagem at�pica. Levou o time ao terceiro lugar do Campeonato Brasileiro, mas n�o sentiu o calor da Massa. Quando saiu, lamentou n�o ter tido chance de criar esse elo.
Coudet, por sua vez, tem vivido um per�odo de constru��o de afetos com os atleticanos. Alguns o amam, outros o odeiam. No recente "embate" com os investidores alvinegros, a peleja ficou meio a meio: fervorosos apoiadores do jeito sincer�o do argentino de um lado, cr�ticos impiedosos do outro, considerando a postura dele anti�tica.
Coudet est� longe de ser unanimidade, e as �ltimas atua��es da equipe mostram que esse caminho ser� tortuoso por algum tempo. Mas Sampaoli tamb�m n�o foi unanimidade, apesar do bom resultado em campo. Ranzinza demais da conta, reclamavam.
Fato � que n�o faltou quem subdimensionasse o trabalho de Sampaoli no Galo justamente pela falta de simpatia. Resta saber como ser� o enredo de Coudet, que ainda busca a receita para que o alvinegro tenha atua��es regulares.