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Estado de Minas COLUNA

Setembro Amarelo e Pessoas LGBTI+

Hist�ricos pessoais de rejei��o e discrimina��o aumentam as chances de tirar a pr�pria vida. Qual � o papel de fam�lias e amigos na preven��o ao suic�dio?


21/09/2023 13:12 - atualizado 21/09/2023 14:09
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Modelo
O Setembro Amarelo nos alerta para pensarmos em como podemos ser rede de apoio para pessoas LGBTI+ (foto: Canva/Reprodu��o)
Neste Setembro Amarelo, quero chamar aten��o para um recorte muito importante para a preven��o do suic�dio: pessoas LGBTI+ t�m 6 vezes mais chance de tirar a pr�pria vida, em compara��o com as pessoas heterossexuais, segundo dados da revista cient�fica American Journal of Preventive Medicine. Alarmante, n�o �? J� parou para pensar em como as fam�lias e amigos podem ser tornar pessoas aliadas nessa preven��o, promovendo ambientes menos t�xicos e mais respeitosos para a nossa comunidade ter dignidade e sa�de mental?
 
O Setembro Amarelo � uma campanha de conscientiza��o sobre a preven��o do suic�dio. Sua principal miss�o � reduzir as taxas de autoexterm�nio e promover o di�logo aberto sobre quest�es relacionadas � sa�de mental.  As situa��es de opress�o e viol�ncias s�o parte das causas que levam tantas pessoas LGBTI a terem pensamentos suicidas. Segundo a pesquisa “Ensaios sobre o perfil da comunidade LGBTI ”, 62,5% das pessoas LGBTI no Brasil, em algum momento de suas trajet�rias, j� pensou em tirar a pr�pria vida. 
 
Pense em quem s�o os familiares, amigos, colegas de trabalho ou outras pessoas LGBTI com as quais voc� convive. � poss�vel que duas a cada tr�s dessas pessoas j� tenha pensado em tirar a pr�pria vida. Uma situa��o muito grave! Isso ocorre devido a v�rios fatores, incluindo o estigma, a discrimina��o e o preconceito que muitas pessoas LGBTI enfrentam em suas vidas, seja na fam�lia, na igreja, na escola ou no ambiente de trabalho. A falta de aceita��o social, o bullying, o isolamento e a viol�ncia contribuem para essas taxas mais elevadas.

Jovens LGBTI s�o particularmente mais vulner�veis, com uma alta propor��o relatando pensamentos suicidas ou tentativas de suic�dio. � fundamental que reconhe�amos esses desafios espec�ficos enfrentados pela comunidade LGBTI e tomemos medidas para apoi�-los.
 

Impactos do relacionamento familiar na vida das pessoas LGBTI

 

O estudo LGBT Youth and Family Acceptance (Juventude LGBT e Aceita��o da Fam�lia) dispon�vel na Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos, mostra que pessoas LGBTI relatam menor proximidade de suas fam�lias e maior taxa de abusos parentais e casos de expuls�o de casa. Relatam menor conex�o segura com suas m�es, e suas m�es relatam menor afeto por esses filhos e filhas. Jovens que n�o se expressam de acordo com as normas-padr�o de g�nero t�m risco aumentado de abuso por parte dos cuidadores, bem como de serem v�timas de bullying.

 

A rejei��o parental em rela��o a pessoas LGBTI est� associada com comportamentos que trazem risco � sa�de f�sica e mental. As pessoas LGBTI adultas que tiveram altos n�veis de rejei��o na fam�lia t�m maiores chances de relatar tentativas de suic�dio, altos n�veis de depress�o e situa��es de uso de drogas il�citas.

 

Por outro lado, esse estudo mostra que a maior aceita��o por parte das fam�lias est� relacionada com maior chance de autoaceita��o da pr�pria orienta��o sexual ou identidade de g�nero e menor LGBT fobia internalizada. O suporte e aceita��o da fam�lia est� associado com autoestima mais elevada, melhor sa�de, menor chances de depress�o, menor abuso de subst�ncias ilegais e menor idea��o e comportamentos suicidas.

 
O papel da fam�lia e amigos no apoio � sa�de mental de pessoas LGBTI

A fam�lia desempenha um papel fundamental no apoio � sa�de mental de pessoas LGBTI . O apoio e aceita��o familiares podem ser cruciais na preven��o de problemas de sa�de mental e no aumento da resili�ncia emocional. Quando as fam�lias oferecem um ambiente seguro e acolhedor, os jovens LGBTI se sentem mais confiantes e capazes de enfrentar as adversidades. � essencial que as fam�lias se informem sobre as experi�ncias de seus entes queridos LGBTI e procurem oferecer apoio incondicional.

 

Sabemos que devido aos problemas de aceita��o por suas pr�prias fam�lias, muitas pessoas LGBTI formam novas configura��es familiares com seus amigos e redes de apoio. Ent�o, podemos pensar no papel da fam�lia de maneira ampliada, considerando amigos como parte das fam�lias LGBTI . Fica aqui o convite para que voc� preste aten��o em como pode ser uma pessoa aliada, escutar e apoiar as pessoas LGBTI com as quais voc� convive. Todos n�s temos um papel a desempenhar na promo��o do bem-estar dessa comunidade.


 

Colabora��o: Arthur Fonseca



 


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