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Estado de Minas ENTRE LINHAS

Boato sobre a demiss�o de Queiroga termina com uma simples v�rgula

Ex-ministro nega que esteja deixando o cargo ap�s mal-entendido sobre coluna publicada na quinta-feira (2/9)


03/09/2021 04:00 - atualizado 03/09/2021 07:40

Ministro Marcelo Queiroga disse que segue na pasta após intensa boataria nas redes sociais
Ministro Marcelo Queiroga disse que segue na pasta ap�s intensa boataria nas redes sociais (foto: TWITTER/REPRODU��O)
A not�cia de que o  ministro Marcelo Queiroga havia pedido demiss�o foi a sensa��o nas redes sociais nesta quinta-eira  (2/9), at� ser desmentida pelo pr�prio. Em se tratando daquela pasta, cuja atua��o na pandemia de COVID-19 � investigada pela CPI do Senado,  tudo poderia acontecer, ainda mais uma troca de ministros , porque tr�s j� passaram pelo cargo. A not�cia era uma “barriga”, ou seja, uma not�cia falsa no velho jarg�o jornal�stico, geralmente publicada de forma involunt�ria, ou seja, algo muito diferente de uma maldosa fake news. Se bem que n�o � incomum um fato como esse se confirmar somente algumas semanas depois, por puro capricho de quem demite, porque a informa��o “vazou”.

A hist�ria toda come�ou por causa de uma v�rgula, na coluna publicada pelo jornalista Matheus Leit�o, no site da revista Veja, intitulada “Queiroga, pede para sair”. O texto faz um balan�o da atua��o do ministro e conclui: “Assim como todos os ministros da Sa�de que j� passaram pelo governo de Jair Bolsonaro, Queiroga demonstra fraqueza e apatia no cargo. Ningu�m supera os erros de Eduardo Pazuello, mas talvez seja hora de Queiroga cogitar sua sa�da da lideran�a da pasta que se tornou o foco e a respons�vel por administrar a crise no pa�s nos �ltimos meses.

Houve leitura apressada do texto, ignorando a pontua��o, ou seja, conclu�ram que Queiroga havia pedido demiss�o. Quem checou com alguma fonte dadivosa, provavelmente teve a confirma��o antes de publicar a not�cia. Trope�ar na v�rgula � um dos cavacos do of�cio de jornalista, da� a antol�gica campanha realizada pela Associa��o Brasileira de Imprensa (ABI), ao completar 100 anos:

A v�rgula pode ser uma pausa… ou n�o:
N�o, espere.
N�o espere.
Ela pode sumir com seu dinheiro:
R$ 23,4.
R$ 2,34.
Pode criar her�is:
Isso s�, ele resolve!
Isso, s� ele resolve!
Ela pode ser a solu��o:
Vamos perder, nada foi resolvido!
Vamos perder nada, foi resolvido!
A v�rgula muda uma opini�o:
N�o queremos saber!
N�o, queremos saber!
A v�rgula pode condenar ou salvar:
N�o tenha clem�ncia!
N�o, tenha clem�ncia!

Uma v�rgula muda tudo!

ABI: 100 anos lutando para que ningu�m mude uma v�rgula da sua informa��o.

Mais uma dose

S�o fun��es da v�rgula: (1) representar uma pausa ou uma mudan�a na entona��o; (2) separar palavras ou ora��es que precisam de destaque ; (3) eliminar ambiguidades e esclarecer o conte�do da frase. H� situa��es em que � imprescind�vel empregar a v�rgula, como nas ora��es explicativas, e outras em que ela n�o deve ser usada, como nas ora��es restritivas. Por isso, ao anunciar o nome do presidente da Rep�blica, Jair Bolsonaro, usa-se v�rgula; para falar do ex-presidente Jos� Sarney, por�m, n�o, porque outros tamb�m exerceram o cargo: Fernando Collor, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, Luiz In�cio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Michel Temer.

A v�rgula � terminantemente proibida quando separa o sujeito do verbo e seus complementos. Quando h� apenas um substantivo simples no sujeito, fica mais f�cil: Jo�o saiu de casa � meia-noite. A mesma l�gica se aplica ao verbo e seus complementos: Jo�o pediu a Maria que fosse visit�-lo. No caso Queiroga, realmente, a v�rgula faz sentido, deveria pedir pra sair. N�o � competente como sanitarista, est� no cargo porque atende aos caprichos do presidente Jair Bolsonaro, um negacionista, que at� hoje n�o se vacinou contra a COVID-19 ou o fez escondido, como o general Luiz Ramos, secret�rio-geral da Presid�ncia.

A �ltima do Queiroga foi retirar a CoronaVac, a vacina do Butantan, do programa de refor�o da vacina, a chamada terceira dose. Foram aplicadas at� agora 57,4 milh�es de doses dessa vacina. Os que a tomaram n�o ter�o direito ao refor�o? Ontem, o The New England Journal of Medice publicou o resultado de uma pesquisa realizada no Chile sobre a efic�cia da vacina chinesa, que usa o m�todo tradicional, mas contra a qual o presidente Jair Bolsonaro at� hoje faz campanha. Realizada de 2 de fevereiro a 1º de maio de 2021, alcan�ou 10,2 milh�es de pessoas vacinadas acima de 16 anos, com uma m�dia de 600 mil pessoas/dia.

Entre as pessoas que foram totalmente imunizadas, a efic�cia da vacina ajustada foi de 65,9% para a preven��o de COVID-19 e 87,5% para a preven��o de hospitaliza��o, 90,3% para a preven��o de admiss�o na UTI, e 86,3% para a preven��o de morte relacionada a COVID-19. “Nossos resultados sugerem que a vacina SARS-CoV-2 inativada preveniu efetivamente a COVID-19, incluindo doen�a grave e morte”, concluiu o relat�rio.

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