(none) || (none)

Continue lendo os seus conte�dos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e seguran�a do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/m�s. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas ENTRE LINHAS

Disputa autof�gica entre tucanos dificultar� suas alian�as futuras

Racha no PSDB est� escrito nas estrelas. Nem Doria nem Leite decolaram nas pesquisas eleitorais, o que acirra o conflito


19/11/2021 04:00 - atualizado 19/11/2021 07:36

O governador de São Paulo João Doria
Governador Jo�o Doria tenta resgatar a imagem de bom gestor para alavancar sua candidatura � Presid�ncia (foto: MARCOS VIEIRA/EM/D.A.PRESS)
As pr�vias do PSDB s�o uma novidade na pol�tica partid�ria brasileira, inclusive por concederem um protagonismo in�dito aos filiados e mandat�rios da legenda, que sempre resolveu suas disputas por meio de acordos de c�pula costurados pelas suas lideran�as hist�ricas, entre as quais o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o senador Jos� Serra (SP) e o senador Tasso Jereissati (CE).

No domingo, ser�o as bases partid�rias – filiados, vereadores e prefeitos, deputados estaduais e federais, senadores e governadores – que escolher�o o candidato tucano � Presid�ncia, entre os governadores Jo�o Doria (SP) e Eduardo Leite (RS) e o ex-prefeito de Manaus Artur Virg�lio (AM). Mas � uma disputa fratricida, que dificultar� sua unifica��o e a atra��o de aliados tradicionais nas elei��es de 2022.

O racha no PSDB est� escrito nas estrelas, qualquer que seja o vencedor. Nas �ltimas semanas, o governador Jo�o Doria fez uma ofensiva partid�ria que o levou a quase todos os estados e promoveu uma disputa, homem a homem, na qual at� os vereadores de pequenas cidades foram abordados pessoalmente por seus emiss�rios. Por isso, agora, � o favorito, mas n�o por larga margem. Muitas lideran�as tucanas apoiam Eduardo Leite, que teria at� 37% dos votos j� assegurados nas pr�vias.

Arthur Virg�lio, uma lideran�a hist�rica, d� sinais de que reserva para si o papel de pacificador do partido, a escolha do candidato. Nem Doria nem Leite decolaram nas pesquisas eleitorais, o que acirra o conflito. A dissid�ncia do ex-governador Geraldo Alckmin, cada vez mais pr�ximo do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, fragiliza Doria. O ponto forte do governador ga�cho Eduardo Leite � o fato de ser uma novidade na cena nacional e ter apoio de lideran�as tucanas tradicionais, inclusive em S�o Paulo. Player na disputa interna, o deputado A�cio Neves (MG), por exemplo, que apoia Leite, j� ensaia uma dissid�ncia s�ria, ap�s as pr�vias, arrastando a se��o mineira em outra dire��o, caso Doria ven�a as pr�vias.

O governador paulista � um obstinado. Tanto na elei��o para a Prefeitura de S�o Paulo quanto na disputa do Pal�cio dos Bandeirantes, Doria largou bem atr�s dos concorrentes. Em 2015, era uma novidade na pol�tica, com um perfil muito mais liberal do que social-democrata, na verdade, um outsider na pol�tica tradicional. Ficou dois anos na prefeitura da capital e, depois, disputou o Pal�cio dos Bandeirantes, embarcado na onda que levou Bolsonaro ao poder, como a maioria dos candidatos tucanos, o que explica a ambiguidade das bancadas do PSDB no Congresso em rela��o ao governo Bolsonaro.

Pandemia

Com a pandemia, Bolsonaro e Doria se digladiaram diariamente, por causa da pol�tica de isolamento social e das vacinas, o que desgastou a imagem de ambos na opini�o p�blica. Bolsonaro apostou na “gripezinha” e na “imuniza��o de rebanho” e quebrou a cara. Doria adotou a pol�tica de isolamento social e resolveu o problema da produ��o de vacinas, mas acabou desgastado por causa da “chatice” de suas entrevistas coletivas, apesar das advert�ncias de tucanos mais escolados nessas disputas.

Resultado: apesar de ser o grande art�fice da vacina��o em massa no Brasil, com milh�es de brasileiros beneficiados pelo imunizante produzido pelo Instituto Butantan, a CoronaVac, at� agora, Doria n�o conseguiu capitalizar eleitoralmente esse feito. Chamado de “coxinha” pelos petistas e “cal�a apertada” pelos bolsonaristas, virou um “chato” para muitos eleitores. Agora, tenta resgatar a imagem de bom gestor para alavancar sua candidatura presidencial. Nada disso, por�m, o abala. Doria acredita que sua candidatura se impor� pela compet�ncia administrativa e posicionamento claramente liberal, como nas duas elei��es que venceu.

Eduardo Leite � suave, sai do Sul com um discurso liberal na economia e identit�rio nos costumes; conversa com todo mundo e tem no portf�lio uma gest�o fiscal competente, num estado estrangulado por antigas d�vidas. Caso ven�a as pr�vias, ter� mais facilidades para fazer alian�as e disputar os votos do Sul do pa�s, a base mais robusta de Bolsonaro. Mas seu caminho n�o ser� t�o livre como antes, por causa da candidatura do ex-ministro Sergio Moro (Podemos). A tend�ncia de Leite, caso perca as pr�vias, n�o � concorrer � reelei��o. Tentar� fazer o sucessor e se preparar para 2026. Sua ambi��o � a Presid�ncia, mesmo que a candidatura seja adiada.

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)