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Estado de Minas BRA$IL EM FOCO

Desabastecimento de alimentos n�o, mas infla��o de alimentos sim

A crise na China, n�o necessariamente vai gerar desabastecimento, mas seguramente vai influenciar pre�os em todo o mundo, inclusive no Brasil


15/10/2021 04:00 - atualizado 15/10/2021 08:05

safra agrícola
Presidente Bolsonaro fala em falta de alimentos, mas a Conab prev� safra agr�cola de 288,61 milh�es de toneladas em 2021/2022 (foto: Monsanto/Divulga��o - 16/8/18)


Os alertas em tom de amea�a que o presidente Jair Bolsonaro sobre o impacto da crise de energia enfrentada pela China no agroneg�cio brasileiro destoam das proje��es de safra feitas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que prev� uma safra agr�cola de 288,61 milh�es de toneladas de gr�os na safra 2021/2022, um recorde e um volume 14,2% maior do que a colheita anterior. Esse n�mero significa um acr�scimo de 35,87 milh�es de toneladas em rela��o ao volume obtido no ciclo anterior. Como o discurso do presidente n�o � endossado de forma un�nime pelos produtores rurais, � bastante prov�vel que mais uma vez o discurso seja apenas para se eximir de responsabilidade se efetivamente a crise enfrentada pela China afete o mercado de fertilizantes e defensivos agr�colas em todo o mundo.

De fato, h� uma crise energ�tica na China afetando a oferta de insumos agr�colas. Em relat�rio, o Rabobank alerta que as exporta��es de insumos produzidos pelos chineses podem ter restri��es, o que deve causar aumento de pre�os no mercado global. E esse � o ponto, os pre�os v�o ficar mais caros. Para o produtor isso pode significar redu��o da margem de lucro nas exporta��es. E pior, uma crise na China pode levar a uma redu��o das exporta��es brasileiras para o pa�s asi�tico, hoje o maior mercado para produtos brasileiros no mundo.

Nada menos que 30% de tudo que o Brasil vende no mundo vai para a China. Al�m da gigante Evergrande, outras imobili�rias chinesas est�o em dificuldade em honrar pesadas d�vidas e o temor � que a economia chinesa desacelere seu crescimento com impacto direto sobre os volumes que importa. Sem contar o efeito de uma crise financeira, caso o calote das construtoras se confirme, sobre a economia mundial, com mais press�o sobre o c�mbio. A crise na China, n�o necessariamente, vai gerar desabastecimento, mas seguramente vai influenciar pre�os em todo o mundo, inclusive no Brasil.

N�o s�o apenas insumos agr�colas que sofrem com o problema energ�tico na China e h� dificuldades tamb�m em papel�o para embalagens e produtos eletr�nicos com semicondutores. Bolsonaro fez o alerta para o desabastecimento, mas o que deve ocorrer mesmo s�o aumentos de pre�os desses produtos, que v�o continuar pressionando a infla��o no ano que vem que, por ser eleitoral, deve ter uma natural instabilidade no c�mbio. Para os produtores rurais brasileiros, custos mais altos nos insumos podem ser compensados com a valoriza��o do d�lar na hora da exporta��o.

Mas assim como a China – por quest�es envolvendo carv�o mineral e gas natural –, o Brasil enfrenta uma crise h�drica que gera problemas no abastecimento de energia el�trica e eleva os pre�os da energia. E as contas devem subir acima de dois d�gitos no pr�ximo ano. Combinado com o pre�o do petr�leo, cujas cota��es est�o na casa de US$ 80 e podem subir ainda mais, � a infla��o que deve afetar o Brasil no ano que vem e n�o o desabastecimento. N�o com a safra prevista pela Conab e considerando que o pa�s j� tem cerca de 20 milh�es que n�o tem o que comer, ou seja, j� s�o desabastecidos. Bolsonaro parece buscar se eximir de responsabilidade, quando deveria propor medidas para equacionar as dificuldades enfrentadas no pa�s, ou mesmo cobrar que seus auxiliares o fa�am. Estoques reguladores e fixa��o de cotas de exporta��o em momentos espec�ficos podem garantir o abastecimento do mercado interno e at� mesmo contribuir para reduzir a infla��o, essa sim, um problema real que o pa�s precisa encarar

Nordeste

US$ 1,4 bilh�o

� o valor dos lan�amentos da Moura Dubeux, maior incorporadora do Nordeste, nos �ltimos 12 meses

Press�o na estrada

Os sucessivos aumentos no pre�o do �leo diesel n�o est�o sendo acompanhados pelo valor dos fretes, segundo estudo da FreteBras. De agosto de 2020 a agosto deste ano, o custo nacional do transporte por quil�metro rodado por eixo (leia-se frete) teve aumento de 1,58%, contra um reajuste de 37,25% no preco do diesel. Em Minas, o valor do frete teve varia��o de 2,20%, enquanto o do diesel aumentou 36%.

Dia do p�o

Com a chegada do fim do ano, os tradicionais panetones j� colorem g�ndolas de supermercados e padarias do pa�s. A expectativa da Abimapi (associa��o do setor) � que as vendas do produto, que no ano passado somaram 40 mil produtos e faturamento de R$ 848 milh�es, tenham crescimento de 5% em receita, chegando a R$ 890 milh�es, e de 2% em volume, chegando a 41 mil toneladas.

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