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Estado de Minas Bra$il em foco

Juros voltam a dois d�gitos: Arrocho r�pido mas com efeito lento

O mercado j� prev� novos aumentos para a gasolina e para o �leo diesel, que estariam defasados em rela��o ao valor de importa��o pago pela Petrobras


03/02/2022 04:00 - atualizado 03/02/2022 07:11

Prédio do Banco Central
Banco Central elevou ontem a Selic a 10,75% e a taxa voltou aos dois d�gitos depois de quatro anos e meio (foto: Marcello Casal/JrAg�ncia Brasil -14/5/20)
A decis�o do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) do Banco Central, de elevar a taxa b�sica de juros (Selic) de 9,25% para 10,75% ao ano, confirma o movimento da autoridade monet�ria para conter os reajustes de pre�os, que no ano passado pressionaram o or�amento das fam�lias e o custo das empresas, voltando tamb�m para o patamar de dois d�gitos, a 10,06%, medida pelo �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA).

Em janeiro, a pr�via do indicador teve redu��o, mostrando que o arrocho monet�rio pode estar fazendo efeito. A quest�o que o mercado come�a a se colocar � a capacidade do BC de ajustar o percentual de juros que trar� a infla��o para pr�ximo ao centro da meta, de 3,5% – ou pelo menos evitar que ela estoure o teto de 5% –, � necessidade de n�o amarrar o crescimento econ�mico. Ontem, a Selic voltou ao n�vel de dois d�gitos, depois de quatro anos e meio. E a maior taxa desde maio de 2017, quando a Selic estava em 10,25%.
 
Mesmo com o IPCA recuando e o Copom elevando os juros em quase 9 pontos percentuais desde janeiro do ano passado – a Selic estava em 2% – o mercado elevou esta semana a previs�o da infla��o deste ano para 5,38%, acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monet�rio Nacional (CMN). E os motivos est�o nas press�es que ocorrem alheias ao esfor�o do Banco Central, com a alta dos pre�os do petr�leo no mercado internacional. S� em janeiro o barril de petr�leo do tipo brent teve aumento de 15,41% e iniciou fevereiro com novas altas. Ontem, a cota��o passou de US$ 90 na m�xima do dia e era negociado a US$ 89,52% no final da tarde. O valor � US 11 mais alto do que o praticado em 31 de dezembro de 2021.
 
Com esses pre�os, o mercado j� prev� novos aumentos para a gasolina e para o �leo diesel, que estariam defasados em rela��o ao valor de importa��o pago pela Petrobras. Para chegar na paridade internacional, a gasolina deve subir mais 10% e o diesel, 9%. � combust�vel puro para a infla��o nos pr�ximos meses, assim como os reajustes nas contas de energia el�trica das distribuidoras. Mesmo com as chuvas enchendo os reservat�rios, a tarifa de escassez h�drica e o governo abrindo a possibilidade de um empr�stimo bilion�rio �s empresas, a estimativa � de que a conta de luz fique 10% mais cara. Mais uma vez o aumento na base da economia vai esparramar reajustes por outros setores, pressionando a infla��o.
 
At� mesmo os pre�os dos alimentos no mercado interno podem escapar � redu��o da demanda provocada pela alta dos juros. Isso porque muitos t�m seus pre�os atrelados � cota��o de commodities e influenciados pela valoriza��o do d�lar. Carnes, soja, milho, a��car s�o apenas alguns deles. A alta dos juros e da infla��o derrubaram as vendas de carne bovina em 7% no ano passado. No entanto, os pre�os subiram mais de 25%, driblando a lei da oferta e da procura e o esfor�o da pol�tica monet�ria, que com o cr�dito mais caro busca reduzir a demanda e, em tese, frear os pre�os. Todos esses fatores fazem com que a a��o da alta dos juros sobre os pre�os tenha um efeito lento. E o mercado j� espera que o Copom reduza o ritmo de ajuste na pr�xima reuni�o, em mar�o, elevando a Selic entre 0,75 e 1 ponto percentual.
 
Se sobre os pre�os o efeito � lento, sobre a economia ele � quase imediato. Estima-se que a cada ponto de alta nos juros, os custos do governo com a d�vida p�blica aumentam R$ 33,2 bilh�es, o que � pouco mais da metade do Or�amento deste ano para o Aux�lio Brasil. Para empresas e consumidores aumentam os custos de refinanciamento d�vidas e de compras a cr�dito. De janeiro a novembro do ano passado, as taxas de juros dispararam, com as taxas do cart�o de cr�dito passado de 257,48% ao ano em janeiro para 340,8% em novembro. No cheque especial os juros que eram de 127,76% pularam para 140,3%. Com isso as fam�lias, endividadas, reduzem o consumo e ind�strias postergam investimentos, jogando a economia num c�rculo negativo, o que explica as previs�es de estagna��o da atividade econ�mica em 2022.

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