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Estado de Minas BRA$IL EM FOCO

O pa�s da energia barata e a conta cara e os problemas para 2023

A Conta de Desenvolvimento Energ�tico (CDE), bancada 94% pelos consumidores, tem or�amento de R$ 32,09 bilh�es, valor 34,2% superior ao de 2021


14/07/2022 04:00 - atualizado 14/07/2022 08:12

Subsídios cruzados e diretos como descontos na tarifa de transmissão e encargos soma quase 50% da conta de luz
Subs�dios cruzados e diretos como descontos na tarifa de transmiss�o e encargos soma quase 50% da conta de luz (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 29/6/21)

O Brasil � o pa�s da energia barata e da conta de luz cara. A frase � conhecida no setor el�trico e mostra a posi��o do Brasil diante da transi��o energ�tica de um lado e de outro como o pa�s tem a segunda a maior tarifa de energia entre as maiores economias do mundo. Isso porque as fontes hidr�ulica, e�lica e solar s�o as que t�m menor valor pelo megawatt gerado e � exce��o da gera��o h�dria, as outras duas ainda tem um enorme potencial de expans�o, sem contar novas fontes, com o biog�s a partir de aterros sanit�rios e rejeitos agropecu�rios e industriais. Na outra ponta, impostos, encargos e subs�dios cruzados encarecem o valor final pago pelos consumidores. Esses custos agregados representam46,5% da conta de energia, segundo c�lculos da Associa��o dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), com os 53,5% ser referindo aos custos com gera��o, transmiss�o e distribui��o de energia.

Para mudar esse quadro e viabilizar uma redu��o efetiva na conta de energia el�trica, a Abrace e outras entidades do setor est�o se reunindo com as campanhas dos pr�-candidatos � Presid�ncia da Rep�blica para mostrar que o custo da energia el�trica pode ser uma fonte de dor de cabe�a para o pr�ximo presidente da Rep�blica. O presidente da Abrace, Paulo Pedrosa, alerta que hoje os consumidores pagam por custos como a universaliza��o da energia no pa�s e o subs�dio da tarifa social, quando para a entidade esses custos deveriam estar no Or�amento da Uni�o, por se tratarem do custeio de pol�ticas p�blicas.

“Vai ser um problema pela contrata��o de custos que est� sendo feita agora”, disse Pedrosa ao participar ontem do evento Imers�o Ind�stria – Congresso de Energia, na Federa��o das Ind�strias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). No momento em que o ICMS reduzido a 17% come�a a reduzir a conta de resid�ncias e com�rcios – em Minas a ind�stria j� paga 18% de ICMS na energia el�trica – e a Ag�ncia Nacional de Energia El�trica (Aneel) aprovou redu��o de 5,2% nas tarifas das concession�rias em 10 estados ap�s lei aprovando a devolu��o integral de R$ 60,3 bilh�es pagos indevidamente pelos consumidores – R$ 47,6 bilh�es este ano uma vez que os outros 12,7 bilh�es devolvidos em anos anteriores –, a conta de energia ficar� mais barata. “Mas esse dinheiro acaba e no cen�rio atual a perspectiva � de que a energia tem um aumento de 10%”, observa Pedrosa, ao lembrar que a conclus�o de Angra 3, por exemplo, vai representar um custo agregado de R$ 4 bilh�es �s tarifas.

Apenas este ano, a Conta de Desenvolvimento Energ�tico (CDE), bancada 94% pelos consumidores, tem or�amento de R$ 32,09 bilh�es, valor 34,2% superior ao de 2021. Esse dinheiro paga a tarifa social, o Luz para Todos, os descontos tarif�rios na transmiss�o, reembolso de subs�dios do carv�o mineral e o consumo de combust�vel em sistemas isolados de eletrifica��o. Al�m disso, o procedimento competitivo simplificado (PCS), adotado no ano passado na crise h�drica, fechou contratos de energia de reserva com usinas t�rmicas com custo da ordem de R$ 3.700 por megawatt (MW), valor 14,8 vezes maior do que os R$ 250 por MW praticados no mercado regulado. As empresas que atenderam o chamado do governo tem at� 1º de agosto para gerar energia de reserva. S� essas usinas, segundo Pedrosa, pode representar um custo adicional de R$ 40 bilh�es.

Um estudo feito pela Abrace para demonstrar o impacto que a desonera��o das contas de energia pode ter mostra que a retirada desses subs�dios cruzados e encargos poderia representar uma redu��o de 28% nas contas de luz nos pr�ximos anos. “Com energia a custo competitivo, o Brasil pode crescer 2% a mais num horizonte de 10 anos e isso representa um estado de Minas Gerais”, diz Paulo Pedrosa. Para refor�ar a necessidade de se reestruturar as tarifas de energia, ele lembra o custo indireto da energia nos produtos consumidos por brasileiros. No caderno a energia representa 35,9% do valor, enquanto em um litro de leite o custo representa 33% e em um autom�vel, 14,1%. “� preciso separar o papel do consumidor do custo pol�tico na estrutura tarif�ria”, frisa o presidente da Abrace.


Boa idade
R$ 29,5 bilh�es

foi o faturamento do com�rcio eletr�nico com compras feitas por consumidores com mais de 50 anos em 2021, mostra levantamento da Neotrust

Pelos ventos
A (re)energisa, empresa do grupo Energisa voltada para os mercados de fontes renov�veis e n�o-regulado, entrou com pedido na Aneel para implanta��o das suas primeiras usinas e�licas, na Bahia, com capacidade para gera��o de 120 MW de energia. A empresa atua hoje na gera��o distribu�da (at� 5 MW) e na gera��o solar centralizada (Acima de 5 MW), com uma usina em obras na Para�ba para gerar 70 MW.

Baterias
A Oncorp e o Grupo Moura se associaram para construir as duas primeiras usinas h�bridas de gera��o t�rmica a diesel e solar fotovoltaica para sistemas isolados equipadas com baterias para armazenamento de energia. As unidades ser�o instaladas em Amajari e Pacaraima, em Roraima e v�o atender a uma popula��o de 30 mil habitantes, barateando o custo da energia gerada antes apenas com uso do �leo diesel na regi�o.



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