
� exce��o dos juros, confian�a, bolsa e d�lar s�o em boa parte fruto da cria��o voraz dos investidores e os analistas de bancos e corretoras que os atendem, a expectativa de ganho. Os resultados s�o reflexos da satisfa��o com a pol�tica liberal na economia, representada pelo ministro Paulo Guedes.
At� mesmo nos momentos em que Guedes ou o presidente Bolsonaro e seus filhos ou auxiliares desagradaram o mercado financeiro, a perda na bolsa � instant�nea e as expectativas se realizam no d�lar. Para grande parcela da popula��o e das pr�prias empresas, fato � que faltam emprego, renda, vida digna, poder de consumo, recursos para investir. Tanto � assim que a ind�stria e o com�rcio j� come�am 2020 adotando medidas poss�veis para manter a sua capacidade de competir, sem esperar pol�ticas que s�o adiadas por Bras�lia ou o governo de Minas.
Mais de 300 empresas tiveram projetos para aumentar produtividade e capacidade de competir apoiados pela Federa��o das Ind�strias do estado, a Fiemg, em 2019, e esse universo deve continuar a crescer, segundo o presidente da entidade, Fl�vio Roscoe. Parcela dessas iniciativas est� relacionada � reutiliza��o de recursos das pr�prias empresas e a implanta��o dos conceitos da chamada ind�stria 4.0.
“Entendemos que a taxa de juros mais baixa facilita investimentos que antes n�o davam retorno. A percep��o positiva da economia est� fazendo com que toda a ind�stria se volte para dentro, no sentido de promover melhorias de competitividade”, afirma Roscoe. A retomada do crescimento de economia est� tamb�m relacionada a ganhos de efici�ncia nas empresas.
O ambiente para os neg�cios, de acordo com o presidente da Fiemg, � o que, muitas vezes, impede a competitividade nas empresas. No com�rcio, as empresas est�o, da mesma forma, determinadas a melhorar os indicadores do neg�cio, independentemente do que fizerem ou disserem os governos federal e estadual. O presidente da C�mara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte, Marcelo de Souza e Silva, observa que a recomenda��o da entidade e o trabalho de assist�ncia que oferece �s empresas � de que os empreendedores tomem a iniciativa de n�o esperar os governos.
O chamado 'varejo inteligente' n�o envolve apenas inova��es; � o que encontra sa�das por meio de bons pre�os, pontos de venda bem localizados, custos sob controle, gest�o azeitada dos estoques. “� trabalhoso e dif�cil principalmente para os empreendedores das pequenas empresas, mas � preciso dar o m�nimo de aten��o diferenciada no neg�cio e isso n�o tem rela��o com o governo. Significa correr atr�s da gest�o eficiente”, afirma Souza e Silva. Com reservas, a CDL-BH identifica confian�a de regular a m�dia, sem picos, dos empres�rios do setor na economia.
Entre proje��es
Na avalia��o de Fl�vio Roscoe, houve avan�o na melhora do ambiente para fazer neg�cios em Minas, devido a medidas de desburocratiza��o na �rea ambiental, por exemplo, tomadas pelo governo estadual. Com a maior confian�a das ind�strias na rea��o da economia, ele acredita que o setor poder� crescer at� 5%. Parece muito, por�m, a base de compara��o � demasiado fraca. At� outubro, a ind�stria tombou 5%.
Melhor � cautela
Com postura mais moderada, Marcelo de Souza e Silva considera expectativas de crescimento do setor de 2,5% neste ano, na hip�tese mais otimista. A proje��o repete a estimativa para 2019. Silva diz que o setor v� um cen�rio um pouco melhor para a economia, embora esteja longe de promover a recupera��o dos �ltimos quatros anos de crise.