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Estado de Minas Mina$ em foco

Plantio da safra 2022 come�a sem a perspectiva de redu��o de pre�os

Lavouras de gr�os como milho, soja e sorgo da nova temporada ser�o iniciadas na semana que vem no estado em cen�rio preocupante de alta dos custos de produ��o


08/10/2021 07:14 - atualizado 08/10/2021 07:19

A colheita da safra passada de soja bateu recorde em Minas, com 7 milhões de toneladas
Valoriza��o do d�lar e bons pre�os no exterior devem continuar a estimular as lavouras de gr�os, como milho e soja (foto: Faemg/Divulga��o -19/10/19 )
Recome�a o tempo de semear, num cen�rio hostil de crise h�drica para os produtores e de infla��o sem sossego no varejo. Em comum nas duas pontas, n�o h� horizonte de queda de pre�os, sobretudo num per�odo tradicional de remarca��es estimuladas por grande apelo �s comemora��es de Natal e ano-novo.

O jejum imposto pelo coronav�rus deve favorecer, agora, o consumo. Lavouras de gr�os como milho, soja e sorgo da temporada 2021/2022 ser�o iniciadas na semana que vem em Minas Gerais. Em �reas irrigadas do Tri�ngulo, o trabalho costuma ser antecipado e as previs�es n�o indicam pre�os favor�veis ao consumidor, pelo menos no in�cio do pr�ximo ano.
 
M�quinas revolvendo a terra representam, em geral, a imagem da esperan�a em recompensa � frente e prosperidade. Contudo, em Minas, como no Brasil, tanto preocupam os aumentos dos custos de produ��o quanto os reajustes persistentes nos caixas do com�rcio. Contrariando as leis da economia, o bom desempenho da agricultura e da pecu�ria, a despeito do impacto da crise sanit�ria sobre a economia, n�o tem resultado em pre�os razo�veis do ponto de vista do consumidor.
 
A press�o sobre as despesas nas fazendas agrava o ambiente de forma��o dos pre�os que v�o alcan�ar as prateleiras nos supermercados. Nos �ltimos dias, cresceu a preocupa��o nas fazendas leiteiras de Minas, segmento importante da pecu�ria estadual. O chamado Custo Operacional Efetivo da bovinocultura de leite subiu 11,5% de janeiro a junho �ltimo, de acordo com levantamento feito pela Confedera��o da Agricultura e Pecu�ria do Brasil e do Cepea/Esalq/USP.
 
A Federa��o das Cooperativas Agropecu�rias de Leite de Minas atribui a eleva��o dos custos �` alta das cota��es de soja e milho repassadas � ra��o, al�m de aumento das despesas com m�o de obra, manuten��o de m�quinas e equipamentos. Nas contas da institui��o, a soja encareceu 35% no per�odo de um ano e o milho sofreu alta de quase 86%. Foi preciso tamb�m refor�ar a suplementa��o mineral dos animais, uma vez que as geadas prejudicaram a qualidade das pastagens.
 
O leite, at� o m�s passado, foi um dos poucos produtos da cesta b�sica vendida em Belo Horizonte que fugiram � quase regra de remarca��es de pre�os bem superiores � infla��o. No per�odo de um ano terminado em setembro, o produto sofreu reajuste de 7%, na pesquisa da Funda��o Ipead, vinculada � UFMG. Nessa mesma base de compara��o, o �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 9,34%.
 
Outros tr�s produtos escaparam do ranking de vil�es dos alimentos essenciais na mesa em BH – os pre�os de manteiga, p�o de sal e arroz tamb�m evolu�ram em n�veis inferiores ao da infla��o em 12 meses – mas n�o foram capazes de impedir que a despesa total com a cesta b�sica batesse recorde de R$ 588,42. O gasto cresceu em impressionantes 19,90% em um ano at� setembro.
 
Falta previsibilidade suficiente para qualquer aposta no panorama da oferta e dos pre�os da pr�xima safra. Assim como os gr�os em Minas, os novos plantios de frutas e caf� come�am com a chegada das chuvas, � exce��o das lavouras j� irrigadas.
 
O Instituto de Pesquisa Econ�mica Aplicada (Ipea) destacou em seu �ltimo boletim de conjuntura, de 30 de setembro, revis�o para baixo da proje��o de crescimento da economia brasleira em 2022, de 2% para 1,8%. A piora do cen�rio reflete, na vis�o dos pesquisadores, infla��o elevada e presistente e seus efeitos sobre o poder de compra das fam�lias. Os dois fatores devem promover aperto financeiro maior que o esperado.
 
� dos gr�os que surgiram diferentes expectativas para a produ��o mineira. Nas lavouras de soja, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apurou que as expectativas est�o voltadas para as previs�es clim�ticas que orientam as decis�es dos produtores sobre a pr�xima safra. S�o esperadas chuvas abaixo do fluxo normal neste m�s e em novembro. A colheita da safra passada foi conclu�da em agosto e a produ��o estadual confirmou o maior volume da s�rie hist�rica de cerca de 7 milh�es de toneladas.
 
M� not�cia para 2022 no cultivo de milho, nova estimativa da temporada ainda deste ano feita pelo IBGE mostrou frustra��o. Embora a �rea plantada da segunda safra do gr�o no pa�s tenha crescido 8,5% em compara��o a 2020, a combina��o de falta de chuvas com o clima frio determinou quebra de 21%. Em Minas, as perdas devem alcan�ar 10,1%.

C�u de brigadeiro

D�lar alto frente ao real e os bons pre�os dos produtos agr�colas cotados no mercado internacional v�o continuar incentivando a agricultura brasileira, em boa parte voltada �s exporta��es. S�o motivos para que o consumidor n�o aposte em queda de pre�os dos alimentos. Da nova previs�o do IBGE para a safra de 250,9 milh�es de toneladas de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2021, Minas Gerais deve participar com 6,1%, e ocupar a sexta posi��o do ranking nacional de estados produtores, liderado por Mato Grosso e seguido do Rio Grande do Sul, Paran�, Goi�s e Mato Grosso do Sul.

Imensid�o

134 milh�es � o n�mero de toneladas de soja que devem ser ofertadas neste ano pelo Brasil, segundo o IBGE

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