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Estado de Minas MINA$ EM FOCO

Al�m de combust�vel caro, BH tem fruta e legume a pre�o de carne

Gasolina e diesel come�aram o ano tendo como companhia v�rios alimentos e servi�os tamb�m respons�veis pelo estrago no or�amento das fam�lias


29/01/2022 04:00 - atualizado 29/01/2022 08:22

 Alimentos voltam a pressionar a inflação
Quilo de algumas das hortali�as afetadas pela queda da oferta depois dos temporais das �ltimas semanas s�o oferecidas a pre�os superiores aos das carnes de frango e porco (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 21/6/21)

O governo p�e a culpa pela infla��o alta nos combust�veis e promete reduzir impostos federais sobre os pre�os da gasolina e do diesel, desconhecendo que os derivados do petr�leo come�aram o ano tendo como companhia alimentos e servi�os tamb�m respons�veis pelo estrago no or�amento das fam�lias. Em Belo Horizonte, uva it�lia, pera e quiabo est�o sendo vendidos ao custo de carne, neste m�s, e a dona de casa se pergunta at� que ponto toda essa distor��o se deve ao desequil�brio da oferta ap�s os temporais que arrasaram lavouras estado afora. S�o exemplos da comida que est� se transformando em artigo de luxo.
 
Em sacol�es da capital mineira, o quilo do quiabo foi oferecido, nesta semana, por R$ 33, superando as tabelas do lombo su�no, comercializado neste m�s, segundo o site de pesquisas Mercado Mineiro, em oferta de R$ 12,95 o quilo, entre outros cortes, e o ac�m bovino, a R$ 24,99. A compara��o impressiona tamb�m com o tradicional frango inteiro, encontrado a R$ 8,15 o quilo. Peras foram vendidas em algumas regi�es da capital por R$ 26,86 o quilo.
 
As primeiras pr�vias da infla��o em BH s�o indicativos de que os aumentos mant�m seu f�lego aqui e acol�, e, mais que isso, percorrem v�rias �reas da despesa das fam�lias, diferentemente daquela caracter�stica transit�ria alegada em discursos oficiais e de aliados do Pal�cio do Planalto. Os temporais, de fato, destru�ram planta��es na Grande BH e desequilibraram a oferta, levando a absurdos reajustes de pre�os, mas n�o se pode pressupor que isso explique todo o impulso dos aumentos. A terceira pr�via da infla��o de janeiro medida na capital pela Funda��o Ipead, vinculada � UFMG, mostrou as varia��es de pre�os da alimenta��o e de servi�os no carro-chefe da alta de 1,54% do IPCA, retrato dos gastos das fam�lias com renda de um a 40 sal�rios m�nimos.
 
Os alimentos in natura, vestu�rio e complementos, bebidas em bares e restaurantes e despesas pessoais pesaram mais que os pr�prios combust�veis e as tarifas p�blicas no indicador. A varia��o dos gastos com sa�de e cuidados pessoais atingiu 1,40% no per�odo de 30 dias terminado na terceira semana de janeiro. Outro dado fundamental a destacar � o descolamento da infla��o das taxas observadas nesse mesmo m�s nos �ltimos quatro anos. O IPCA da terceira semana deste m�s superou as apura��es da Funda��o Ipead/UFMG em 2021 (0,90%), 2020 (0,97%) e 2019 (1,37%).
 
Balan�o divulgado esta semana pela CeasaMinas tamb�m trouxe luz a esse debate. Entre os hortigranjeiros, os pre�os dos ovos sofreram intensa eleva��o de 17,1% no ano passado, percentual que reflete a valoriza��o dos insumos usados na avicultura, como destaca o chefe de informa��es de mercado da companhia de abastecimento, Ricardo Fernandes Martins.
 
Na an�lise feita para o grupo dos hortigranjeiros comercializados no atacado do entreposto de Contagem da CeasaMinas, foi apurado aumento de 7,3% dos pre�os, na m�dia, em 2021, frente ao ano anterior. O pre�o m�dio do quilo dos hortigranjeiros subiu de R$ 2,45 para R$ 2,63. No entanto, as frutas encareceram 13%, tamb�m com base no pre�o m�dio, ante o IPCA de 9,58% medido na Grande BH no ano passado pelo IBGE. No Brasil, o indicador alcan�ou 10,06%.
 
A disparada foi atribu�da aos reflexos das condi��es clim�ticas desfavor�veis. Nas �ltimas semanas de tempestades e inunda��es em Minas, estudo da Emater embasou estimativa de perda de 119 mil hectares (ha) de lavouras, dos quais 3,4 mil ha s�o de hortali�as. O maior preju�zo afetou os gr�os, numa �rea de 74,5 mil ha.
 
A infla��o mais alta neste come�o de 2022 em BH deve servir de alerta para o consumidor, relativizando o peso dos aumentos t�picos da �poca – gastos com educa��o e tributos. Este ano, no mesmo cen�rio pr�prio de janeiro, marcado por despesas tradicionais e efeitos das enchentes no campo, � o que come�a com maior press�o no bolso desde 2019 em BH. Rea��o imediata do governo para conter os aumentos, as taxas de juros mais altas desde o primeiro trimestre de 2021, por enquanto, n�o impediram a rota ascendente dos pre�os e t�m efeitos colaterais que s� dificultam a recupera��o da economia, o encarecimento do cr�dito e dos investimentos do setor produtivo, com sacrif�cio da gera��o de emprego e renda.
 

S� roupas

 
1,79%

Foi a varia��o de pre�os observada no grupo de despesas com vestu�rio na Grande BH, medida pelo IPCA-15 de janeiro, pr�via do indicador oficial da infla��o no pa�s 
 

Solit�rios

 
Apenas tr�s quedas de pre�os no grupo das frutas mereceram destaque no balan�o feito pela CeasaMinas sobre as tabelas dos hortigranjeiros no atacado do entreposto de Contagem, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, em 2021. A ma�� brasileira sofreu redu��o de pre�o de 13,9%, seguida do lim�o tahiti (-12,7%) e do p�ssego (-7,8%). 

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