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Estado de Minas TAKE

Daniel Costa, o empres�rio por tr�s dos chatbots: veja entrevista exclusiva

Ele fundou a Take h� 20 anos; atualmente, a empresa � uma das l�deres mundiais no fornecimento desse servi�o digital


14/07/2020 12:31 - atualizado 02/06/2021 15:15

Daniel Costa, fundador da Take(foto: Arquivo pessoal)
Daniel Costa, fundador da Take (foto: Arquivo pessoal)
“Se voc� ouve dizer que aos 30 anos algu�m j� deve mais de 1 milh�o de d�lares, voc� acreditaria que essa mesma pessoa, um dia, poderia se tornar um empres�rio de sucesso?”. O questionamento � de Daniel Costa, que viveu essa experi�ncia e hoje � s�cio-diretor e presidente do conselho da Take, empresa que fundou h� 20 anos e � uma das l�deres no mundo na �rea de chatbots – essas caixinhas de texto que tenta simular um ser humano em uma conversa sua pelo computador ou telefone celular, em um atendimento em site de banco, por exemplo. Entre os seus clientes est�o Ita�, Localiza, Pontofrio, Casas Bahia, Hermes Pardini e Cemig.
 
A Take, com sede em Belo Horizonte e unidade em S�o Paulo, � provedora de solu��o para o WhatsApp Business, plataforma de atendimento ao cliente apoiada pela Apple no Brasil, fornecedora para o Messenger no Facebook Business, parceira da Microsoft, Amazon e IBM. 

Tem mais de 450 funcion�rios, est� contratando em meio a pandemia provocada pela COVID-19, foi eleita a segunda melhor empresa para trabalhar em MG e a 22ª melhor empresa m�dia para trabalhar no Brasil, segundo a pesquisa Great Place to Work 2019.
 
Com t�tulos na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Funda��o Dom Cabral (FDC), E-Business (FGV), Universidade de Stanford e Universidade de Ohio, Daniel tamb�m � ainda co-fundador da gestora de fundos de capital de risco Confrapar e co-fundador da plataforma de recompensas Minutrade. 

Marido da Val�ria, pai de Lucas, Matheus e Benjamin, � crist�o engajado em pequenos grupos, tenta ser jogador de t�nis, � entusiasta de carros esportivos e sonha praticar snowboard.
  
“Estamos planejando dobrar a receita e iniciar expans�o internacional em 2021. Queremos criar cases incr�veis de uso da nossa plataforma em clientes, ajudando-os a reduzir custos, aumentar receitas e engajar os seus clientes. Sonhamos ser um player global por meio das parcerias que j� temos com as principais empresas de tecnologia do mundo”, afirmou.
 
Veja a seguir entrevista com Daniel Costa.

Como a empresa come�ou? 

A Take nasceu em 1997, no quiosque do c�mpus da UFMG, em Belo Horizonte. Eu e meus s�cios t�nhamos sonhos maiores do que as ambi��es dos nossos pais. Cada um trabalhava nas empresas das suas fam�lias e, naquela �poca, o sonho de todo jovem na universidade era sair e trabalhar em uma grande empresa. Mas a amizade feita durante o ano que servimos juntos no CPOR (Ex�rcito Brasileiro) nos levou a dizer: “Um dia vamos fazer algo juntos” e n�s abrimos uma loja de celulares.
A nossa primeira empresa foi de venda de celular e, a segunda, era uma assist�ncia t�cnica autorizada da Nokia. Naquela �poca, o celeiro de inova��o eram as operadoras de telefonia m�vel celular. O CD tinha acabado de ser “disruptado”, pessoas j� estavam deixando o disco de vinil de lado e eles chegaram com uma entrega de conte�do digital em celular. Com o crescimento do mercado de celulares, vislumbramos uma brecha no entretenimento e criamos o maior fornecedor de ringtones do mundo. E com m�sicos pr�prios.
Em 2004, dos 80 funcion�rios que t�nhamos na empresa, 10 eram m�sicos de bandas conhecidas. A solu��o era uma plataforma tecnol�gica conectada com a �rea de hardware de SMS das operadoras para entregar m�sica para personaliza��o de toques ou campainhas dos telefones. Naquela �poca j� vimos que telefone um dia seria usado pouco para "falar" e seria um dispositivo que mudaria o mundo com o acesso a internet.
Na esteira de oferta de solu��es para problemas que nem sabemos que teremos, a Take veio, em 2016, com o BLiP - uma plataforma de constru��o, gest�o e evolu��o de chatbots - e sistemas de comunica��o automatizada que funcionam dentro de aplica��es de mensagens, incluindo texto, recursos interativos e voz. Um mix do atendimento humano e automatizado (at� com intelig�ncia artificial) conectado �s principais plataformas tecnol�gicas das empresas e apps de comunica��o como WhatsApp.

Quem � a Take hoje? 
Hoje, com 20 anos de experi�ncia no mercado mobile, a Take � l�der global em contatos inteligentes e chatbots. A Take � provedora de solu��o oficial para o WhatsApp Business API, plataform apoiada pela Apple no Brasil, fornecedora oficial para o Messenger no Facebook Business, parceira oficial da Microsoft e da Amazon, al�m de parceira da IBM. Possui 320 funcion�rios e mais de 450 clientes. A empresa cresceu duas vezes entre 2018 e 2019, e a expectativa para 2020 � de dobrar de novo. Uma curiosidade � que a Take nunca recebeu um investimento externo. Todo o hist�rico de crescimento da empresa at� hoje foi org�nico.

Como a Take est� se adaptando � pandemia da COVID-19?
A Take est� operando 100% em home office desde o in�cio da pandemia no Brasil e, entre as medidas que a empresa adotou para promover mais qualidade de vida para seus Take.Seres – como s�o chamadas as pessoas que trabalham na empresa –, est� um projeto de escuta ativa em que profissionais da �rea de psicologia ajudam os funcion�rios nesse momento de incertezas e medos. Al�m disso, a Take est� disponibilizando aulas gratuitas de ioga, alongamento e aer�bico, atrav�s de uma rede social corporativa que utiliza para integra��o e comunica��o entre todos da empresa. Mas n�o para por a�. A Take enviou mais de 86 cadeiras e 30 mesas para as casas dos seus funcion�rios em BH e SP, e disponibilizou internet para que eles pudessem ter toda a infraestrutura para o trabalho remoto. Assim como Google e Facebook, a Take n�o tem planos de retornar ao trabalho presencial em 2020.

Qual foi o “pulo do gato” na trajet�ria da empresa? 
Um dos marcos sem d�vida foi em 2005, quando a japonesa Faith Inc. comprou a Take e com isso, eu e os demais s�cios come�amos a trabalhar em outras frentes dentro da comunica��o via celular. Em 2008, decidimos comprar a empresa de volta, diante de uma oferta do grupo Faith e foi a melhor decis�o que tomamos. Al�m disso, outros marcos foram as parcerias e uso com as principais empresas mundiais de Tecnologia como WhatsApp, Facebook, Google, Microsoft, Amazon, Alexa, IBM, entre outras, al�m de, nos �ltimos dois anos ter fechado contrato com 80 das 500 maiores empresas do Brasil. O pulo do gato foi novamente encontrar um caminho de evolu��o da estrat�gia da empresa e o produto ter ganhado tra��o no mercado pela ado��o de tantos clientes bacanas.

Em algum momento voc� considerou que n�o daria t�o certo? 
Se voc� escuta dizer que aos 30 anos algu�m j� deve mais de 1 milh�o de d�lares, voc� acreditaria que essa mesma pessoa, um dia, poderia se tornar um empres�rio de sucesso? � dif�cil dizer o passo a passo do sucesso. Estar num timming correto, com execu��o e entendimento da oportunidade na era dos ringtones e hoje na internet conversacional com os contatos inteligentes, onde os cases de uso das empresas com WhatsApp s�o incr�veis, nos ajudou bastante. Nosso time � fant�stico e algo que nos une s�o valores, resili�ncia e desenvolvimento de um time bastante complementar e competente. Os percal�os, insucessos e d�vidas abriram outras oportunidades.

Quais s�o os planos de crescimento para o ano 2020? 
Estamos planejando dobrar a receita, criar cases incr�veis de uso da nossa plataforma em clientes, ajudando os mesmos a reduzir custos, aumentar receitas e engajar os seus clientes. Possivelmente iremos iniciar nossa expans�o internacional e ter investidores para acelerar que possamos atingir um de nossos sonhos grandes de ser um Player Global com as parcerias que j� temos com as principais empresas de tecnologia mundiais.

O que o San Pedro Valley (SPV), comunidade de startups de Belo Horizonte, significa para voc�? 
Me sinto parte do San Pedro Valley e estou engajado no ecossistema mineiro. Este �ltimo ano dei menos mentorias do que gostaria, mas a Take tem orgulho de ser SPV! Temos a amizade com os principais founders de BH que vimos as empresas nascer e s�o at� maiores e mais relevantes que a pr�pria Take. Trocamos muitas informa��es sem limites com empresas de todos os tamanhos e tipos. Existem muitos eventos, coworkings abertos a eventos e isto tem acelerado o desenvolvimento e cria��o de empresas de sucesso em Minas. A cada dia o San Pedro Valley se expande em relev�ncia e "give back" (a��es de retorno).

Qual � o seu entendimento sobre o atual momento em que vivemos? 
A busca e compartilhamento de prop�sito tem sido fortalecido, por�m, o mundo est� tamb�m dividido. As empresas, na vida moderna e acelerada que vivemos, t�m sido cobradas para serem rent�veis e gerarem lucro, mas existe muito mais por tr�s disso. Existem pessoas. Vivemos um paradoxo: a exponencializa��o da tecnologia e preocupa��o e valor do Humano. � tempo de se reconectar com as pessoas e valorizar confian�a, valores e empatia. As rela��es devem ser transparentes e humanizadas. Cada cliente, parceiro e funcion�rio deve ser valorizado e respeitado em sua individualidade. O que acontece com grande for�a nas empresas de tecnologia pode contaminar positivamente governo, escolas, terceiro setor, e a sociedade como todo.

Que transforma��es voc� enxerga para as nossas rotinas e sociedade?
Vivemos numa �poca do acesso f�cil, r�pido, barato ou gratuito a uma quantidade incrivelmente grande de informa��o. Isso � bom, mas tamb�m tem efeitos adversos como fake news e superficialidades. A tecnologia tem aproximado gente distante, mas distanciando pessoas pr�ximas. Estamos otimizando e automatizando v�rias tarefas via uso da internet. O interessante � que mesmo assim as pessoas est�o cada vez com menos tempo e n�o necessariamente mais felizes como nos posts nas redes sociais. O consumo desenfreado tem feito pessoas ansiosas.

O que voc� j� deixou para tr�s e o que traz na bagagem? 
Vejo o prop�sito que tem na frase “Uma Mensagem pode Mudar o Mundo”, estampada na parede na Take, e todos os dias vejo este alinhamento com a minha vida. Creio no �mbito pessoal numa rela��o divina, sou um homem de f�, meu bem estar e conquistas exigem um prop�sito maior. Para esta d�cada que que alcan�arei os 50 anos de vida o meu olhar est� mais c�ndido e misericordioso, menos ansioso, a experi�ncia nos obriga a ficar mais humilde frente a vida e no trabalho. Preciso ser cada dia mais estrat�gico com desafios di�rios de gest�o da rotina. Participo de um grupo Crist�o internacional e multidenominacional que tem projetos incr�veis no mundo todo, me inspiro em como estes l�deres t�o bem sucedidos em todas as �reas, mas usam a maior parte do seu tempo em projetos sociais de alto impacto, quero ser tamb�m assim, uma refer�ncia nesta d�cada.

Quais s�o os lugares, movimentos, neg�cios e outras iniciativas vc admira?
Admiro o papel de players importantes no ecossistema de empreendedorismo e inova��o, como San Pedro Valley, Founders Institute, Cubo Ita�, We Work, Endeavor, �rbi Conecta, Bay Brazil e StartSe.

Quais livros ou outros conte�dos voc� indicaria?
Uso bastante um aplicativo de audiobooks: um nacional � o 12 Minutos; e outro gringo, Blinkst. Podcasts: a16z e Masters of Scale. Blogs: The Brief, The Information e Mobile Time. Livros: Blitzcaling, Abundance, Simple Rules, The Innovators, The Everything Store, Outliers e Bold e a B�blia.

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