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Estado de Minas PATR�CIA ESP�RITO SANTO

'Onde n�o h� diversidade n�o h� evolu��o, n�o h� como negar'

'Minorias precisam salvar algu�m'


31/10/2021 04:00 - atualizado 31/10/2021 08:01

Criança triste, em sua cama
'O problema do preconceito'. A hist�ria fala das dificuldades de um menino surdo de nascen�a (foto: Pixabay)
Em minhas recentes tentativas de aprimorar o dom�nio da l�ngua inglesa, recebi da professora um livro de bolso pequeno e sucinto. O t�tulo em tradu��o livre � "O problema do preconceito". A hist�ria fala das dificuldades de um menino surdo de nascen�a e sua luta para se enquadrar durante a inf�ncia e a adolesc�ncia entre os considerados normais. 

Tema clich� de muitas hist�rias e filmes do “Sess�o da tarde”, para conquistar um lugar ao sol, minorias precisam salvar algu�m, qui�� a p�tria, t�o grande o movimento que lhes � exigido. Tornando-se her�is, s�o aceitos e passam a viver felizes para sempre, como se de repente se encaixassem feito luvas num sistema que outrora mais lhes parecia um moedor de carne. Simples assim, diria Disney, Hollywood e afins.

No mundo real atual, temos visto minorias sendo defendidas tamb�m por simpatizantes ou, melhor dizendo, por pessoas comuns do tipo que consegue vislumbrar o fato de que diferen�a n�o � desigualdade. Onde n�o h� diversidade n�o h� evolu��o, n�o h� como negar. E, aos poucos, mesmo que aos trancos e barrancos, vamos evoluindo. 

Discuss�es recentes chamaram a aten��o para o fato de que estudantes com problemas de aprendizado devem ficar ao lado dos demais. N�o que essa diretriz tenha partido do mais alto escal�o, mas principalmente de uma l�gica cada vez mais l�gica. Ga-  nho para crian�as e adolescentes dos "dois lados" e para toda a sociedade, que est� aprendendo que n�o basta ter amigo gay para n�o ser homof�bico, n�o basta confiar seu filho a uma bab� negra para n�o ser racista, n�o basta convidar para jantar um adepto de um credo que n�o o seu para ser considerado tolerante religioso. 

Os escravocratas tinham amas de leite negras, tinham prazer transando com negras, seus filhos brincavam com negros, por vezes at� faziam dos negros seus confidentes. Os nazistas colocavam judeus cativos, quando considerados "mansos e inofensivos", para servirem �s suas fam�lias dentro de casa. Nada disso os isenta de terem tratado seus semelhantes como os mais inferiores entre os inferiores. 

Temos acompanhado �dolos perdendo status de pessoas a serem admiradas por seus dotes profissionais em detrimento de seu comportamento e falas fora de seu expertise. Melhor assim, pois nenhum de n�s deve ser admirado apenas por um lado da face, normalmente aquele no qual mais facilmente se encaixa nossa m�scara. Nenhum de n�s merece ser copiado enquanto n�o soubermos dar valor ao que de fato tem. 

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