O que �, quem s�o, como vivem os babacas da internet; descubra se voc� � um

Babaca de internet � uma esp�cie nascida h� pouco mais de 30 anos, e que ganhou extrema import�ncia na vida atual, ap�s o surgimento e a onipresen�a das redes sociais.

Essa esp�cie, que deveria se chamar subesp�cie, de t�o in�til e cretina, � basicamente formada por gente, em maior ou menor grau, ignorante, rancorosa e insatisfeita com a vida.

- Anna Marina:

'Internet � um mundo sem dono. Ningu�m checa informa��o'

Os babacas de internet est�o mais interessados nas brigas que acontecem nas redes sociais do que com o lixo ou o buraco em frente �s suas casas. Ou com qualquer problema real. 

Para eles, � mais divertido tretar em grupos de WhatsApp do que, por exemplo, ler um livro e debater, com o m�nimo de subst�ncia, acerca de qualquer quest�o oportuna. 

Se algu�m como eu, que escreve publicamente, apoiar, sei l�, um movimento que defende as crian�as que s�o v�timas de viol�ncia sexual, ser�, em algum momento, atacado por isso.

H� uma legi�o desses babacas querendo apenas extravasar o �dio existencial, reprimido no mundo f�sico, utilizando o mundo virtual como arena de suas brigas idiotas.

A pol�tica e crendices populares t�m papel relevante nesse estado ca�tico e med�ocre, j� que indutoras de toda sorte de pensamentos mesquinhos e nefastos, e de ass�dio e viol�ncia. 

Comunidades cient�ficas, acad�micas, religiosas, filantr�picas e tantas outras se esfor�am na constru��o de redes sociais de compartilhamento �til de conhecimento e ideias. 

J� o homem m�dio, infelizmente, se agrupa em bolhas in�teis, que desagregam e corroem o tecido social, e servem como inimigos da coletividade e de quem busca conhecimento. 

N�o h� liberdade absoluta no mundo f�sico. N�o posso sair por a� ofendendo e discriminando gays, pretos e judeus. Tampouco posso usar de qualquer tipo de viol�ncia contra.

N�o posso pregar, em pra�a p�blica, meus preconceitos estruturais ou adquiridos, em nome da minha liberdade de express�o. Tampouco posso fazer apologia a crimes de qualquer tipo. 

Assim sendo, por que raios a internet deveria ser territ�rio livre para selvagens e criminosos agirem impunemente? At� porque, convenhamos, o lugar dessa canalha � numa jaula.

Esse � o debate que a sociedade civil organizada, as grandes corpora��es de tecnologia e governos democr�ticos deveriam estar promovendo com as devidas urg�ncia e import�ncia. 

As democracias, que s�o imperfeitas e fr�geis por natureza, j� que democr�ticas, est�o sob constante ataque de desconstru��o e podem, em curto espa�o de tempo, ir para o vinagre.

Aqueles que pregam liberdade ampla, geral e irrestrita na internet n�o t�m a menor no��o do n�vel de manipula��o eleitoral e eleitoreira, por exemplo, a que podem estar expostos.

Tamb�m n�o t�m a menor consci�ncia dos riscos que fake news e mistifica��es est�pidas, e boatos porcos, trazem � sociedade e, no limite, � pr�pria humanidade (vide as vacinas).

Sim, a democracia corre riscos por ser, digamos, tolerante demais. Os ataques que sofre, na maioria das vezes mentirosos, fere de morte sua credibilidade (vide as urnas eletr�nicas).

As redes sociais, ao contr�rio do esperado, muito mais desagregam do que unem. E a troca de conte�do positivo � infinitamente menor que o lixo que circula pela esgotosfera do celular.

Nunca fomos, como esp�cie, t�o bons em tudo. Nunca fomos t�o pr�speros e cientificamente capazes de encontrar solu��es. Ao mesmo tempo, nunca estivemos t�o perdidos assim.

A velocidade com que a tecnologia caminha n�o nos permite parar, respirar e refletir sobre o passo seguinte. Vamos tocando tudo de supet�o; consertando o avi�o em pleno voo.

O Maur�cio, do v�lei, acha que odiar gay � liberdade de express�o. E h� quem o defenda! J� o ‘mito’, acha que pode espalhar no Facebook que vacinas causam AIDS, e tudo bem. 

- Leia: Maur�cio, do v�lei, quer saber onde vamos parar? Boston e NY dizem

Nos EUA, o ex-presidente, insatisfeito com a derrota na elei��o, incentivou seus idiotas �teis a invadir o Capit�lio. Gente se feriu, gente morreu, gente est� presa. Mas e ele, Trump?

A internet e as redes sociais derrubaram todas as barreiras poss�veis e imagin�rias que, por bem ou por mal, limitavam a circula��o de ideias - quaisquer umas! � �timo, mas nem tanto.

N�o ser� um palpiteiro qualquer, nem voc�, leitor ignorante e incapaz como eu, quem deve cuidar da regulamenta��o - diferente de regular!! - urgente e necess�ria do ambiente virtual.

S�o, como j� disse acima, as grandes empresas de tecnologia, a sociedade civil organizada e os governos democr�ticos os respons�veis por isso. Que o fa�am, pois!. E r�pido, pois j� � mais do que tarde. Ainda que, antes do nunca.