
Sim, estou feliz demais, � verdade, com a derrota de Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, e louco para esquecer seu nome e sua grotesca exist�ncia. Mas notem: jamais estive, ou estarei, contente com a vit�ria do l�der do mensal�o e do petrol�o. Tenho o estranho h�bito de n�o gostar de quem, a meu ver e segundo meus valores, n�o presta para nada, muito menos para ser presidente de um pa�s t�o miseravelmente sujo e complexo como � Ban�nia, vulgo o Brasil.
o chef�o petista despertou o monstro petef�bico (termo cunhado pelo governador Zema) adormecido nesse cora��ozinho de meu Deus.
Desde domingo (30/10), estou mudo sobre o presidente eleito e sua equipe de transi��o. A um, que os lun�ticos golpistas continuam pautando o debate pol�tico. A dois, que n�o vi at� o momento, nada de concreto que desabone o novo governo em forma��o e que seja alguma novidade digna de coment�rio. Hoje, finalmente, quinta-feira (10/11), Em um discurso que parecia n�o ter fim, Lula, entre n�o dizer nada e dizer tudo o que sempre disse, ao falar sobre a fome e o velho chav�o - leg�timo, mas que nunca foi sua verdadeira preocupa��o - das “tr�s refei��es di�rias”, caiu no choro, e pouco me importa se verdadeiro ou n�o, pois algu�m que fez tudo o que ele fez, e deixou fazer tudo o que deixou fazer, s� poderia chorar se de sentimento de culpa, o que n�o � o caso, pois insiste em se dizer “inocentado at� na ONU”.
Eu tor�o muito para que este novo governo d� certo. Eu vivo aqui, trabalho aqui, minha fam�lia est� aqui, meus amigos, ou o que sobrou deles, moram aqui. Al�m disso, o horror produzido pelo patriarca do cl� das rachadinhas e das mans�es compradas em dinheiro vivo ainda assombra o mundo dos civilizados, e n�o quero v�-lo voltar ao poder nem se pintado de Madre Teresa de Calcut�. Mas fechar os olhos para tamanhos cinismo e hipocrisia � algo que jamais fiz ou farei.
Valeu, Lula! Finalmente voc� come�ou. J� estava com saudade de te “xingar”. Agora, promete uma cachacinha e uma picanhazinha a�, vai! J� vi que ser�o longos e divertidos quatro anos. Mais quatro! Taqueopariu, viu?