
O lulopetismo inaugurou, no in�cio dos anos 2000, o odiento “n�s x eles”, que permeia atualmente o Pa�s. Sim, � verdade, o bolsonarismo tratou de exponenciar ao m�ximo a estupidez humana e de aprimorar - no mau sentido, � claro - a barb�rie, cujo �pice ocorreu no infame dia 8 de janeiro pr�ximo passado.
disputa fan�tica em defesa de seus pilantras de estima��o, levando a rompimentos inaceit�veis sob a �tica da raz�o e dos la�os fraternos.
Aqui e ali, independentemente de classe, g�nero, religi�o ou qualquer outro corte social, colegas de trabalho, amigos �ntimos, parentes e at� mesmo pais e filhos entraram em uma Eu mesmo, combatente feroz do meliante de S�o Bernardo e do amig�o do Queiroz, fui v�tima de pelo menos 2/3 do meu c�rculo social, j� que parte bolsominion, parte petralha, e eu guerreando contra os dois extremos do atraso. Pessoas com as quais eu convivia intimamente h� d�cadas, tornaram-se distantes.
Em um encontro entre o apresentador Jos� Luiz Datena, da Band, e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), filmado - supostamente sem autoriza��o - por algu�m e hoje publicado pelo site do Estad�o, mostra uma cena t�pica, pra l� de corriqueira entre pol�ticos (sim, Datena � um), conspirando e planejando a��es.
Em seguida, Datena diz: “se voc� � meu aliado, eu amo voc�”. Eis a�. O amor desses caras � mesmo como uma nuvem. No linguajar moderno, � fluido. Quem n�o se lembra de Alckmin e Lula, ou Moro e Bolsonaro? Amizades e inimizades s�o sentimentos de ocasi�o, tudo quest�o de dinheiro e poder, entendem?
Enquanto boa parte da popula��o se estapeia, se mata, invade o Congresso, vai presa, apanha da pol�cia e tudo mais, em nome de pol�ticos que nem sequer sabem da sua m�sera exist�ncia, os mitos, pais e m�es do povo comem, bebem e gargalham da cara de quem lhes serve de bucha de canh�o. S�o nuvens, afinal.