Antes de olhar para o fundo da tabela, precisamos olhar para cima, que � onde a coisa come�a a se complicar. Times como Fortaleza, Atl�tico-GO e Bragantino, que ouso afirmar n�o serem maiores que o Deca, praticamente j� mostraram que n�o ser�o nossos concorrentes de Z-4. E essa � uma p�ssima avalia��o, j� que, em condi��es normais, contar�amos com pelo menos dois deles ali embaixo. In�s � morta.
Vamos dizer, grosso modo, que temos 50% de chance de escapar (melhor enxergar a metade cheia do copo). E se formos analisar a sequ�ncia dos �ltimos campeonatos, quase sempre um grande cai – e esta vaguinha est� ali de olho no Gr�mio, doidinho para cair.
Primeira miss�o? Vamos secar o tricolor ga�cho e incomod�-lo no confronto direto. A margem amplia muito se o Gr�mio congelar no Z-4 e virar uma segunda Chape. Paralelo a isso, de nada adianta se n�o fizermos nossa parte, e acho que devemos atuar em duas frentes: a primeira, e ideal, � a de distanciar o mais r�pido da Zona, a ponto de pensarmos na Sul-Americana como realidade.
A outra op��o, mais indigesta, � nunca nos deixarmos afundar para uma situa��o de fundo do po�o. Estar sempre a uma rodada de sair do Z-4 talvez seja o que precisemos para resolver naquele momento decisivo, quando se separam os meninos dos homens. O que � inconceb�vel � o Am�rica deixar seus advers�rios se distanciarem.
Precisamos ser uma esp�cie de boxeador que sabe sofrer enquanto os rounds v�o passando, at� chegar ao final e vencer por nocaute t�cnico.
Precisamos ser uma esp�cie de boxeador que sabe sofrer enquanto os rounds v�o passando, at� chegar ao final e vencer por nocaute t�cnico.
Qual � a esperan�a ent�o e qual seria a melhor estrat�gia? Na minha vis�o, precisamos garantir o m�ximo de confrontos vi�veis, como os jogos em casa, de "seis pontos", contra esses times citados. Depois, se fechar mais na casa de advers�rios grandes para n�o ser a presa f�cil que fomos no primeiro turno, quando parec�amos garantir os tr�s pontos ao mandante.
O que n�o pode acontecer, definitivamente, � a repeti��o de resultados como empatar com Juventude e Cuiab� na nossa casa e perder do Sport no Horto.
Esse rendimento, em jogos de peso semelhantes, � o ponto de virada que deve ser corrigido para quem n�o quer voltar para a B. Depois, � fazer o feij�o com arroz e suportar momentos de instabilidade sem deixar a peteca cair.
O que me anima mais neste momento � saber que, finalmente, temos jogadores como Z�rate e Berr�o, com experi�ncia e cara de Libertadores, para fazer de cada jogo uma guerra.
Mesmo que n�o estejam na forma f�sica perfeita, trazem um selo que faltava ao Coelho, aquela chancela de ser, e pensar, grande.
Em uma conta otimista, falando agora de n�meros, vamos considerar um empate contra o S�o Paulo, no jogo adiado, e convencionar que ficamos com 19 pontos no primeiro turno.
Isso significa que, no segundo, precisaremos de 26 em 57 pontos, o que d� menos de 50% de aproveitamento. N�o � nenhum bicho de sete cabe�as, mas a arrancada deve passar por uma vit�ria contra o Athletico no nosso Indepa no s�bado.
O ringue est� montado. Fuerza, Am�rica!