(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas VITALidade

Os desafios do envelhecimento nos pr�ximos anos

O que o indiv�duo, a sociedade e o Estado podem fazer para que os grandes longevos mantenham sua autonomia, independ�ncia e satisfa��o de estar vivo?


23/01/2023 06:00 - atualizado 24/01/2023 07:06

Um casal de idosos caminha em parque
(foto: Licen�as Creative Commons)
Na semana passada, morreu a freira francesa Irm� Andr�, que era a pessoa mais velha do mundo e contava com exatos 118 anos. Tamanha longevidade j� � uma realidade e cada vez mais vamos ver pessoas vivendo at� 115/120 anos. Os longevos j� s�o um contingente significativo da popula��o idosa e eles tem necessidades e demandas que exigem um olhar atento da sociedade e do poder p�blico. 

O investimento na oferta de servi�os para esta popula��o n�o � um luxo e sim uma necessidade premente e deve ser colocada em pauta no planejamento das pol�ticas p�blicas de sa�de, oferecendo condi��es a estes idosos que os permitam manter sua independ�ncia e sua autonomia funcional.

Algumas cidades do Brasil t�m altos �ndices de longevos e o que chama a aten��o � que n�o s�o as regi�es mais ricas que os concentram, mas regi�es bem isoladas tamb�m contam com grande n�mero de idosos longevos, podendo serem citadas, a t�tulo de exemplo, as cidades de Mau�, no Amazonas, assim como Veran�polis, no Rio Grande do Sul, chamada de cidade amiga do idoso.

S�o locais que est�o ensejando estudos para que se evidencie o que eles t�m de diferente que permite que este idosos tenham uma vida plena e feliz. Estes dados evidenciam que n�o s� os recursos “urbanos” determinam a forma de se envelhecer. Talvez o que j� se evidencia � que a intera��o dos idosos com a regi�o que vivem de forma integrada � que permite a preval�ncia de um n�mero significativo de v�rios idosos centen�rios.

Importante citar que com o advento da pandemia, a expectativa de vida da popula��o idosa sofreu alguma redu��o. No caso do Brasil, por exemplo, esta expectativa, que vinha ganhando for�a, sofreu uma diminui��o em torno de dois anos, por�m n�o h� que se discutir que tamb�m a nossa popula��o est� progressivamente aumentando. 

Existem v�rias regi�es do Brasil, que s�o denominadas de “blue zones”, que s�o locais onde a popula��o tem maior longevidade e talvez o que explique esta longevidade seja o fato de terem menores n�veis de estresse e ansiedade, dietas mais saud�veis e mais naturais, aus�ncia de fumo e �lcool, mas principalmente s�o vistos com respeito pela comunidade onde habitam. 

H� v�rias tentativas de explicar o que ocorre nestas regi�es e os estudos utilizaram-se de estrat�gias para localizar regi�es que possuem peculiaridades onde os h�bitos daquelas �reas aparentemente permitem maior n�mero de anos vividos e principalmente anos com qualidade.

Aparentemente, al�m de h�bitos alimentares, de atividades f�sicas, evitar produtos industrializados ou muito processados, um fator de grande relev�ncia s�o as rela��es sociais e familiares. Fam�lias ou comunidades onde os idosos s�o mais inseridos permitem que estes vivam com muito melhor qualidade e que vivam mais.

Ofertar servi�os de sa�de b�sica, com medicina preventiva, focando as doen�as pr�prias do envelhecimento, como as doen�as degenerativas osteomusculares, os d�ficits na cogni��o, a preven��o das doen�as cardiovasculares, a vacina��o, o est�mulo da pr�tica de atividades f�sicas e intelectuais s�o muito importantes, mas, principalmente, o est�mulo a rela��es sociais satisfat�rias aparentemente s�o as chaves para que, comunitariamente, os idosos tenham um envelhecimento bem mais agrad�vel e que realmente vale a pena de ser vivido.

Assim, envelhecer e tornar-se um grande longevo j� � uma realidade, e, para que esse processo ocorra de maneira mais satisfat�ria, s�o exigidas modifica��es individuais, sociais e governamentais, com implanta��o de algumas medidas relativamente baratas, plaus�veis e principalmente muito necess�rias para que o existir, em qualquer fase da vida seja algo que vale a pena ser vivido. Cabe a cada um lutar por estes valores, j� que, se queremos viver muito, devemos defender que este viver seja agrad�vel, pleno, independente, aut�nomo e digno.

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)