
A Organiza��o das Na��es Unidas denominou o nosso tempo como A Era do Envelhecimento e n�o sem raz�o, pois o n�mero de pessoas em processo de envelhecimento vem crescendo vertiginosamente nos �ltimos anos e a tend�ncia � que dobre at� 2050.
Se � um dado certo que nossa sociedade est� em franco amadurecimento, por qual raz�o n�s n�o nos sentimos representados pelas campanhas publicit�rias que, em regra, querem nos vender produtos, mas colocam jovens de vinte anos, com a pele, o cabelo e o corpo perfeitos, como garotos propaganda?
Se � um dado certo que nossa sociedade est� em franco amadurecimento, por qual raz�o n�s n�o nos sentimos representados pelas campanhas publicit�rias que, em regra, querem nos vender produtos, mas colocam jovens de vinte anos, com a pele, o cabelo e o corpo perfeitos, como garotos propaganda?
O p�blico 50+ � imenso, mas no meio publicit�rio somos quase invis�veis. Segundo a pesquisadora Layla Vallias, consultora de marketing especializada no consumidor maduro e coordenadora do Tsunami60 , maior estudo sobre economia prateada j� realizado no Brasil, o p�blico 50 gasta dois trilh�es de reais ao ano por aqui e quinze trilh�es de d�lares em todo mundo, o que � um valor para l� de consider�vel.
No Brasil, ao contr�rio do que se imagina, 73% do p�blico 55 � financeiramente independente. A pesquisadora mostra que o consumo das pessoas maduras representa 50% do consumo global, com quase um bilh�o de consumidores �vidos por se sentirem representados e por marcas que consigam satisfazer suas demandas.
Se fosse um pa�s, a economia prateada, representada pelas pessoas com 50 anos ou mais, seria a terceira maior economia do planeta. Isto mostra que n�o estamos falando de um nicho de mercado sem possibilidade de consumir, muito pelo contr�rio, mas, ent�o, por qual raz�o n�o nos sentimos representados nas campanhas publicit�rias?
No Brasil, ao contr�rio do que se imagina, 73% do p�blico 55 � financeiramente independente. A pesquisadora mostra que o consumo das pessoas maduras representa 50% do consumo global, com quase um bilh�o de consumidores �vidos por se sentirem representados e por marcas que consigam satisfazer suas demandas.
Se fosse um pa�s, a economia prateada, representada pelas pessoas com 50 anos ou mais, seria a terceira maior economia do planeta. Isto mostra que n�o estamos falando de um nicho de mercado sem possibilidade de consumir, muito pelo contr�rio, mas, ent�o, por qual raz�o n�o nos sentimos representados nas campanhas publicit�rias?
A fim de compreender a dimens�o do problema, uma outra pesquisa, rec�m-lan�ada e realizada pela Ag�ncia AlmapBBDO, em parceria com a Qualibest, entrevistou 1055 pessoas entre 20 e 85 anos, das classes ABCD e de todas as regi�es do pa�s. A mesma ag�ncia, em parceria com o Favela Diz entrevistou tamb�m 300 moradores da favela Parais�polis entre 50 e 85 anos e os resultados n�o surpreendem �queles que h� muito n�o se sentem representados pelas campanhas publicit�rias.
Segundo os pesquisadores o objetivo do estudo foi analisar as caracter�sticas e as necessidades do p�blico 50 , com a finalidade de combater o etarismo e realizar mudan�as na comunica��o das marcas.
Segundo os pesquisadores o objetivo do estudo foi analisar as caracter�sticas e as necessidades do p�blico 50 , com a finalidade de combater o etarismo e realizar mudan�as na comunica��o das marcas.
Na pesquisa, denominada A Revolu��o da Longevidade, os estudiosos conclu�ram que as pessoas com 50 se sentem desconsideradas e invis�veis pelas estrat�gias de comunica��o das empresas, o que faz com que 64% das pessoas das classes AB e 77% das classes CD n�o se sintam conectadas a nenhuma marca. Quando tal conex�o existe, dizem os entrevistados, ela est� ligada � vulnerabilidade dos que est�o em processo de amadurecimento e quase nunca �s suas potencialidades de seres desejantes.
Segundo os entrevistados, falta representatividade e senso de pertencimento nas campanhas, j� que elas usam pessoas, lugares e situa��es com os quais n�o nos conectamos. Por exemplo, s�o poucas as campanhas de cremes antirrugas que fazem uso de modelos com idade para us�-los, isto sem falar nas roupas que nos s�o direcionadas, mas que optam por colocar uma modelo extremamente jovem e de silhueta perfeita, o que para n�s j� n�o � mais uma realidade.
A verdade � que queremos consumir marcas com as quais nos sentimos conectados e que nos queiram n�o apenas como consumidores invis�veis de seus produtos, mas como orgulho da marca e que nos usem como modelos para os produtos que pretendem nos vender. Precisamos de campanhas publicit�rias que auxiliem a combater o etarismo e a falta de representatividade da popula��o madura que, diga-se de passagem, como demonstrado acima, representa 50% da economia global.
O conceito de velho ficou retrogrado e as empresas precisam urgentemente abrir os olhos para as novas pessoas que est�o em processo de amadurecimento, pois elas s�o mais exigentes que seus antepassados. Os maduros de hoje n�o querem mais ficar em casa apenas cuidando dos seus problemas de sa�de.
As pesquisas mostram que 68% das pessoas com 55 anos ou mais afirmam que n�o acreditariam que chegariam t�o bem na idade que est�o, o que demonstra uma sede de viver e um entusiasmo que, talvez, os nossos av�s n�o tivessem, mas que n�s temos e, como seres desejantes que somos, queremos nos ver representados naquilo que consumimos.
As pesquisas mostram que 68% das pessoas com 55 anos ou mais afirmam que n�o acreditariam que chegariam t�o bem na idade que est�o, o que demonstra uma sede de viver e um entusiasmo que, talvez, os nossos av�s n�o tivessem, mas que n�s temos e, como seres desejantes que somos, queremos nos ver representados naquilo que consumimos.
Assim, n�o cabe, em uma sociedade em franco envelhecimento, jogar os que est�o em processo de amadurecendo para baixo do tapete como se faz com a sujeira que se pretende esconder. A ideia � oposta, aqueles que pensam as estrat�gias de comunica��o das empresas precisam nos colocar no outdoor dos produtos que consumimos, sem medo de envelhecer a marca, sob pena de n�o querermos mais consumir aquilo que insiste em nos tornar invis�veis.