
Em mar�o deste ano, o governo federal suspendeu diversos programas de investimento do BNDES alegando que o momento econ�mico n�o permitia recursos or�ament�rios para pagar as institui��es financeiras para que operacionalizem os financiamentos.
Isso inclu�a o Moderfrota – Programa de Moderniza��o da Frota de Tratores Agr�colas e Implementos Associados e Colheitadeiras.
O sistema Faemg (Federa��o da Agricultura do Estado de Minas Gerais) elaborou um documento com propostas para o pr�ximo Plano Safra 2019/20, cuja expectativa � de ser lan�ado no pr�ximo 12 de junho, pontuando os programas e linhas de financiamento que entende ser importantes para o desenvolvimento do agroneg�cio no pa�s.
“O agroneg�cio continua pujante e a capitaliza��o dos agricultores de forma geral � muito boa”, afirma Pedro Estev�o Bastos, presidente da C�mara Setorial de M�quinas e Implementos Agr�colas (CSMIA), da Associa��o Brasileira da Ind�stria de M�quinas e Equipamentos (Abimaq), sobre a perspectiva do aumento de 10% nas vendas no segmento em 2019.
No entanto, Bastos alerta que vari�veis como c�mbio, disponibilidade de cr�dito, produtividade das lavouras e as consequ�ncias da guerra comercial entre China e Estados Unidos, que influenciam nos pre�os da soja, pode interferir nos resultados do setor agr�cola neste ano. “Precisamos saber tamb�m como ficar�o as pol�ticas agr�colas do novo governo para termos o progn�stico melhor do mercado.”
Para o presidente da CSMIA, � importante o governo buscar alternativas a fim de aumentar a disponibilidade de cr�dito para investimento. “Os recursos do Moderfrota devem durar at� mar�o/19, sendo necess�rio a suplementa��o de R$ 3 bilh�es para chegar ao fim do ciclo agr�cola 2018/2019, em 30 de junho. J� o Programa para Constru��o e Amplia��o de Armaz�ns (PCA) necessita aporte de R$ 700 milh�es. A linha Inovagro tamb�m precisa de incremento de R$ 400 milh�es. Essa situa��o influencia diretamente na movimenta��o dos neg�cios no segmento agroindustrial.”
Em 2018, as vendas de m�quinas e implementos agr�colas foram 12% maior quando comparadas a 2017. “Tivemos uma excelente rentabilidade dos agricultores, principalmente na soja e algod�o, bem como maior disponibilidade regular de recursos para investimento durante todo o per�odo, al�m do c�mbio favor�vel.”
Aline Veloso, coordenadora da assessoria t�cnica da Faemg, defende que o agroneg�cio disponha de pol�ticas p�blicas direcionadas, fundamentadas e estruturantes. “H� expectativa forte de que o plano seja lan�ado e que tenha volume de recursos direcionados para equipamentos e m�quinas novos e usados.”
Diante desse cen�rio, uma sa�da para os interessados em adquirir maquin�rios pesados � contar com o planejamento, procurar op��es de investimentos seguros e que garantam o crescimento a curto, m�dio e longo prazos, explica o Diretor do Porto Seguro Cons�rcio, William Rachid. “Por esse motivo, o cons�rcio tem se tornado uma alternativa para o mercado de agrobusiness, que busca outras linhas de cr�dito que contribuam com o plano de expans�o”, afirma.
Segundo a Associa��o Brasileira de Administradoras de Cons�rcio (Abac), o volume de cotas negociadas no segmento de ve�culos pesados, de janeiro a agosto de 2018, cresceu 22,8%, em compara��o ao mesmo per�odo de 2017, passando de 35,1 mil cotas vendidas (2017) para 43,1 mil cotas negociadas em 2018.
DOCUMENTO
No final de abril, o presidente da Confedera��o da Agricultura e Pecu�ria do Brasil (CNA), Jo�o Martins, entregou documento com 10 propostas priorit�rias para o Plano Agr�cola e Pecu�rio (PAP) 2019/2020 para a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, em Bras�lia.
As medidas apresentadas foram divididas em a��es de curto prazo e estruturantes para a agropecu�ria brasileira. O documento est� organizado em cinco eixos: propostas para recompor o volume de recursos para o financiamento da atividade, para desburocratizar e reduzir o custo de observ�ncia, cr�dito rural, gest�o de riscos da atividade agropecu�ria e comercializa��o.
O presidente da CNA destaca que as sugest�es foram elaboradas “ouvindo as bases”, por meio de reuni�es com os produtores em todas as regi�es do Brasil. Para Jo�o Martins, � um instrumento oferecido pela entidade para que a ministra tenha condi��es de negociar com o Minist�rio da Economia. “Ela (a ministra) j� disse que deveremos ter um aumento substancial no seguro, algo em torno de R$ 1 bilh�o. Os produtores est�o muito esperan�osos de termos um Brasil com crescimento de produ��o e sabendo como colocar essa produ��o, que � o mais importante”, afirma Jo�o Martins.
Outras prioridades apresentadas
» Anunciar o volume de recursos programados para aplica��o em cr�dito rural condizente com a real disponibilidade de recursos das institui��es financeiras e com a capacidade de equaliza��o de taxa de juros pelo Tesouro Nacional
» Priorizar recursos para o cr�dito de custeio
» Priorizar os programas de investimento para constru��o de armaz�ns
(PCA), adequa��o das propriedades � legisla��o ambiental (ABC) e investimentos necess�rios � incorpora��o de inova��es
tecnol�gicas nas propriedades rurais (Inovagro)
» Manter o diferencial de taxa de juros para m�dios produtores nos
programas PCA e ABC, conforme estabelecido na safra 2018/2019
» Revogar a norma que autoriza as institui��es financeiras a excluir
linearmente R$ 200 milh�es de suas exigibilidades
» Estender o mecanismo de equaliza��o de taxa de juros e
outros encargos financeiros aos bancos privados e �s confedera��es
de cooperativas de cr�dito rural
» Definir pol�ticas estruturantes para a gest�o de riscos agropecu�rios, por meio da subven��o ao pr�mio do seguro rural e �s op��es de venda de produtos agropecu�rios, revis�o do Zoneamento Agr�cola de Risco Clim�tico e apoio � comercializa��o
» Retornar o financiamento da assist�ncia t�cnica
com recursos do cr�dito rural oficial