(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas SA�DE

Pesquisa aponta que, em 10 anos, n�mero de brasileiros com diabetes tipo 2 cresceu 61%

Doen�a, que afeta cerca de 13 milh�es de brasileiros, na maioria das vezes � adquirida por conta de maus h�bitos alimentares


postado em 08/09/2019 04:00 / atualizado em 06/09/2019 19:12


 
Marcella Freitas*
 
 
 
Alimentação incorreta pode ocasionar o diabetes tipo 2(foto: Lucas Pacífico/CB/D.A Press)
Alimenta��o incorreta pode ocasionar o diabetes tipo 2 (foto: Lucas Pac�fico/CB/D.A Press)
 
 
Em 10 anos, o n�mero de brasileiros com diabetes tipo 2 cresceu 61,8% no Brasil — �ndice que, acreditam especialistas, deva ser bem maior. Estima-se que, hoje, 9% da popula��o tenha a doen�a, na maioria das vezes adquirida por conta de maus h�bitos alimentares e sedentarismo. Os dados s�o de pesquisa realizada pela Vigil�ncia de Fatores de Risco e Prote��o para Doen�as Cr�nicas por Inqu�rito Telef�nico (Vigitel), do Minist�rio da Sa�de, e comparou o per�odo entre 2006 e 2016.

Caracterizada pela eleva��o da glicose no sangue (hiperglicemia), o diabetes pode ocorrer devido a defeitos na secre��o ou na a��o do horm�nio insulina, que � produzido no p�ncreas, pelas chamadas c�lulas beta. Esse pode ser manifestado de duas maneiras. No tipo 1, o paciente � incapaz de produzir insulina — horm�nio essencial para o controle da glicose — e se apresenta ainda nos primeiros dias de vida do paciente. J� no tipo 2, h� uma disfun��o que impede o organismo de usar a subst�ncia de forma adequada, consequ�ncia, na maioria dos casos, por m� alimenta��o e sedentarismo. � esse tipo que mais afeta o brasileiro.

Tanto por conta da faixa et�ria e de doen�as relacionadas, as consequ�ncias do diabetes tipo 2 podem ser mais s�rias. E, na maior parte dos casos, est� ligada � obesidade. Para o enfermeiro militar Paulo Ricardo Paje�, de 28 anos, a busca pela cirurgia bari�trica foi inicialmente por est�tica. Mesmo da �rea da sa�de, s� se deu conta do risco que corria quando estava prestes a realizar o procedimento.

“Al�m de todas as comorbidades (doen�as ligadas � obesidade), estava com a predisposi��o ao diabetes tipo 2 e j� havia iniciado medi��es hipoglicemiantes. Quando vi os resultados dos exames pr�-cir�rgico, em 2015, fiquei com medo de n�o conseguir. Vi que estava morrendo aos poucos”, relembra. Hoje, ap�s a cirurgia, Paulo Ricardo se alimenta melhor, pratica atividade f�sica diariamente e recuperou a qualidade de vida. “Eu me descobri como nunca”, conta.

A perda de peso � considerada apenas um dos efeitos colaterais da cirurgia bari�trica para os diab�ticos. Para o m�dio Luiz Fernando C�rdova, representante da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bari�trica e Metab�lica em Bras�lia, o procedimento � indicado a partir do grau, tempo e insucesso do paciente obeso com outros tratamentos cl�nicos.

A legisla��o brasileira prev� que pacientes com �ndice de massa corporal (IMC) superior a 35 — considerada a obesidade grau 2—associada a alguma doen�a j� tem a indica��o cir�rgica. E, recentemente, pacientes com obesidade grau I e IMC acima de 30 tamb�m foram inclu�dos na recomenda��o do procedimento pelo Conselho Federal de Medicina. “A sugest�o n�o � baseada no quanto se pesa, mas diretamente relacionada ao n�mero de doen�as do paciente, como apneia do sono, gordura no f�gado, hipertens�o, altera��o de colesterol e o pr�prio diabetes”, explica.

CONTROLE 

A falta de campanhas educacionais sobre a doen�a � um dos principais fatores que influenciam o aumento de casos e fazem com que o diagn�stico, em especial do tipo 2, seja tardios e resulte em casos extremos, como a amputa��o de membros e a ocorr�ncia de �bitos por doen�as cardiovasculares, que representam 80% dos casos dos acometimentos, como explica o cardiologista Jos� Francisco Kerr Saraiva.

“A sociedade tem conhecimento das complica��es ditas microvasculares do diabetes. Por isso, o controle adequado da doen�a, aliando estilo de vida saud�vel e tratamento com medicamentos apropriados, permite, hoje, que o paciente viva n�o apenas melhor, com mais qualidade de vida, mas tamb�m por mais tempo”, destaca. Ainda h� uma grande parcela da popula��o que n�o teve diagn�stico, n�o procurou o profissional certo nem fez os exames adequados.

O diagn�stico � simples e indolor, podendo ser tanto por meio de exames laboratoriais, que v�o desde o teste de glicemia na ponta do dedo at� o exame de sangue normalmente feito em laborat�rio.

* Estagi�ria sob a supervis�o de Sibele Negromonte


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)