
Para brincar o carnaval com seguran�a, os foli�es devem estar atentos para n�o pegar mononucleose, conhecida como doen�a do beijo, cujo risco de infec��o cresce nessa �poca. � uma doen�a infectocontagiosa, causada por um v�rus, de caracter�sticas cl�nicas brandas, que provocam um quadro de febre, mal-estar com adenomegalias, isto �, g�nglios principalmente ao redor do pesco�o e dor de garganta.
Segundo ele, a doen�a n�o � transmitida pelo beijo em si, mas por contato �ntimo com secre��es respirat�rias de uma pessoa infectada. "� esse contato �ntimo que faz a transmiss�o do v�rus que causa a doen�a", afirmou.
O beijo � uma forma de contato �ntimo, que facilita a propaga��o do v�rus. A doen�a � transmitida de maneira semelhante � gripe, ao resfriado comum, pelo contato com secre��es de pessoas contaminadas.
"E, �s vezes, n�o � s� pelo contato direto com secre��es. Pode ser pelo contato indireto, por meio de superf�cies contaminadas em que a pessoa coloca a m�o, leva a m�o � boca, � mucosa dos olhos ou do nariz e a� pode haver infec��o", explicou.
Sintomas de mononucleose
- Febre
- Mal-estar
- Dor de garganta
- Inflama��o da garganta
- Fadiga
- Incha�o dos g�nglios linf�ticos no pesco�o e axilas
- Am�gdalas inchadas
- Dor de cabe�a
- Erup��o cut�nea
- Ba�o suavemente inchado
Os sintomas cl�nicos s�o muito dif�ceis de serem diferenciados no est�gio inicial, explicou Chieppe. Da� a recomenda��o para que a pessoa procure um servi�o de sa�de e fa�a uma avalia��o inicial, com acompanhamento m�dico.
"A mononucleose n�o � uma doen�a grave, na maioria das vezes. Mas pode ser confundida com outras doen�as que podem ser graves", alertou. Essa doen�a n�o costuma ser grave em pessoas que t�m o sistema imunol�gico preparado.
Como se prevenir da doen�a do beijo
- Lave bem as m�os
- N�o compartilhe talheres, comidas e bebidas
- N�o tossir ou espirrar perto de outras pessoas: se n�o for poss�vel, coloque o rosto contra um objeto de forma que crie uma barreira
Riscos da doen�a do beijo
Ele observou que carnaval sempre existiu, da mesma forma que mononucleose. Por isso, no meio da euforia, cada pessoa deve avaliar o risco, sabendo que as doen�as respirat�rias podem ser transmitidas pelo contato �ntimo. A dica � que cada um tome a sua decis�o informado dos riscos e das possibilidades de transmiss�o de doen�a."Mas que aproveite o carnaval com os cuidados necess�rios, de modo a evitar doen�as de transmiss�o respirat�ria e outras doen�as sexualmente transmiss�veis, como HIV (sigla em ingl�s do v�rus da imunodefici�ncia humana), s�filis e as hepatites virais transmitidas por contato sexual", disse.
Chieppe afirmou ser recomend�vel que utens�lios de uso pessoal, como pratos, talheres e copos n�o sejam compartilhados com outras pessoas. A raz�o para isso � que muitas das doen�as infectocontagiosas podem ser transmitidas, inclusive, por pessoas que, �s vezes, n�o apresentam sintomas de doen�a nenhuma. Da� a sugest�o para, sempre que poss�vel, evitar compartilhamento de objetos pessoais com amigos e com o maior n�mero de pessoas. "Isso, obviamente, aumenta o risco de transmiss�o de doen�as infectocontagiosas", concluiu o sanitarista.
J� a infectologista Fl�via Cunha Gomide afirmou que os sintomas da doen�a costumam perdurar de duas a quatro semanas. Esclareceu que "n�o h� um tratamento espec�fico para a doen�a do beijo. Geralmente, s�o indicados repouso e medicamentos que amenizam os sintomas".
Segundo a m�dica, ter h�bitos saud�veis, fazer exerc�cios, boa alimenta��o e horas adequadas de sono aumentam a resist�ncia do foli�o para se defender contra infec��es no carnaval.