
Com a obrigatoriedade do uso da m�scara por causa do poder de cont�gio da COVID-19, os olhos ganham papel de destaque por transmitir as emo��es na nova forma de contato entre as pessoas no dia a dia. Por isso, o olhar tem sido o mais cuidado, tanto no ramo da est�tica quanto clinicamente. A cirurgi� pl�stica C�ntia Mundin, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl�stica, est� com a agenda lotada e com cirurgias agendadas em sequ�ncia: “Com todos os cuidados de biosseguran�a, com consultas marcadas de hora em hora (antes era a cada 20 minutos) e atendimento at� as 22h, a procura por interven��es cir�rgicas neste per�odo est� enorme. Inclusive, pacientes acima de 60 anos”.
Ela percebe dois tipos de comportamento: aqueles que n�o colocam o nariz para fora de casa, nem no elevador; e quem toma os cuidados, s�o mais destemidos e seguem a vida com suas atividades, em todas as faixas et�rias. Muitos aproveitam a quarentena para ter uma recupera��o p�s-operat�ria tranquila em casa.

E a busca, garante C�ntia Mundin, � tanto de mulheres quanto de homens, jovens e idosos. Para ela, com todos sendo obrigados a se ver mais via telas, o despertar para a imagem ficou mais forte: “Muitos pacientes n�o est�o gostando da imagem refletida no Zoom, nas reuni�es por v�deo, virtuais. Eles se olham mais, se veem falando e, assim, percebem defeitos que n�o viam antes e que, numa selfie, por exemplo, � uma imagem parada e sempre com a garantia de escolher o melhor �ngulo”.
A m�dica revela que h� pessoas com medo da consulta presencial, mas n�o de passar por uma cirurgia. “Uma paciente de 16 anos n�o quis vir ao consult�rio, receio da m�e, mas j� definiu data da cirurgia para se recuperar a tempo do retorno das aulas presenciais.”
A m�dica revela que h� pessoas com medo da consulta presencial, mas n�o de passar por uma cirurgia. “Uma paciente de 16 anos n�o quis vir ao consult�rio, receio da m�e, mas j� definiu data da cirurgia para se recuperar a tempo do retorno das aulas presenciais.”
Para a cirurgi� pl�stica, a decis�o de agora � simples e tem for�a: “Vou cuidar de mim”. Para ela, existe tamb�m uma positividade, de n�o vou me abandonar, vou me acarinhar. “Quem me procura est� otimista, tenho a mesma rea��o dos pacientes da cl�nica em S�o Paulo, tamb�m com hor�rios lotados. E � bom ressaltar que est�tica � diferente de procedimento m�dico. Fa�o cl�nica m�dica, fiquei com o consult�rio fechado por um m�s, mas voltamos diante da demanda dos pacientes.”
A pele e a m�scara
Paola Pomerantzeff, m�dica dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatol�gica (SBCD), enfatiza que deixar de usar a m�scara n�o � uma op��o. No entanto, seu uso constante como prote��o pode levar ao surgimento de dermatite de contato, tanto irritativa, quanto al�rgica, devido aos materiais e � press�o exercida sobre a pele. Ainda � poss�vel observar, segundo ela, o aparecimento de secura, vermelhid�o, descama��o, infec��es secund�rias e macera��o na pele, o que pode causar o agravamento de doen�as preexistentes, como a dermatite at�pica, ros�cea, psor�ase e dermatite seborreica. Al�m do aparecimento e agravamento de quadros de acne, com a obstru��o dos poros.
“Se surgirem altera��es na pele pelo uso constante da m�scara, consulte seu dermatologista, consulta on-line ou presencial, para diagn�stico correto e indica��o do melhor tratamento", enfatiza Paola Pomerantzeff.