(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas V�lvula de escape

Compuls�o alimentar pode ser impulsionada por diversos fatores

Quadro pode desencadear doen�as mais graves, como hipertens�o e diabetes. Especialista faz alerta sobre os gatilhos


11/10/2020 13:00 - atualizado 11/10/2020 13:57

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
 
Estresse, ansiedade, medo e depress�o. Esses s�o alguns dos fatores capazes de propiciar o aparecimento e/ou agravamento de quadros cl�nicos de compuls�o alimentar – ingest�o indiscriminada de alimentos. Isso porque, conforme elucidado pelo m�dico e nutricionista da Medicina Integrativa Lucas Costa Felic�ssimo, a pessoa tende a usar o alimento como forma de al�vio de tens�o, uma esp�cie de v�lvula de escape.

“Durante a ingest�o, h� a libera��o dos horm�nios que proporcionam bem-estar e prazer. Por isso, quando o indiv�duo se sente em uma situa��o-problema, ele tende a optar por comer algo, a fim de aliviar a tens�o e driblar as casualidades. Por�m, depois de se alimentar, essas pessoas se sentem culpadas. No entanto, esse sentimento n�o � capaz de interromper o ciclo vicioso j� instalado”, explica.

Desse modo, o m�dico destaca que alguns sinais podem ser importantes aliados no diagn�stico de compuls�o alimentar, haja vista que, diferentemente do que muitos pensam, o transtorno compulsivo alimentar n�o consiste no ato de comer demais e/ou n�o conseguir se manter na dieta e, sim, na ingest�o exagerada de alimentos em curtos espa�os de tempo.

“Muitas vezes, o paciente que sofre com esse problema come mais que o previsto, mais que o suficiente para se sentir saciado e mesmo quando n�o est� com fome. Outro ponto caracter�stico do compulsivo � que, ap�s se alimentar, al�m de sentir culpa o indiv�duo tende a se sentir envergonhado e, �s vezes, pode at� passar mal pela quantidade de comida ingerida”, diz.

"Durante a ingest�o, h� a libera��o dos horm�nios que proporcionam bem-estar e prazer. Por isso, quando o indiv�duo se sente em uma situa��o-problema, ele tende a optar por comer algo, a fim de aliviar a tens�o e driblar as casualidades" - Durante a ingest�o, h� a libera��o dos horm�nios que proporcionam bem-estar e prazer. Por isso, quando o indiv�duo se sente em uma situa��o-problema, ele tende a optar por comer algo, a fim de aliviar a tens�o e driblar as casualidades%u201D - Lucas Costa Felic�ssimo, m�dico e nutricionista Lucas Costa Felic�ssimo, m�dico e nutricionista (foto: MF Press Global/Divulga��o)
Felic�ssimo ressalta, ent�o, que, a partir dessa percep��o, um tratamento pode ser prescrito, a fim de reverter o quadro compuls�rio. Por�m, o nutricionista ressalta que todo o acompanhamento m�dico deve ser feito com profissionais da �rea, visto que o diagn�stico pode vir a ser comprometido, caso essa assist�ncia seja feita por profissionais n�o especializados.

“A compuls�o � um problema de sa�de p�blica e, na maioria das vezes, � subnotificada. Em consultas com profissionais que n�o s�o especialistas, esses pacientes podem ser facilmente negligenciados, pois � comum n�o perguntarem sobre isso em consultas de rotina, mesmo quando a pessoa apresenta sobrepeso. Isso � um agravante para n�o fazer o diagn�stico e tratamento corretos”, afirma.

TRATAMENTO 

Segundo o especialista, alguns danos graves podem ser percebidos na vida do indiv�duo diagnosticado com compuls�o alimentar, mas que n�o a trata. “Al�m de haver a possibilidade de incid�ncia de doen�as mais graves – obesidade, hipertens�o, diabetes e cardiovasculares –, do ponto de vista social e comportamental esse � um transtorno que complica muito a vida de quem o vivencia, principalmente no que tange o aspecto emocional e de autoestima, sendo fundamental o diagn�stico e o tratamento para evitar esses danos.”

Por isso, Felic�ssimo destaca que o melhor m�todo para tratar a compuls�o alimentar � o acompanhamento m�dico multidisciplinar – envolvendo v�rias especialidades m�dicas –, com nutricionista, psiquiatra e psic�logo. Em alguns casos, pode ser necess�rio administrar doses medicamentosas.

“Apoio de amigos e familiares � importante, mas o paciente n�o deve deixar de procurar ajuda profissional. � uma mudan�a intensa de h�bito que requer um trabalho interdisciplinar para que funcione”, comenta.

Recorr�ncia no Brasil e no mundo

No mundo, de acordo com a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), cerca de 2,6% de toda a popula��o do globo tem a compuls�o alimentar como uma esp�cie de v�lvula de escape. Enquanto isso, no Brasil, os �ndices chegam a 4,7% – incluindo todos os transtornos alimentares, sejam eles compuls�o alimentar, anorexia, bulimia, entre outros. Jovens entre 14 e 18 anos s�o o p�blico mais atingido.
 
*Estagi�ria sob supervis�o da editora Teresa Caram


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)