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Estado de Minas PERIGO

Estudo da UFMG conclui que consumo de �lcool pode elevar risco de infec��es

C�lulas de defesa do organismo de camundongos encontraram dificuldades de chegar ao pulm�o para combater os invasores. O mesmo pode ocorrer em pessoas que bebem com frequ�ncia


10/11/2020 15:17 - atualizado 10/11/2020 18:50

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
O consumo permanente de �lcool j� � associado ao aumento de mortes por v�rias doen�as, como as do f�gado e diferentes tipos de c�ncer. Al�m disso, est� ligado a acidentes, principalmente os de tr�nsito. Agora um estudo, liderado por cientistas do Instituto de Ci�ncias Biol�gicas (ICB) da UFMG, chama a aten��o para um outro risco que bebidas alco�licas, consumidas com frequ�ncia, pode representar: uma maior predisposi��o a infec��es.

“A ideia inicial � que consumistas cr�nicos de �lcool, os alcoolistas, t�m um sistema imunol�gico debilitado por conta do consumo excessivo. Ent�o � normal que a gente tenha mais infec��es nesses pacientes e as infec��es sejam um pouco mais graves. Mas n�o se sabe exatamente o motivo, pelo menos at� agora”, explica o orientador da pesquisa Frederico Marianetti Soriani, professor do Departamento de Gen�tica, Ecologia e Evolu��o do ICB UFMG. Ele aponta muitos fatores para explicar isso, como m�-alimenta��o e um estilo de vida que n�o � saud�vel.
 

O estudo consiste em utilizar modelos experimentais para tentar entender o que acontece em casos como este. Junto com Nathalia Luisa de Sousa Oliveira Malacco, aluna de doutorado do Programa de P�s Gradua��o em Gen�tica da UFMG, eles desenvolveram um trabalho com camundongos. 
  
Os animais receberam durante doze semanas, uma solu��o de �lcool a 20%. “Essa solu��o equivale a um copo com u�sque e �gua em quantidades iguais. O animal s� tem acesso a essa solu��o, 24 horas por dia, durante 12 semanas. Isso, para a vida do animal, equivale a um consumo cr�nico”, diz Soriani. 

 
Resultados 

 
Depois desse per�odo, os animais foram expostos a um fungo, semelhante ao mofo, que tamb�m pode acometer os humanos. Assim, os cientistas conseguiram demonstrar que esses camundongos t�m o sistema de defesa do organismo prejudicado. Eles n�o conseguem combater de forma eficiente infec��es pulmonares, como pneumonias, por exemplo.

Quando o corpo � atacado por qualquer organismo que pode causar doen�as, como v�rus e fungos, a resposta imunol�gica � feita pelos neutr�filos. Eles s�o c�lulas de defesa que comp�em os gl�bulos brancos. No caso das infec��es pulmonares, para realizar sua fun��o, essas c�lulas precisam sair da corrente sangu�nea e chegar at� os pulm�es, onde s�o os principais respons�veis por capturar e matar invasores.

No estudo, os cientistas observaram que os neutr�filos dos camundongos que consumiram �lcool por muito tempo tiveram mais dificuldade para chegar aos pulm�es e combater os invasores. E os poucos que chegaram ao pulm�o falharam em capturar e matar o fungo. Os pesquisadores conclu�ram que o consumo de �lcool gera uma resposta inflamat�ria, depois da infec��o, muito mais intensa. “Esses animais, durante o processo infeccioso produzem uma subst�ncia, numa concentra��o muito alta, no sangue. Essa subst�ncia, a CXCL1, prepara nosso organismo para combater a infec��o. Elas ajudam o neutr�filo a ser ativado e possa sair do sangue para combater a infec��o. Em concentra��o muito alta da CXCL1, o neutr�filo perde a capacidade ou fica prejudicado para chegar ao pulm�o. Os neutr�filos que chegam tem defici�ncia no combate da infec��o”.

Em conjunto, os resultados mostraram que o �lcool afeta todas as fun��es desempenhadas pelos neutr�filos no combate � infec��o, como ativa��o, recrutamento e fun��es de combate aos organismos invasores. Assim, existe uma chance maior � infec��o pulmonar.

A partir desses resultados, os cientistas querem entender o que o �lcool faz para aumentar a subst�ncia. “Buscar essas informa��es � importante para a gente tentar entender, por exemplo, como eu posso interferir na resposta desses pacientes. Entender qual o caminho do �lcool para causar o problema e tentar interromper esse caminho ou modul�-lo. Diminuir gradativamente para que ele fique numa concentra��o que permita aos neutr�filos combater a infec��o”, conclui o pesquisador.


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