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Estado de Minas Natal e rev�illon

Participar ou n�o das celebra��es? Hora de rever o afeto

Especialistas avisam que momento � de alerta total diante do aumento significativo de casos e que o verdadeiro amor, s�mbolo das confraterniza��es


06/12/2020 04:00 - atualizado 06/12/2020 19:22

Infectologista Thaysa Drummond alerta que deve-se manter as medidas de segurança nesta época do ano(foto: Arquivo Pessoal)
Infectologista Thaysa Drummond alerta que deve-se manter as medidas de seguran�a nesta �poca do ano (foto: Arquivo Pessoal)


A preserva��o da sa�de mental e o esgotamento pelo cansa�o de seguir tanto o isolamento quanto distanciamento social, assim como o de n�o relaxar com as regras sanit�rias e de higieniza��o, que deveriam ser lei, para maior controle de dissemina��o do Sars-CoV-2, n�o s�o justificativas, neste momento, para que todos saiam festejando e se reunindo para celebrar o Natal e o Ano Novo. No entanto, h� o livre arb�trio. N�o h� como impedir a n�o ser a consci�ncia de cada um. 

Para a m�dica infectologista Thaysa Drummond, que atua na operadora de sa�de Vitallis e no Hospital Eduardo de Menezes, a indica��o � que cada um escolha ficar em casa e, para matar a saudade, use as telas, as facilidades digitais para seguran�a de todos. “Neste primeiro momento, � preciso refor�ar que o alerta � total diante do aumento de casos novamente, que se assemelha ao per�odo de maior incid�ncia, entre maio e junho, com a curva em alta, assim como a ocupa��o de leitos. O RT hoje, dia 26 novembro, est� em 1.08, o que � preocupante. Daqui a uma semana tudo pode mudar? Sim, para melhor ou pior dependendo do comportamento e atitude de todos enquanto cidad�os. Cada um deve fazer sua parte, respeitar as regras. Se continuar nesta ascend�ncia, as festividades de fim de ano nos deixam intranquilos. Logo, � importante repensar. A gest�o p�blica tem agido, mas a popula��o tamb�m � respons�vel”, alerta a infectologista.
 
Thaysa Drummond enfatiza que, dentro do “novo normal”, � hora de pensar como deve ser o novo normal nesta �poca do ano. “� ter cuidado agora para poder viver muitos outros ‘natais’. N�o sabemos quando, mas a pandemia vai passar. Agora, quando o amor vem � tona, tem todo o significado, seria recomend�vel agir com empatia com os familiares e amigos, principalmente se fazem parte do grupo de risco e vulner�veis.”
 
Para a infectologista, diante do risco em alta, � o momento de rever a forma de expressar o afeto. Por que n�o abusar das redes sociais, chamadas de v�deo, fazer uma ceia coletiva por videoconfer�ncia, cada um na sua casa?
 
De qualquer forma, para aqueles que n�o se convencem diante de argumentos cient�ficos, do n�mero de mortos e contaminados e das sequelas que a doen�a pode deixar a quem sobrevive ao Sars-CoV-2, Thaysa Drummond aponta que � necess�rio manter o distanciamento, evitar aglomera��o, usar a m�scara, higienizar as m�os com �lcool e tamb�m lav�-las, reduzir a confraterniza��o entre as pessoas de conv�vio di�rio, nada de convidar todos os parentes de outras localidades, grupo pequeno, priorizar espa�os abertos, ventilados, arejados, controlar as crian�as sobre o contato, que n�o � f�cil. E o sintom�tico, claro, de forma nenhuma deve participar.
 
A infectologista alerta que fazer o teste r�pido ou mesmo o RT-PCR, o chamado padr�o ouro, n�o � garantia de que a infec��o n�o ocorrer�: “N�o tem nenhum exame que garanta a tranquilidade total. Nem mesmo o RT-PCR, j� que no assintom�tico a sensibilidade do teste diminuiu”.
 
ALERTA LIGADO

(foto: Beto Staino/Divulgação)
(foto: Beto Staino/Divulga��o)


Carlos rodrigues de alencar, coordenador de sa�de do Grupo Pardini, responde a d�vidas importantes:
 
1 - Com as festividades de fim de ano e o aumento dos casos da COVID-19, qual a principal recomenda��o � popula��o?

Cada pessoa que encontramos, especialmente sem prote��o, � um risco que assumimos nesse ponto da pandemia, que est� longe de estar controlada. Ent�o, temos que pesar com cuidado as decis�es de com quem se encontrar, especialmente em eventos que envolvam comida e bebida. Estamos todos cansados, muitos desejam ver amigos e parentes. O que temos que manter em mente � que h� risco para n�s e para os outros, ent�o, sempre que poss�vel, devemos sim ficar em casa.

2 - Para as fam�lias e turmas de amigos que forem comemorar o Natal e r�veillon, em s�tio, com a ideia de espa�o aberto, como fazer?

A mesma recomenda��o da viagem se aplica a este tipo de evento. Ningu�m com sintoma deve comparecer, ent�o o risco � a presen�a de um portador assintom�tico que pode contaminar os outros participantes. Quem conseguir ficar em casa por 14 dias sem nenhum contato exterior, provavelmente, n�o � transmissor do v�rus, ainda que tenha iniciado o isolamento contaminado com o mesmo, devido ao tempo de dura��o da doen�a. Para quem n�o conseguir esse tempo, tr�s dias de isolamento rigoroso com realiza��o de teste molecular (RT-PCR) � poss�vel aumentar a seguran�a da viagem. Refor�ando novamente que, pelas caracter�sticas do teste, que � um pouco menos sens�vel em portadores assintom�ticos, a garantia de seguran�a n�o � 100%.

3 - E quando os encontros forem ocorrer em casas de familiares? Como fazer? 

Alguns pa�ses, como o Reino Unido, est�o adotando o conceito de “bolhas familiares estendidas”. As pessoas que vivem com voc� s�o a sua bolha, voc� est� em contato com elas e qualquer um que se contaminar, provavelmente contaminar� os demais. Existem bolhas de maior e menor risco: uma fam�lia de um trabalhador da linha de frente est� mais exposta que um domic�lio em que todos trabalham em home office e s� precisam se expor em ocasi�es especiais. A sugest�o � que nesse per�odo festivo as fam�lias ampliem suas bolhas para at� tr�s grupos, aumentando o risco de maneira controlada para todas as comemora��es. � interessante que cada grupo pense nos riscos individuais, e trate as pessoas que apresentam maior risco com mais cuidado, mantendo em �reas externas e com uso de m�scaras. Esses grupos t�m que se manter isolados do restante da comunidade e, se quiserem aumentar a seguran�a, podem combinar um isolamento de 14 dias de todo o grupo, ou de tr�s dias com posterior testagem, antes do primeiro encontro. 



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