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Estado de Minas SA�DE

COVID-19: pessoas com doen�as autoimunes podem se vacinar?

Especialista alerta que evid�ncias cient�ficas s�o cruciais para atestar seguran�a e efic�cia para esses pacientes. Entenda


15/01/2021 14:14 - atualizado 15/01/2021 14:41

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)

Desde o in�cio da pandemia de COVID-19, ainda no fim de 2019 na China, a vacina se tornou objeto de desejo da popula��o. E isso se intensificou � medida que o novo coronav�rus se espalhou pelo mundo.

Agora, com algumas na��es j� em processo de vacina��o e a possibilidade de que os brasileiros estejam imunes em breve, algumas d�vidas come�am a surgir quanto a quem pode ou n�o, de fato, se vacinar. � o caso de pessoas portadoras de doen�as autoimunes

Isso porque, haja vista que o objetivo da vacina – provocar o sistema imunol�gico a produzir anticorpos para se defender contra algum agente infeccioso –, como pacientes com o sistema imune j� parcialmente comprometido podem ser imunizados sem correr riscos maiores? De acordo com a presidente da Sociedade Mineira de Reumatologia (SMR), Mariana Peixoto, essas pessoas podem, sim, se vacinar, mas � preciso cautela em alguns aspectos. 

“Portadores de doen�as reum�ticas imunomediadas apresentam uma desregula��o no sistema imune, o que acaba por gerar uma inflama��o exacerbada ou uma agress�o ao organismo na tentativa de proteg�-lo de bact�rias e v�rus. Por isso, o tratamento dessas doen�as exige medicamentos que controlem e inibam parcialmente a resposta imunol�gica."

Dessa maneira, os pacientes podem estar mais propensos a alguns tipos de infec��o, desenvolvendo-as de forma mais grave. "Nesse cen�rio, alguns casos n�o devem receber vacinas de v�rus vivo atenuado, pelo risco de desenvolvimento da doen�a na sua forma ativa”, aponta. 

Mariana Peixoto, presidente da Sociedade Mineira de Reumatologia (SMR)(foto: Zoom Comunicação/Divulgação)
Mariana Peixoto, presidente da Sociedade Mineira de Reumatologia (SMR) (foto: Zoom Comunica��o/Divulga��o)
Por�m, segundo Mariana Peixoto, as vacinas contra o Sars-Cov-2 n�o seguem essa linha de produ��o, visto que uma delas, a Coronavac � produzida com o v�rus morto, enquanto que a de Oxford, por exemplo, � feita com o RNA mensageiro. Isso infere que n�o h� possibilidade de que os pacientes portadores de doen�as autoimunes desenvolvam a doen�a ou tenham complica��es. “Deste modo, essas pessoas podem tomar a vacina. Mas no momento adequado e com seguran�a.” 
 
“Recomenda-se que os pacientes com alta atividade de doen�a possam aguardar um melhor controle da patologia para, s� ent�o, fazerem uso da vacina. Outro ponto importante � que os pacientes imunocomprometidos podem ter uma resposta vacinal (n�vel de prote��o) reduzida, o que n�o contraindica o seu uso, estando a indica��o mantida."

Devemos ressaltar que n�o foram realizados testes em nenhum pa�s, com nenhuma das vacinas em desenvolvimento em pacientes portadores de doen�as reum�ticas imunomediadas. Portanto, assim que testes forem feitos em todas as popula��es especiais, teremos mais respostas exatas”, explica. 

ORIENTA��ES 


Em raz�o da necessidade de informa��o aos pacientes portadores de doen�as autoimunes no quesito vacina��o, a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) emitiu um guia com orienta��es sobre a imuniza��o contra a COVID-19 em pacientes com doen�as reum�ticas imunomediadas (DRIM).  

Segundo o documento, a recomenda��o � a de que a decis�o a respeito da vacina��o seja tomada de forma individual e compartilhada entre m�dico e paciente. Isso porque os doentes podem apresentar desregula��o imune por causa da doen�a e imunosupress�o devido ao tratamento. 

“Diante da aus�ncia de evid�ncias, at� a presente data, quanto � seguran�a e � efic�cia das vacinas contra Sars-Cov-2 nesta popula��o, que apresenta desregula��o imune pela doen�a de base al�m da imunossupress�o causada por seu tratamento, � esperado que o reumatologista esteja familiarizado e se mantenha atualizado sobre as caracter�sticas, efic�cia e seguran�a das vacinas contra COVID-19 para melhor orientar seus pacientes, considerando tanto a situa��o epidemiol�gica local quantos os riscos e benef�cios desta tomada de decis�o compartilhada”, diz o documento. 
 

"Deve ser observadas as peculiaridades dos resultados dos estudos, assim como as recomenda��es dos fabricantes. Al�m disso, vale ressaltar que em nenhum dos ensaios cl�nicos de fase III houve a inclus�o de pacientes com comprometimento do sistema imune, seja por doen�a imunomediadas seja pelo uso de imunossupressores. Recomendamos seguir as orienta��es dos �rg�os de sa�de locais at� que novas evid�ncias ou recomenda��es estejam dispon�veis e este documento possa ser atualizado"

Guia de orienta��es sobre vacina��o para pacientes com Doen�as Reum�ticas Imunomediadas (DRIM) da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR)



Outros fatores a serem considerados s�o faixa et�ria e comorbidades, como cardiopatias, diabetes mellitus, hipertens�o arterial, obesidade, doen�a renal cr�nica e doen�a pulmonar obstrutiva cr�nica, que s�o associadas a um maior risco de hospitaliza��o e mortes relacionadas ao novo coronav�rus. O guia recomenda que, nesses casos, a vacina��o, ocorra quando a doen�a estiver est�vel ou em remiss�o, e o paciente estiver sem ou com baixo grau de imunossupress�o. Entretanto, o m�dico pode discutir com o paciente o momento para a imuniza��o

“Algumas comorbidades, como cardiopatias, diabetes mellitus, hipertens�o arterial sist�mica, obesidade, doen�a renal cr�nica e doen�a pulmonar obstrutiva cr�nica, est�o associadas a um maior risco de hospitaliza��o e �bito relacionados ao novo coronav�rus, justificando a vacina��o dos indiv�duos com DRIM, portadores de tais condi��es, no grupo priorit�rio. Preferencialmente, o paciente deve ser vacinado estando com a doen�a controlada ou em remiss�o, como tamb�m em baixo grau de imunossupress�o ou sem imunossupress�o. Esta n�o � uma condi��o imprescind�vel para que o paciente seja vacinado, mas um cen�rio ideal”, informa o guia da SBR.  

SEGURAN�A E EFIC�CIA 


Ainda de acordo com Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBM), nenhuma das vacinas � feita com o v�rus atenuado, o que confere maior confiabilidade, seguran�a e efic�cia para pessoas com doen�as autoimunes. Por�m, o documento destaca que os estudos ainda s�o rasos no que tange � popula��o portadora de doen�as autoimunes. Portanto, a princ�pio, deve-se seguir as orienta��es dos �rg�os p�blicos de sa�de at� que novas diretrizes sejam incorporadas e divulgadas. 

"Devem ser observadas as peculiaridades dos resultados dos estudos, assim como as recomenda��es dos fabricantes. Al�m disso, vale ressaltar que em nenhum dos ensaios cl�nicos de fase III houve a inclus�o de pacientes com comprometimento do sistema imune, seja por doen�a imunomediadas seja pelo uso de imunossupressores. Recomendamos seguir as orienta��es dos �rg�os de sa�de locais at� que novas evid�ncias ou recomenda��es estejam dispon�veis e este documento possa ser atualizado", indica. 
 
Para acessar o guia na �ntegra, acesse o pdf divulgado pela Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) aqui

*Estagi�ria sob a supervis�o da editora Teresa Caram 


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