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Estado de Minas CORONAV�RUS

Estudo indica que COVID-19 pode causar inflama��o atr�s dos test�culos

Pesquisa conduzida pela USP mostra que 42,3% dos pacientes de casos leves e moderados apresentaram problemas no canal chamado de epid�dimo


15/02/2021 22:25 - atualizado 15/02/2021 22:49

Grupo de pacientes não apresentou dores na região escrotal, mas tiveram epididimite(foto: Pixabay)
Grupo de pacientes n�o apresentou dores na regi�o escrotal, mas tiveram epididimite (foto: Pixabay)
Um estudo desenvolvido pela Faculdade de Medicina da Universidade de S�o Paulo (USP) indica que a COVID-19 pode causar problemas no epid�dimo, canal localizado atr�s dos test�culos. Uma amostragem feita com 26 pacientes que apresentaram sintomas leves ou moderados de coronav�rus, mostrou que 42,3% deles tiveram epididimite.

Os pacientes n�o apresentaram dores escrotais, mas tiveram problemas no sistema reprodutor. Isso porque o epid�dimo � um �rg�o com seis metros de comprimento, por onde os espermatoz�ides passam antes de fertilizar o �vulo. O artigo do estudo, intitulado de Radiological patterns of incidental epididymitis in mild-to-moderate COVID-19 patients revealed by colour Doppler ultrasound, foi publicado em 9 de fevereiro na revista cient�fica Andrologia.

Em 2002, na primeira epidemia de s�ndrome respirat�ria aguda grave na �sia, estudos baseados em aut�psias mostraram que os pacientes que estavam com a forma mais grave da doen�a apresentaram orquite - inflama��o nos test�culos. Isso fez com que pesquisadores passassem a observar poss�veis sequelas causadas pela COVID-19 quanto � sa�de reprodutiva masculina.

“O v�rus da SARS estava relacionado a esse acometimento testicular porque ele se ligava a uma prote�na chamada ACE2 e a outra chamada TMPRSS2 para entrar na c�lula”, disse o urologista Thiago Teixeira, que participou dos estudos.

Como os pesquisadores identificaram que a forma de invas�o do SARS-CoV-2 era a mesma do v�rus que assolou a �sia em 2002, eles notaram que os test�culos poderiam ser um alvo do v�rus. Al�m do epid�dimo, pacientes apresentaram altera��es no s�men e nos par�metros seminais.

“A ideia ent�o foi estudar os pacientes que estavam na enfermaria e ver o estado dos test�culos deles atrav�s de ultrassom doppler”, explica Jorge Hallak, professor do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da USP e um dos autores do estudo.

Participantes


Os 26 pacientes que participaram dos estudos tinham entre 18 e 55 anos. De acordo com os especialistas, � a faixa et�ria sexualmente ativa e com prop�sito de fertilidade. Para garantir a efic�cia do estudo, v�rios participantes foram exclu�dos por crit�rios definidos. “N�s verificamos com urologista por meio de exame f�sico e depois ultrassom. Este �ltimo � um �timo m�todo para avaliar o aspecto do test�culo, sendo a melhor forma de verificar se h� orquite e epididimite”, pontuou Thiago.

A aus�ncia de dores nos test�culos pode sinalizar ao paciente de que tudo est� correndo bem no sistema reprodutor. Mas n�o � bem assim. S� uma ultrassonografia acompanhada de exames f�sicos podem detectar anormalidades. “Mesmo na aus�ncia de dores no test�culo, eles podem ter essa inflama��o que, no futuro, poder� causar algum problema”, alertou Hallak.

Os trabalhos dos pesquisadores seguem com estudos para entender como a COVID-19 pode afetar os horm�nios masculinos, sobretudo a testosterona. Al�m disso, eles buscam respostas sobre o motivo de homens estarem morrendo em maior frequ�ncia de coronav�rus em rela��o as mulheres.


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