
A pesquisa foi desenvolvida no Laborat�rio de Biologia Integrativa do Instituto de Ci�ncias Biol�gicas (ICB) da UFMG, liderado pelos professores Renato Santana e Renan Pedra de Souza. Segundo eles, o m�todo mais usado, atualmente, para detectar as variantes leva at� seis semanas com o sequenciamento gen�tico convencional da amostra. Al�m de custar entre R$500 e R$600 por an�lise.
O teste da UFMG poder� ser feito em qualquer laborat�rio que j� realiza o PCR, sem necessidade de m�quinas caras e pouco acess�veis, al�m de ter vantagens em rela��o ao sequenciamento tradicional: “Quando realiza o sequenciamento convencional, voc� faz uma proje��o, pois ele � feito apenas com centenas de amostras”, diz Renato Santana.
“Com o novo teste, que consegue varrer um n�mero muito maior de amostras, � poss�vel visualizar a frequ�ncia das variantes de forma mais fidedigna e condizente com a realidade. Al�m disso, qualquer laborat�rio que j� realiza o PCR � capaz de fazer esse teste de diagn�stico das variantes, diferentemente do sequenciamento, que exige m�quinas caras e dispon�veis em poucos ambientes” completa o professor.
Renato alerta que o teste desenvolvido n�o identifica novas variantes ainda desconhecidas pelas autoridades, mas detecta a presen�a das muta��es j� descobertas no organismo do paciente. Por isso, o sequenciamento gen�tico ainda � de extrema import�ncia, j� que apenas esse m�todo pode descobrir mais uma variante, caso apare�a.
“O sequenciamento gen�tico ainda � importante porque somente ele � capaz de descobrir uma variante nova, at� ent�o desconhecida. Mas, depois da descoberta, o teste que desenvolvemos se torna a melhor ferramenta para detec��o, pois pode ser constantemente adaptado para reconhecer as que aparecem. Os dois testes s�o, portanto, complementares” diz.
Com a cria��o do teste r�pido, os estudos n�o terminaram. Agora, a equipe trabalha para investigar a variante P2, que circula em BH. Estudos j� comprovam que a variante de Manaus, a P1, est� associada � carga viral mais alta nos pacientes. A pesquisa na capital mineira est� sendo realizada em parceria com a Funda��o Ezequiel Dias e com o Instituto Hermes Pardini.
*Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Eduardo Oliveira