(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas CIGARRO ELETR�NICO

Queridinho entre jovens, cigarro eletr�nico traz riscos ao cora��o e pulm�o

Comercializa��o, importa��o e propaganda de todos os tipos de dispositivos eletr�nicos para fumar s�o proibidas no Brasil, mas s� ganham mercado e consumidores


26/05/2022 13:10 - atualizado 26/05/2022 16:24

cigarro eletrônico
O cigarro eletr�nico em comercializa��o, importa��o e propaganda proibidas no Brasil (foto: Lindsay Fox / Pixabay )
Os dispositivos eletr�nicos para fumar (DEF), tamb�m conhecidos como cigarros eletr�nicos, vaper, pod, e-cigarette, e-ciggy, e-pipe, e-cigar, heat not burn (tabaco aquecido), entre outros, t�m a  comercializa��o, importa��o e propaganda proibidas no Brasil, por meio da Resolu��o de Diretoria Colegiada da Anvisa: RDC nº 46, de 28 de agosto de 2009. No entanto, cada vez mais o produto ganha mercado e consumidores, principalmente, entre os jovens.
 
Desde 2003, quando foram criados, tais produtos passaram por diversas gera��es: os produtos descart�veis, de uso �nico; os produtos recarreg�veis com refis l�quidos (que cont�m em sua maioria propileno glicol, glicerina, nicotina e flavorizantes), em sistema aberto ou fechado; os produtos de tabaco aquecido, que t�m um dispositivo eletr�nico onde se acopla um refil com tabaco; os sistema "pods", que cont�m sais de nicotina e outras subst�ncias dilu�das em l�quido e se assemelham � pen drives, dentre outros.

Tanta oferta e mudan�a, que at� uma carilha foi lan�ada para que todos possam ter mais informa��o: Cigarros Eletr�nicos: o que sabemos?, lan�ada em dezembro de 2016 e produzida a partir de uma parceria entre a Organiza��o Pan-Americana da Sa�de/Organiza��o Mundial da Sa�de (Opas/OMS), a Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) o Instituto Nacional de C�ncer Jos� Alencar Gomes da Silva (INCA).

O documento re�ne informa��es sobre a composi��o do vapor e os danos � sa�de, bem como sobre o papel destes produtos na redu��o de danos e no tratamento da depend�ncia de nicotina. 

Desenvolvidos como alternativa aos cigarros tradicionais, os cigarros eletr�nicos ca�ram no gosto dos jovens. Em formato de caneta ou mesmo de um celular, eles j�o s�o apontados como como a prov�vel causa de v�rias doen�as pulmonares. Contudo, o que pouco se fala � que ele tamb�m � prejudicial para a sa�de vascular.

Compostos por cartucho (filtro), parte eletr�nica e bateria, os vapers conseguem atingir temperaturas que variam entre 300 ºC a 400 ºC - um cigarro tradicional chega a atingir mais de 800 °C -, o que faz com que certas subst�ncias qu�micas altamente t�xicas n�o entrem em combust�o e sigam para o organismo da pessoa em sua totalidade.

Josualdo Euzébio
Coordenador de cirurgia vascular do Hospital Biocor, Josualdo Euz�bio, diz que no cigarro eletr�nico, por ser pulverizado, as part�culas s�o menores que no cigarro convencional, causando maior penetra��o no pulm�o (foto: Guilherme Silva/Divulga��o)
O m�dico angiologista, membro titular da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular e coordenador de cirurgia vascular do Hospital Biocor, Josualdo Euz�bio, enfatiza que o cigarro eletr�nio � pior do que o tradicional: "No cigarro eletr�nico, al�m dos riscos da nicotina e de outras subst�ncias, ele tem tamb�m a subst�ncia ultraprocessada e forma micropart�culas part�culas com maior penetra��o no pulm�o causando mais riscos que o convencional e para a sa�de cardiovascular. � muito danoso, em consequ�ncia, � mais nocivo para o pulm�o."
 
Para Josualdo Euz�bio, � preciso desencorajar o uso de qualquer tipo de cigarro, porque todo cigarro � nocivo. "No caso do cigarro eletr�nico, ele est� sendo muito usado entre os jovens, por ser mais moderno, mas seus riscos s�o fortes, at� maiores que os convencionais. Portanto, o uso de qualquer tipo de cigarro seja eletr�nico ou n�o deve ser desestimulado. Os jovens o acham moderno, mais 'bonito' e v� o cigarro eletr�nico como algo chique e promove status. Por isso, atrai mais a popula��o jovem do que aos adultos."

O fato de o cigarro eletr�nico ser proibido no Brasil, mas, ainda assim, consumido, para Josualdo Euz�bio o mais importante � que as pessoas sejam informadas. "A melhor maneira de evitar � orientar a popula��o por meio de campanhas de orienta��o tanto para o cigarro convencional quanto para o eletr�nico. Sobre a libera��o do uso, �rg�os competentes como Anvisa e outros devemcuidar disso com veem�ncia."
 
O angiologista alerta que, al�m da nicotina, o cigarro eletr�nico tem v�rias subst�ncias. "No cigarro eletr�nico por ser pulverizado, as part�culas s�o menores que no cigarro convencional, causando maior penetra��o no pulm�o. Ent�o, ao que tudo indica ele � mais danoso ao pulm�o do que o cigarro convencional, mas ainda n�o se tem muitos estudos".

cigarro eletrônico fumado por uma mulher
Compostos por cartucho (filtro), parte eletr�nica e bateria, os vapers conseguem atingir temperaturas que variam entre 300 �C a 400 �C,, o que faz com que certas subst�ncias qu�micas altamente t�xicas n�o entrem em combust�o e sigam para o organismo da pessoa em sua totalidade (foto: haiberliu/Pixabay )


O que tamb�m se sabe � que h� risco de eventos cardiovasculares, como infarto do mioc�rdio, acidente vascular cerebral (AVC) e aumento do risco de crise de angina: "Em rela��o as doen�as cardiovasculares, demanda um tempo para come�arem a surgir. Ainda n�o temos dados, mas sabemos que ele � muito mal�fico. Assim, como no cigarro convencional, a pessoa que come�a a fumar n�o v� os efeitos na primeira semana, porque os dados aparecem ap�s um per�odo. E mesmo ap�s o rompimento do uso, os danos ainda continuam por determinado tempo no organismo", explica o m�dico.
 
Josualdo Euz�bio avisa que a nicotina, para algumas pessoas, � extremamente viciante independente do tipo de cigarro. "Ainda n�o temos estudos que apontam se o cigarro eletr�nico � mais viciante, mas tudo indica que sim pelo poder de penetra��o que tem da subst�ncia, pulverizada e minipart�culas. No cigarro convencional a part�cula � maior, ao contr�rio do eletr�nico, ent�o h� um dano grande e, certamente, o poder viciante � maior. Mas � algo novo, e para afirmar com certeza � preciso mais estudos. O que afirmamos � que ele � mal�fico."


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)