
Tanta oferta e mudan�a, que at� uma carilha foi lan�ada para que todos possam ter mais informa��o: Cigarros Eletr�nicos: o que sabemos?, lan�ada em dezembro de 2016 e produzida a partir de uma parceria entre a Organiza��o Pan-Americana da Sa�de/Organiza��o Mundial da Sa�de (Opas/OMS), a Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) o Instituto Nacional de C�ncer Jos� Alencar Gomes da Silva (INCA).
O documento re�ne informa��es sobre a composi��o do vapor e os danos � sa�de, bem como sobre o papel destes produtos na redu��o de danos e no tratamento da depend�ncia de nicotina.
Desenvolvidos como alternativa aos cigarros tradicionais, os cigarros eletr�nicos ca�ram no gosto dos jovens. Em formato de caneta ou mesmo de um celular, eles j�o s�o apontados como como a prov�vel causa de v�rias doen�as pulmonares. Contudo, o que pouco se fala � que ele tamb�m � prejudicial para a sa�de vascular.
Compostos por cartucho (filtro), parte eletr�nica e bateria, os vapers conseguem atingir temperaturas que variam entre 300 ºC a 400 ºC - um cigarro tradicional chega a atingir mais de 800 °C -, o que faz com que certas subst�ncias qu�micas altamente t�xicas n�o entrem em combust�o e sigam para o organismo da pessoa em sua totalidade.

Para Josualdo Euz�bio, � preciso desencorajar o uso de qualquer tipo de cigarro, porque todo cigarro � nocivo. "No caso do cigarro eletr�nico, ele est� sendo muito usado entre os jovens, por ser mais moderno, mas seus riscos s�o fortes, at� maiores que os convencionais. Portanto, o uso de qualquer tipo de cigarro seja eletr�nico ou n�o deve ser desestimulado. Os jovens o acham moderno, mais 'bonito' e v� o cigarro eletr�nico como algo chique e promove status. Por isso, atrai mais a popula��o jovem do que aos adultos."
O fato de o cigarro eletr�nico ser proibido no Brasil, mas, ainda assim, consumido, para Josualdo Euz�bio o mais importante � que as pessoas sejam informadas. "A melhor maneira de evitar � orientar a popula��o por meio de campanhas de orienta��o tanto para o cigarro convencional quanto para o eletr�nico. Sobre a libera��o do uso, �rg�os competentes como Anvisa e outros devemcuidar disso com veem�ncia."
O angiologista alerta que, al�m da nicotina, o cigarro eletr�nico tem v�rias subst�ncias. "No cigarro eletr�nico por ser pulverizado, as part�culas s�o menores que no cigarro convencional, causando maior penetra��o no pulm�o. Ent�o, ao que tudo indica ele � mais danoso ao pulm�o do que o cigarro convencional, mas ainda n�o se tem muitos estudos".

O que tamb�m se sabe � que h� risco de eventos cardiovasculares, como infarto do mioc�rdio, acidente vascular cerebral (AVC) e aumento do risco de crise de angina: "Em rela��o as doen�as cardiovasculares, demanda um tempo para come�arem a surgir. Ainda n�o temos dados, mas sabemos que ele � muito mal�fico. Assim, como no cigarro convencional, a pessoa que come�a a fumar n�o v� os efeitos na primeira semana, porque os dados aparecem ap�s um per�odo. E mesmo ap�s o rompimento do uso, os danos ainda continuam por determinado tempo no organismo", explica o m�dico.
Josualdo Euz�bio avisa que a nicotina, para algumas pessoas, � extremamente viciante independente do tipo de cigarro. "Ainda n�o temos estudos que apontam se o cigarro eletr�nico � mais viciante, mas tudo indica que sim pelo poder de penetra��o que tem da subst�ncia, pulverizada e minipart�culas. No cigarro convencional a part�cula � maior, ao contr�rio do eletr�nico, ent�o h� um dano grande e, certamente, o poder viciante � maior. Mas � algo novo, e para afirmar com certeza � preciso mais estudos. O que afirmamos � que ele � mal�fico."