
O perfil da fuma�a que se difunde no ambiente tem concentra��es maiores de nicotina e mon�xido de carbono. Essa fuma�a tem mais de 7 mil compostos qu�micos, sendo que 69 deles est�o associados ao risco direto de c�ncer
Br�ulio Nunes, oncologista cl�nico da Cetus Oncologia
O oncologista cl�nico da Cetus Oncologia, Br�ulio Nunes, destaca os reais riscos para o fumante passivo: "O tabagismo passivo se caracteriza pelo ato de inalar a fuma�a dos derivados do tabaco, que podem ser provenientes do cigarro, charuto, cachimbo ou outras formas de inala��o por indiv�duos n�o fumantes. O perfil da fuma�a que se difunde no ambiente tem concentra��es maiores de nicotina, mon�xido de carbono, (este �ltimo capaz de penetrar na hemoglobina, dificultando, com isso, o transporte de oxig�nio aos �rg�os do organismo). Essa fuma�a tem mais de sete mil compostos qu�micos, sendo que 69 deles est�o associados ao risco direto de c�ncer."

Nesse contexto, alerta o oncologista, pacientes expostos de forma cr�nica apresentam risco de doen�as cr�nicas pulmonares e tamb�m "maior risco de desenvolvimento de c�nceres, sejam eles da cavidade oral, vias respirat�rias superiores (nariz, nasofaringe, faringe e laringe) e vias respirat�rias inferiores, al�m dos tumores atrelados �s vias urin�rias, como os de bexiga e rim".
Como o n�o fumante pode se proteger?

Br�ulio Nunes explica que a estrat�gia para evitar a exposi��o � fuma�a envolve a conscientiza��o da popula��o e tamb�m a institui��o de leis espec�ficas no sentido de coibir a exposi��o das pessoas ao cigarro. "Em 2014, por sinal, foi aprovada no Brasil uma lei federal que pro�be o tabagismo em locais de uso coletivo, p�blicos ou privados. Desde ent�o, essa � tida como a principal estrat�gia para evitar a exposi��o de outras pessoas ao cigarro e � fuma�a distribu�da ao ambiente."
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O oncologista destaca que n�o h� h� uma quantifica��o espec�fica dessa exposi��o que seja considerada segura ou que proteja o tabagista passivo.
"Mesmo uma exposi��o discreta em ambientes fechados pode ser o gatilho para algum evento agudo relacionado � hipersensibilidade � fuma�a do cigarro, al�m de desencadear doen�as respirat�rias. A estrat�gia mais eficaz que eles (os fumantes passivos) t�m para se protegerem � evitar frequentar ambientes fechados em que haja o consumo de derivados do tabaco de forma deliberada", recomenda Br�ulio Nunes.
"Mesmo uma exposi��o discreta em ambientes fechados pode ser o gatilho para algum evento agudo relacionado � hipersensibilidade � fuma�a do cigarro, al�m de desencadear doen�as respirat�rias. A estrat�gia mais eficaz que eles (os fumantes passivos) t�m para se protegerem � evitar frequentar ambientes fechados em que haja o consumo de derivados do tabaco de forma deliberada", recomenda Br�ulio Nunes.
Quanto � febre do cigarro eletr�nico, o vape, que j� se espalha pelo Brasil, principalmente entre os jovens, Br�ulio Nunes avisa: "H� dados que sugerem uma menor concentra��o de subst�ncias cancer�genas nas fuma�as emitidas por cigarros eletr�nicos, entretanto, n�o h� nenhuma comprova��o cient�fica de que essa exposi��o seja realmente mais segura. Apesar das limita��es dos conhecimentos atuais, a recomenda��o da comunidade m�dica � de que a exposi��o � fuma�a dos cigarros eletr�nicos tamb�m deve ser evitada".