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Estado de Minas ANTICORPOS

N�mero de pessoas com anticorpos contra coronav�rus intriga cientistas

Para cada pessoa com resultado positivo em teste que detecta anticorpos, outras duas tamb�m t�m c�lulas de defesa capazes de combater o v�rus


postado em 02/07/2020 08:57

Resultado indica que imunidade gerada naturalmente pelo corpo pode ter efeito significativo também em termos de saúde pública(foto: AFP / MIGUEL RIOPA)
Resultado indica que imunidade gerada naturalmente pelo corpo pode ter efeito significativo tamb�m em termos de sa�de p�blica (foto: AFP / MIGUEL RIOPA)
Um estudo sueco mostra que a imunidade por COVID-19 em pessoas n�o infectadas pelo coronav�rus pode ser maior do que indicam os testes. Os cientistas chegaram a essa conclus�o ap�s comparar dados de pacientes em diferentes graus de gravidade da COVID-19 e amostras de volunt�rios n�o infectados.

Segundo eles, para cada indiv�duo que tem resultado positivo para anticorpos contra o Sars-CoV-2, outros dois apresentam c�lulas de defesa capazes de identificar e combater esse micro-organismo. Os dados foram apresentados na plataforma de divulga��o de estudos cient�ficos BiorXiv e ainda precisam ser avaliados por outros especialistas.

No estudo, os cientistas analisaram amostras imunol�gicas de 200 indiv�duos, grande parte deles com sintomas leves ou sem sintomas da covid-19. “Inclu�mos pacientes internados no Hospital Universit�rio Karolinska, na Su�cia, outros n�o internados e seus parentes assintom�ticos expostos, al�m de pessoas saud�veis que doaram sangue durante 2019 e 2020 (grupo controle)”, detalham os autores, no artigo.

Grande parte dos analisados apresentou �ndices altos das c�lulas-T, agentes respons�veis pela defesa do corpo a invasores, como o pat�geno que causa a COVID-19.  “Essas c�lulas s�o um tipo de gl�bulo branco especializado no reconhecimento de c�lulas infectadas por v�rus e parte essencial do sistema imunol�gico (…) Nossos resultados indicam que, aproximadamente, duas vezes mais pessoas desenvolveram imunidade de c�lulas-T, em compara��o �quelas em que podemos detectar anticorpos (infectadas)”, explica Marcus Buggert, professor-assistente do Centro de Medicina Infecciosa do Instituto Karolinska e um dos principais autores do artigo, em uma entrevista divulgada pelo centro de pesquisa sueco.

Os pesquisadores tamb�m ficaram impressionados com a resposta imune quando compararam dados do grupo controle. “� muito interessante ver que n�o apenas as pessoas com covid-19 mostraram imunidade �s c�lulas-T, mas tamb�m muitos de seus parentes assintom�ticos expostos. Al�m disso, aproximadamente 30% das pessoas que doaram sangue em maio de 2020 tinham c�lulas-T espec�ficas para essa enfermidade”, detalha Soo Aleman, m�dica no Hospital Universit�rio Karolinska e tamb�m participante do estudo cient�fico.

Segundo os pesquisadores, os dados sinalizam que a imunidade gerada pelo corpo de forma natural � COVID-19 � possivelmente maior do que o imaginado. “Nossos resultados indicam que a imunidade p�blica � covid-19 � provavelmente significativamente maior do que a sugerida pelo teste de anticorpos”, frisa Hans-Gustaf Ljunggren, pesquisador do Centro de Medicina Infecciosa do Instituto Karolinska e coautor do trabalho. “Se for esse o caso, � claro que s�o boas not�cias, do ponto de vista da sa�de p�blica.”

O estudo foi feito a partir da an�lise de c�lulas-T, que geram maior exatid�o nos dados, quando comparadas a testes de  anticorpos. Ainda assim, segundo os autores, n�o � poss�vel dizer se essa imunidade pode gerar total prote��o ao v�rus ou, pelo menos, provocar infec��es mais leves.

Para esclarecer essas quest�es, mais an�lises ser�o necess�rias. “Estudos mais longos e longitudinais sobre c�lulas-T e anticorpos precisam ser feitos para entender o quanto a imunidade � duradoura e como esses diferentes componentes da imunidade � covid-19 est�o relacionados”, frisa Buggert.

Palavra de especialista

Muito a investigar

“Pouco se conhece ainda a respeito da resposta imune � infec��o provocada pelo Sars-CoV-2. N�o sabemos como � a produ��o de anticorpos, qu�o longa �, ou seja, por quanto tempo dura, nem se eles podem desempenhar um papel protetor. Um dos pontos mais intrigantes, por exemplo, � que temos visto que pessoas que tiveram a infec��o mais leve parecem ter resposta imune menos completa do que os que tiveram casos mais graves.

O n�mero de anticorpos desse segundo grupo � maior, mas n�o sabemos por que isso ocorre. Os testes que mais usamos na popula��o em geral apenas detectam os anticorpos, mas n�o conseguem avaliar a imunidade celular, algo mais complexo, que foi o avaliado nesse estudo.

Esse trabalho � um dos v�rios que t�m se dedicado a investigar esse tema, em busca de mais dados, e traz um pouco mais de luz sobre esses mecanismos de defesa em rela��o ao v�rus. Por�m, ainda temos muito o que investigar.” Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imuniza��es (SBIm).


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