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Estado de Minas PANDEMIA

COVID: vacina da Pfizer � mais eficaz contra delta, por�m menos duradoura

Estudo mostra que, embora maior, prote��o oferecida contra variante cai num prazo inferior ao do imunizante da AstraZeneca


20/08/2021 08:59

(foto: Alain Jocard/AFP)
(foto: Alain Jocard/AFP)
A vacina contra a COVID-19 desenvolvida pela empresa Pfizer gera maior prote��o contra a variante delta, por�m sua efic�cia diminui mais rapidamente. Estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Oxford tamb�m mostrou que o imunizante da AstraZeneca apresenta igualmente queda de efic�cia com o passar do tempo, mas seu d�ficit � mais gradual. Apesar disso, os cientistas garantem que as duas subst�ncias mant�m a efici�ncia contra o novo coronav�rus.

As descobertas v�o ao encontro de informa��es divulgadas, na v�spera, por especialistas dos Centros de Controle e Preven��o de Doen�as dos EUA (CDCs), que apontaram perda de efetividade nos imunizantes da Pfizer e da da Moderna, ambos feitos � base de mRNA - o pa�s aplica ainda o f�rmaco da Janssen, em dose �nica. A ideia de aplica��o extra antes que se complete um ano da segunda dose n�o agrada a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS).

A pesquisa brit�nica foi feita entre dezembro de 2020 e este m�s, per�odo em que os especialistas examinaram amostras sangu�neas de quase 700 mil pessoas. O estudo revelou que 30 dias ap�s a aplica��o da segunda dose da vacina da Pfizer, os indiv�duos imunizados estavam 90% mais protegidos contra a variante delta do que uma pessoa n�o vacinada. O percentual caiu para 85% ap�s dois meses, e 78%, tr�s meses depois.

J� as pessoas que receberam as duas doses da AstraZeneca estavam 67% protegidas no m�s seguinte. Ap�s dois meses, a efic�cia caiu para 65% e chegou a 61% no terceiro m�s. Ap�s quatro ou cinco meses, o n�vel de prote��o oferecido pelos dois imunizantes � similar, concluiu a pesquisa, que ainda n�o foi revisada e nem publicada em revistas especializadas.

Retrocesso

Comunicado divulgado pelo pesquisador Koen Pouwels, principal autor do estudo, assinala que os dados vistos "representam um retrocesso" da efic�cia da vacina da Pfizer, enquanto que, para o imunizante da AstraZeneca, "as diferen�as (entre um m�s e outro) s�o m�nimas, ou seja, pode n�o existir nenhuma mudan�a na prote��o".

Os especialistas destacaram que, apesar da leve queda do n�vel de prote��o, a efic�cia global dos dois imunizantes continua sendo "muito elevada". "Ambas as vacinas, em duas doses, ainda est�o indo muito bem contra a nova cepa delta (...) Voc� come�a com um n�vel muito, muito alto, mas tem um longo caminho a percorrer, ent�o, essa redu��o � algo esperado", opinou, em nota, a professora Sarah Walker, coautora do estudo.

A Pfizer j� havia comunicado que a efic�cia de sua vacina cai com o tempo. No m�s passado, a empresa AstraZeneca informou que ainda estava investigando quanto tempo duraria a prote��o de sua vacina e avaliava, tamb�m, a necessidade de uma dose de refor�o para manter a imunidade.

O estudo evidenciou ainda que pessoas infectadas ap�s receberem duas doses da vacina Pfizer ou AstraZeneca tendem a ter uma carga viral semelhante � dos indiv�duos n�o imunizados que contra�ram a COVID - isso significa que eles ainda transmitem a doen�a apesar de protegidos.

"O que merece mais destaque � o fato de que a imunidade coletiva pode se tornar mais desafiadora por causa disso", ressaltou Pouwels. "As vacinas s�o, provavelmente, melhores na preven��o de doen�as graves e um pouco menos (eficazes) na preven��o da transmiss�o", complementou.

Outra constata��o dos pesquisadores � que o tempo entre a administra��o das duas doses n�o afeta a efic�cia na preven��o de novas infec��es. Al�m disso, confirmou-se que as pessoas mais jovens t�m uma resposta imune maior que as mais velhas, o que j� era esperado pelos especialistas.

Diretor da Sociedade Brasileira de Imuniza��es (SBIm), Renato Kfouri destacou que as conclus�es ajudam a determinar a melhor forma de gerenciar o uso dos imunizantes. "Essas avalia��es precisam ser feitas periodicamente no uso de medicamentos, como as vacinas, principalmente, no caso desses f�rmacos contra COVID-19, pois como combatem uma enfermidade totalmente nova, � dif�cil prever o n�vel da sua prote��o e a dura��o dessa efic�cia. Essa �, infelizmente, uma limita��o que temos", opinou, ressaltando que, at� o momento, o desempenho � muito positivo.

Preocupa��o mundial

O estudo brit�nico coincide com a decis�o de alguns pa�ses de aplicar uma terceira dose da vacina contra a COVID-19, ainda que em situa��es espec�ficas. Israel come�ou a administrar o refor�o do imunizante da Pfizer no m�s passado. De acordo com as autoridades respons�veis, a medida era necess�ria para enfrentar um aumento nas infec��es desencadeadas pela propaga��o da variante delta.

Nos Estados Unidos, o refor�o come�a na semana de 20 de setembro. "Os dados dispon�veis mostram claramente que a prote��o contra a infec��o por Sars-CoV-2 come�a a declinar com o tempo", justificaram, em nota, Rochelle Walensky, diretora dos CDCs, e Anthony Fauci, assessor da Casa Branca sobre a pandemia.

"Preocupa-nos que essa tend�ncia de decl�nio continue nos pr�ximos meses, o que poderia levar a uma diminui��o da prote��o contra casos graves de doen�a, hospitaliza��es e mortes", disse o diretor m�dico da sa�de p�blica dos EUA, Vivek Murphy.

Numa an�lise do cen�rio global, Renato Kfouri estimou que a aplica��o de uma terceira dose dos imunizantes contra a COVID-19, at� agora, parece necess�ria apenas para grupos mais vulner�veis, como idosos e pessoas com sistemas imunes debilitados.

"As pesquisas nos mostram que existe uma perda de imunidade provocada pela vacina em indiv�duos acima de 70 anos, al�m de outras pessoas com um sistema de defesa mais debilitado, como transplantados. Essa terceira dose � algo que deve ser adotada para esses grupos e para evitar, principalmente, os casos graves, que podem ser mais agressivos nessas pessoas", assinalou o diretor da SBIm.

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