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Estado de Minas MEIO AMBIENTE

Mancha gigante de pl�stico no oceano cria novo habitat para animais marinhos

Pesquisadores encontraram esp�cies marinhas costeiras vivendo em peda�os flutuantes de pl�stico a quil�metros de seus ambientes originais


06/12/2021 10:47 - atualizado 06/12/2021 11:17

Cientistas encontraram animais marinhos que est�o vivendo em restos de pl�stico numa �rea de mar aberto conhecida como a "grande mancha de lixo do Pac�fico".

Muitas dessas criaturas s�o esp�cies costeiras, que passaram a viver a quil�metros de seus habitats usuais, numa �rea que fica entre a costa da Calif�rnia (EUA) e o Hava�.

Plantas e animais, incluindo an�monas, pequenos insetos marinhos, moluscos e caranguejos, foram encontrados em 90% dos peda�os de pl�stico.

Cientistas est�o preocupados com o fato de que o pl�stico est� ajudando a transportar esp�cies invasoras.

O estudo examinou itens de pl�stico com mais de 5 cent�metro de di�metro coletados de um giro — uma �rea onde correntes em c�rculo fazem com que detritos se acumulem — no Pac�fico.

A pesquisadora l�der, Linsey Haram, que conduziu o trabalho no Smithsonian Environmental Research Centre, disse: "Pl�sticos s�o mais permanentes que muitos dos detritos naturais que voc� costumava ver no mar aberto. Eles est�o criando um habitat mais permanente nesta �rea".

Haram trabalhou com o Ocean Voyages Institute, uma ONG que coleta pl�sticos poluentes em expedi��es mar�timas, e com ocean�grafos da Universidade do Hava� em Manoa.

O mundo tem pelo menos cinco giros infestados de pl�stico. Acredita-se que este do Pac�fico tenha a maior quantidade de pl�stico — cerca de 79 mil toneladas numa regi�o de mais de 1,6 quil�metros quadrados.

"Todo tipo de coisa vai parar l�", disse Haram. "N�o � uma ilha de pl�stico, mas h� definitivamente uma grande quantidade de pl�stico presa ali."

Boa parte disso � micropl�stico — muito dif�cil de ver a olho nu. Mas tamb�m h� itens maiores, incluindo redes de pesca abandonadas, boias e at� barcos que t�m flutuado no giro desde o tsunami no Jap�o em 2011.

Os pesquisadores, que relataram suas descobertas no peri�dico Nature Communications, come�aram a investiga��o ao analisar o tsunami devastador.

O desastre fez com que toneladas de detritos fossem jogadas no Oceano Pac�fico, e centenas de esp�cies japonesas costeiras foram vistas vivas em itens que chegaram �s costas do Pac�fico na Am�rica do Norte e a ilhas havaianas.

"Queremos saber como o pl�stico pode ser um meio de transporte para esp�cies invasoras", disse Haram � BBC News.


Mulher chora numa estrada em Miyagi após o tsunami de 2011 no Japão
A pesquisa come�ou com uma an�lise do impacto do tsunami de 2011 no Jap�o (foto: Reuters)

Alguns dos organismos que os pesquisadores encontraram no pl�stico eram esp�cies de mar aberto — organismos que sobrevivem ao navegar no pl�stico flutuante. Mas a descoberta mais impressionante, diz Haram, foi a diversidade de esp�cies costeiras no pl�stico.

"Mais da metade dos itens tinha esp�cies costeiras neles", ela disse. "Isso cria uma s�rie de quest�es sobre o que significa ser uma esp�cie costeira."

Os cientistas dizem que a descoberta joga luz sobre outras "consequ�ncias n�o intencionais" da polui��o por pl�stico — um problema que s� deve crescer.

Um estudo anterior estimou que um total de 25 bilh�es de toneladas de lixo pl�stico ter�o sido geradas at� 2050.

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