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Estado de Minas FERA MARINHA

Cientistas desvendam mist�rio de criatura sem �nus que pode ser ancestral das aranhas

Uma criatura microsc�pica e espinhosa de 500 milh�es de anos com boca, mas sem �nus, intrigava os cientistas


18/08/2022 16:23 - atualizado 19/08/2022 12:31


Uma imagem detalhada de Saccorhytus coronarius
Poderosas t�cnicas de radiografia revelaram os detalhes da criatura de um mil�metro (foto: P Donoghue et al/University of Bristol)

Um grupo de cientistas diz ter resolvido um mist�rio evolutivo que envolve uma criatura microsc�pica e espinhosa de 500 milh�es de anos que possui boca, mas n�o tem �nus.

Quando a esp�cie foi descoberta em 2017, foi relatado que o pequeno f�ssil dessa "fera marinha" poderia ser o ancestral mais antigo conhecido dos humanos.

O animal, que recebeu o nome Saccorhytus coronarius, foi classificado provisoriamente dentro um grupo chamado deuterost�mios.

Eles representam os ancestrais primitivos dos animais vertebrados — incluindo os seres humanos.

Um novo estudo, por�m, indica agora que o Saccorhytus deve ser colocado em um grupo totalmente diferente dos outros animais.

Uma equipe de pesquisadores na China e no Reino Unido realizou uma an�lise por radiografia muito detalhada da criatura e concluiu que ela pertence ao grupo dos ecdisozo�rios — que s�o os ancestrais de aranhas e insetos.

Uma das fontes dessa confus�o evolutiva foi a falta de um �nus no animal.

A pesquisadora Emily Carlisle, que estudou o Saccorhytus em detalhes, explicou ao podcast Inside Science da BBC Radio 4 que o assunto ainda "� um pouco confuso".

"A maioria dos ecdisozo�rios tem �nus, ent�o por que este n�o possui?", questionou.

Uma "resposta intrigante", aponta a especialista, � que um ancestral ainda mais antigo de todo esse grupo n�o tinha �nus, e que o Saccorhytus evoluiu posteriormente.

"Pode ser que ele tenha perdido [o �nus] durante a pr�pria evolu��o — talvez ele n�o precisasse de um porque precisaria de apenas um orif�cio no corpo para fazer tudo."

Espinhos ou br�nquias?

A principal raz�o para o "reposicionamento" do Saccorhytus na �rvore da vida � que, no exame inicial, os orif�cios que cercavam sua boca foram interpretados como poros para br�nquias (ou guelras) — uma caracter�stica primitiva dos deuterost�mios.

Quando os cientistas olharam com mais detalhes — usando uma poderosa radiografia para examinar de perto a criatura de um mil�metro — eles perceberam que essas estruturas eram, na verdade, a base de alguns espinhos que se partiram.

Os cientistas que estudam esses f�sseis tentam classificar cada animal em grupos — que funcionam quase como uma �rvore geneal�gica — permitindo que se construa uma imagem para entender de onde todas as esp�cies vieram e como elas evolu�ram ao longo do tempo.

"O Saccorhytus teria vivido no mar, com suas espinhas pr�ximas da boca segurando-o nos sedimentos dos oceanos", explicou Carlisle, que trabalha na Universidade de Bristol, no Reino Unido.

"Supomos que ele ficava 'sentado' em um ambiente estranho, com v�rios animais que se pareceriam com algumas criaturas vivas hoje, mas outros que seriam completamente alien�genas para n�s."


Impressão artística de Saccorhytus
Reconstru��o art�stica do Saccorhytus coronarius, com base nos achados f�sseis originais. A criatura real provavelmente n�o tinha mais do que um mil�metro de tamanho (foto: Cambridge University)

As rochas que cont�m esses f�sseis ainda est�o sendo estudadas.

"Ainda podemos aprender muito sobre o ambiente em que eles viviam", acrescentou Carlisle.

"Quanto mais estudo paleontologia, mais percebo o quanto est� faltando. Quando pensamos nessa criatura e no mundo em que ela vivia, estamos apenas na superf�cie [do conhecimento]."


Uma imagem em detalhes de Saccorhytus coronarius
O Saccorhytus era uma criatura pontiaguda parecida a um saco com uma boca, mas sem o �nus (foto: P Donoghue et al/University of Bristol)

Ou�a o podcast Inside Science (em ingl�s) no BBC Sounds.

- Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/curiosidades-62594645

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