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Estado de Minas NOVO NORMAL

M�sicos contam como � voltar a tocar ao vivo em BH (ou n�o)

Com atividade liberada, h� profissionais que retomaram apresenta��es no mesmo dia e h� aqueles que preferem aguardar at� se sentirem mais seguros


23/09/2020 04:00 - atualizado 23/09/2020 11:44

Acompanhada do violonista Waldir Marcos dos Santos, Conceição Oliveira canta no Estação Santê(foto: Túlio Santos/EM/D.A.Press )
Acompanhada do violonista Waldir Marcos dos Santos, Concei��o Oliveira canta no Esta��o Sant� (foto: T�lio Santos/EM/D.A.Press )
Uma vit�ria. Assim, m�sicos de BH, que ficaram longe dos palcos por quase seis meses, em virtude das restri��es ocasionadas pela pandemia do novo coronav�rus, encararam a autoriza��o para m�sica ao vivo nos bares da capital mineira, em vigor desde o �ltimo s�bado (19). 

Impedidos de trabalhar, muitos profissionais passaram por s�rias dificuldades. Alguns organizaram suas lives, com as quais conseguiram alguma remunera��o, via patroc�nio; outros acabaram buscando desempenhar outras atividades para se manter durante a quarentena. 

Embora o retorno da m�sica ao vivo, obedecendo a medidas de precau��o, j� tenha sido autorizado, parte dos profissionais que atuam na noite de Belo Horizonte prefere aguardar para retomar a rotina de apresenta��es.

N�o � o caso da cantora Concei��o Oliveira, que cantou no Esta��o Sant�, em Santa Tereza, no s�bado passado. “Foi muito legal, afinal fiquei seis meses longe do p�blico”, diz ela, que j� chegou � casa dos 60 anos. 

Ela cantou acompanhada apenas de um viol�o. “Mas � porque o espa�o � pequeno e n�o pude levar outros instrumentos, pois temos que manter um distanciamento. Assim, fiz um repert�rio mais intimista, com o intuito de evitar aglomera��o. Foi muito boa essa volta, porque o contato com o p�blico � muito importante para n�s, artistas.”

At� que a pandemia seja de fato superada, a cantora diz que “temos que retornar com parcim�nia e muito cuidado, pois n�o podemos abusar e, � claro, seguir as medidas exigidas”. Zeca Magr�o, m�sico, vice-presidente do Sindicato dos M�sicos de Minas Gerais (Sindimusi-MG) e diretor do movimento Nos Bares da Vida, acredita que a libera��o  tenha vindo em uma boa hora. 

“� claro que o m�sico precisa trabalhar, mas confesso que achei o decreto um pouco vago no que diz respeito aos protocolos. Por isso acredito que ele ainda dever� sofrer algumas mudan�as.” Segundo Zeca, ele se inteirou da libera��o ouvindo a not�cia no r�dio. “� complicado, mas a libera��o tinha que sair mesmo de alguma forma, pois o povo estava pressionando, mas acho que poderia ser sido mais criterioso e rigoroso.”

O decreto municipal estipula regras para a manuten��o da dist�ncia entre artistas, deles com o p�blico e o uso de equipamento de prote��o, al�m do veto � pista de dan�a. 

O vice-presidente do Sindimusi se preocupa com a possibilidade de que muitos propriet�rios de bar n�o tenham condi��es de comprar a placa de acr�lico exigida para manter a separa��o entre os artistas e o p�blico.

O cantor e violonista Eduardo P�coli diz que “a volta da m�sica ao vivo reabriu uma porta, dentro de um cen�rio que estava obscuro”. Ele diz que, “entre as v�rias classes afetadas, acredito que a do m�sico foi a mais prejudicada pela quarentena”. 

P�coli conta que tocou no mesmo dia em que a m�sica ao vivo foi liberada. “Estou feliz com esse retorno, mesmo porque, se continuasse mais um tempo, era para se pensar mesmo no fim da quest�o.” Ele acha necess�ria, no entanto, uma reuni�o da categoria com a prefeitura, para que a administra��o municipal “possa entender como � a quest�o da m�sica ao vivo na pr�tica”.

SA�DE 
Feliz com a retomada dos shows nos bares, a dupla Bruno Costta e Oswaldo Ara�jo n�o v� hora de estar no palco. “Acredito que o decreto tenha sido feito pensando na sa�de do artista e do p�blico. Cumprindo as normas exigidas, n�o teremos problemas com as autoridades e poderemos fazer nossos shows tranquilos e seguros. Tamb�m temos que pensar em maneiras de contribuir para que essa pandemia acabe logo e a m�sica ao vivo se restabele�a de vez”, afirma Oswaldo.

O gaitista e produtor Guto Grandi acredita que os m�sicos, nesse per�odo at�pico e conturbado, mesmo com a volta das apresenta��es, t�m de se reinventar. “Em minha opini�o, ainda vai levar um bom tempo at� as coisas entrarem nos eixos. � um momento para pensar, estudar e atuar na m�sica de forma criativa, fazer algo diferente do que se fazia.”

Guto n�o voltar� aos shows ao vivo de imediato. “Acredito que, mesmo com todas as medidas tomadas, o artista ainda sofre algum tipo de risco. Assim que estiver mais seguro quanto � pandemia, voltarei aos palcos. Mas estou feliz com a vit�ria da classe e apoio aqueles que j� est�o trilhando seus velhos caminhos e fazendo seus shows ao vivo.”

O cantor e violonista S�rgio Olly conta que foi com alegria que recebeu a not�cia, mas preferiu esperar at� o fim de semana seguinte para recome�ar seus trabalhos. “Vou retomar os bares em que j� me apresentava antes da pandemia, seguindo as instru��es, � claro.”

O tecladista e cantor Will Motta, que acompanha Beto Guedes em seus shows, diz que foi uma �tima not�cia para os m�sicos. “Por sorte, continuei a dar aulas on-line (durante a quarentena) e isso me aliviou um pouco. Agora � bola pra  frente e voltar aos shows ao vivo, tomando todos os cuidados necess�rios. J� estou ligando para os locais onde tocava antes da pandemia e vou tocar neste s�bado (26), ali�s, o meu primeiro trabalho depois de seis meses. Estou feliz em voltar aos palcos e tocar para uma plateia.”


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