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Estado de Minas CINEMA

Longa argentino sobre trag�dia entre patroa e empregada estreia na Netflix

'Um crime em comum' procura expor a desconex�o da elite com a realidade social dos pa�ses latino-americanos


28/01/2021 04:00 - atualizado 28/01/2021 07:32

Elisa Carricajo interpreta Cecília, a protagonista do filme, que descobre tragicamente sua desconexão com a realidade social de seu país(foto: VITRINE FILMES/DIVULGAÇÃO)
Elisa Carricajo interpreta Cec�lia, a protagonista do filme, que descobre tragicamente sua desconex�o com a realidade social de seu pa�s (foto: VITRINE FILMES/DIVULGA��O)
Cec�lia (Elisa Carricajo) considera-se uma pessoa progressista de classe m�dia. Professora de sociologia, divide-se entre o trabalho e sua casa, onde cria o filho pequeno sozinha. � querida entre os amigos e alunos, e conta com a ajuda da diarista Nebe (Mecha Mart�nez) para dar conta de seu dia a dia. At� que o inesperado acontece. 

Durante uma madrugada, ela � acordada pelas batidas na porta de Kevin (Eliot Otazo), o filho de Nebe. Assustada, n�o abre. No dia seguinte, descobre, por meio da imprensa, que o jovem foi morto pela pol�cia e seu corpo jogado em um rio.

Com estreia na Netflix nesta quinta-feira (28/01), o longa argentino Um crime em comum, dirigido por Francisco M�rquez, trata de uma quest�o t�o urgente nos tempos atuais. A bolha social em que vivemos, e a divis�o entre os conceitos que pregamos e a forma como agimos.

Cec�lia n�o demora a descobrir sua desconex�o com o mundo real. E a culpa vai corro�-la – o que (n�o) teria ocorrido se ela tivesse aberto a porta? Tamb�m autor do roteiro, M�rquez comenta que o mote da narrativa nasceu de uma “observa��o da realidade”. 

“O que aconteceu com Kevin � uma situa��o comum em toda a Am�rica Latina. A Argentina tem casos emblem�ticos, de corpos jogados em rios contaminados, de um jovem preso acusado de roubar uma bicicleta.”

ACADEMIA

A protagonista representa a dist�ncia entre teoria e pr�tica. “Eu compartilho muitas inquieta��es com Cec�lia. O processo (de fazer o filme) foi bastante doloroso para mim, pois as perguntas dela s�o tamb�m algumas que me fa�o. Na Argentina, e acredito que no Brasil seja parecido, a ditadura produziu uma dist�ncia entre os intelectuais e os setores populares. Nos anos 1970, eles eram mais unidos pela milit�ncia. Hoje, a intelectualidade est� muito circunscrita � academia. E � muito dif�cil pensar a realidade a partir da academia”, diz o diretor.

M�rquez filma a hist�ria em um clima de thriller psicol�gico. Onipresente em cena, a atriz Elisa Carricajo entra numa espiral silenciosa de medo e culpa. O assassinato de Kevin marca uma quebra do que a personagem considera sua vida at� ent�o. Sua fortaleza racional, que a mantinha segura de si, entra em colapso. A jornada da protagonista � filmada de forma lenta, com muitos sil�ncios. Cec�lia torna-se solit�ria e sua conex�o com a realidade se fragiliza.

Um crime em comum tem coprodu��o com o Brasil, por meio da Multiverso Produ��es. A trilha sonora � assinada pelo paranaense Orlando Scarpa Neto. No pa�s, o filme chegou aos cinemas no in�cio de janeiro. Na Argentina, ele s� chegar� �s salas a partir de abril, de acordo com o andamento da pandemia.  

UM CRIME EM COMUM
• O longa argentino dirigido por Francisco M�rquez est� dispon�vel a partir desta quinta (28/1) na Netflix.


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