
Leia: Cantora Elza Soares morre aos 91 anos
Ao lan�ar o disco “Planeta Fome”, em 2019, declarou ao Estado de Minas: “O Brasil est� resfriado e � necess�rio que o povo d� um xarope a ele para que a gripe passe. Tudo passa e essa gripe vai passar tamb�m. Tudo depende de n�s, do povo, que n�o pode ficar dormindo, pois se ficarmos de bra�os cruzados, essa gripe acaba virando pneumonia.”
Artista engajada, atenta a problemas sociais como o racismo, o feminic�dio, a viol�ncia e a exclus�o social, Elza avisou: “Continuamos vivendo na fome. Nada mudou. Est� tudo a�, basta s� olhar. Infelizmente, a fome ainda � um fato contempor�neo e ningu�m faz nada para mudar isso”.

A cidad� honor�ria de BH afirmou, na cerim�nia na C�mara Municipal de BH, ao receber o t�tulo por proposta do vereador Gilson Reis: “O Brasil � o meu lugar de fala”.
Em 2016, Elza encerrou a programa��o da Virada Cultural 2016 de Belo Horizonte, na Pra�a da Esta��o. A multid�o a ovacionou, assim como ocorrera em show no Sesc Palladium, meses antes. “Maria da Vila Matilde”, gravada por ela em 2015, foi cantada com emo��o pela artista e pela plateia: “Cad� meu celular?/ Eu vou ligar pro 180/ Vou entregar teu nome/ E explicar meu endere�o/ Aqui voc� n�o entra mais/ Eu digo que n�o te conhe�o/ E jogo �gua fervendo/ Se voc� se aventurar”, diz a can��o, recado visceral para os machistas, abusadores e assediadores sexuais.