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Estado de Minas CINEMA

Julia Roberts volta � com�dia rom�ntica e d� "aula" no set de filmagem

Aos 54 anos, estrela produziu e atuou em "Ingresso para o para�so", ensinou a jovem Kaitlyn Dever a trabalhar e adorou "tirar sarro" de George Clooney


18/09/2022 07:20 - atualizado 18/09/2022 07:25
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Julia Roberts sorri, em primeiro plano, e tem à sua direita George Clooney em cena do filme Ingresso para o paraíso
Julia Roberts, de 54 anos, mostra por que � a rainha das com�dias rom�nticas contracenando com George Clooney, de 61, em "Ingresso para o para�so" (foto: Universal Pictures/divulga��o)

Junte uma por��o de risadas a uma dose igualmente generosa de romance. Depois, adicione um bonit�o ou dois. Salpique um pouco de situa��es absurdas e espere a mistura ficar leve. Sirva num cen�rio repleto de charme e finalize com Julia Roberts.

Essa parece ser a receita perfeita, embora um tanto vintage, para uma boa com�dia rom�ntica. E os f�s da maior das hero�nas noventistas apaixonadas v�o ficar felizes em saber que a atriz decidiu repetir a dose em seu novo filme, “Ingresso para o para�so”, em cartaz nos cinemas de BH.
 
Roberts retorna ao g�nero que a consagrou, por meio de t�tulos como “Um lugar chamado Notting Hill” e “Uma linda mulher”, depois de duas d�cadas do que julgou ser escassez de bons roteiros embebidos em romance e humor e nas quais priorizou personagens mais densas e a vida familiar.
 
 

Tr�s bonit�es e um papel sob medida

Agora cercada por tr�s bonit�es – dois interesses amorosos e um genro –, Julia assume novamente um papel despretensioso, que deve deliciar os f�s das antigas e os novos tamb�m.

“O que me fez aceitar o papel foi a chance de tirar sarro do George, de v�-lo pateticamente apaixonado por mim”, diz Roberts, em conversa com jornalistas, ao lado do outro protagonista, George Clooney, rostinho bonito quase imune � passagem do tempo.

“J� eu fiquei motivado pela oportunidade de trabalhar com a rainha das com�dias rom�nticas. S� que ela n�o estava dispon�vel e acabei trabalhando com a Julia mesmo”, retruca o ator, escancarando a intimidade e amizade que os dois constru�ram depois de cinco parcerias em cena.

Eles se revezam nas piadas, alternando tiradas sarc�sticas e o tom de bajula��o na cerca de meia hora que passaram conversando sobre “Ingresso para o para�so”, na manh� seguinte � premi�re do filme em Londres, no in�cio deste m�s.

Foi em “Onze homens e um segredo” (2001) que os dois contracenaram pela primeira vez e, desde ent�o, se esfor�am para promover reencontros no set de filmagem. Sorte de Ol Parker, diretor que escreveu os novos personagens com a dupla em mente.

Eles receberam o roteiro ao mesmo tempo e, depois da leitura, ligaram um para o outro. “Isso s� vai funcionar se voc� topar”, disse Clooney a Roberts, selando o acordo. “� divertido trabalhar com amigos. E com a Julia”, diz o ator.

Div�rcio, farpas e filha

Em “Ingresso para o para�so”, eles trocam os mesmos tipos de farpas, mas com um fundo de verdade, pois d�o vida a um casal divorciado que se odeia. No telefone de Georgia, o n�mero do ex est� salvo sob o nome “ele”. J� David insiste em se embriagar para suportar a companhia da ex numa viagem de avi�o.

Eles n�o t�m escapat�ria, afinal, o ef�mero e explosivo amor que viveram na juventude teve como fruto uma filha, que, agora, assume o papel da mocinha perdidamente apaixonada. No longa, ela decide largar o rec�m-conquistado diploma de direito para se casar e ir morar em Bali, onde h� poucas semanas foi la�ada por um rapaz que ganha a vida cultivando algas marinhas.

Os personagens de Roberts e Clooney podem ter pouco em comum, mas uma dessas coisas � a desaprova��o ao estilo de vida que a filha quer adotar. Por isso, decidem p�r as diferen�as de lado e embarcar, juntos, para a ilha paradis�aca e sabotar o cas�rio.

“Estar na presen�a da Julia foi uma aula. Muito do que aprendi foi de forma inconsciente, mas testemunhar seu jeito no set, a forma como ela aborda a atua��o e tamb�m quem ela � fora do trabalho foi um sonho. Ela � uma lenda”, afirma a atriz Kaitlyn Dever, a mocinha.

Em sua primeira com�dia rom�ntica, a jovem diz ter se inspirado nos filmes da pr�pria Roberts e em produ��es como “Harry e Sally: Feitos um para o outro” e “A proposta” para criar uma hero�na rom�ntica pr�pria, mais independente e confiante.

''Estar na presen�a da Julia foi uma aula. Muito do que aprendi foi de forma inconsciente, mas testemunhar seu jeito no set, a forma como ela aborda a atua��o e tamb�m quem ela � fora do trabalho foi um sonho''

Kaitlyn Dever, atriz

 
A seu lado, o franc�s de ascend�ncia indon�sia Maxime Bouttier vive o pr�ncipe encantado que passa uma generosa por��o do filme descamisado. O personagem � bonito, educado e infinitamente charmoso. No quintal de casa – nada convencional, uma ba�a paradis�aca adornada por casinhas de bambu –, ele corta peda�os de algas dos campos esverdeados que brotam na superf�cie do mar.

No elenco tamb�m est� Billie Lourd – filha de Carrie Fisher que George Clooney diz ter segurado no colo quando era beb� –, como a melhor amiga inconsequente, e Lucas Bravo (o gal� franc�s de “Emily em Paris”), que faz o piloto de avi�o namorado mais jovem e abobalhado da personagem de Julia Roberts. Uma esp�cie de “marido trof�u”, subvertendo o estere�tipo normalmente destinado �s mulheres.

“Ingresso para o para�so” traz a assinatura de Ol Parker, j� expert em personagens caricatos e com�dias rom�nticas ambientadas em cen�rios extravagantes. Ele escreveu “O ex�tico Hotel Marigold”, romance da terceira idade ambientado na �ndia, e dirigiu “Mamma mia! L� vamos n�s de novo”, musical escapista que tinha as �guas cristalinas da Gr�cia como palco para n�meros excessivamente felizes.

Kaitlyn Dever e Maxime Bouttier (Gede) dão as mãos em cena do filme Ingresso para o paraíso
Kaitlyn Dever (Lily) e Maxime Bouttier (Gede): o charme da juventude (foto: Universal Pictures/divulga��o)

Aux�lio luxuoso de Roberts & Clooney

Para o luxo que cerca os personagens no novo filme, o diretor Parker teve a ajuda de dois produtores – George Clooney e Julia Roberts –, que t�m se dedicado cada vez mais �s fun��es por tr�s das c�meras. Se precisava de dinheiro para algo, por exemplo, bastava a liga��o de um dos dois para o est�dio, conta Parker.

� como se o diretor tivesse ganhado duas vezes na loteria. Ele diz, afinal, que nem teria feito o filme se o par de astros n�o tivesse concordado em atuar nele. Mas como tudo na vida, o conto de fadas nas areias douradas de Bali precisava de um lado negativo.

Reviravoltas v�o balan�ar a leveza de “Ingresso para o para�so” no meio da trama. “Ei, voc�s est�o falando com o cara que matou a Meryl Streep em 'Mamma mia'”, brinca o diretor. “A quest�o � que n�o h� luz sem sombra. Mesmo nas com�dias rom�nticas, � preciso mostrar um pouco de tristeza para fortalecer o clima de otimismo do final e, com sorte, tirar um sorriso do p�blico.” 


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