Vista das instalações do CCBB-BH

O CCBB-BH realizou 457 projetos nesses 10 anos, sendo 173 de artes c�nicas, 87 de artes pl�sticas, 83 de m�sica, 17 de cinema e 97 multidisciplinares; seu recorde de visita��o foi em 2019, com 1,5 milh�o de pessoas

Alexandre Guzanshe/EM/D.A. Press


H� 10 anos Belo Horizonte ganhava dois importantes centros culturais – atualmente integrantes do Circuito Liberdade – que potencializaram o cen�rio das artes, da educa��o e da produ��o de conhecimento na capital. Abrigando diversas express�es – o teatro, a m�sica, as artes pl�sticas, a fotografia, o cinema, a literatura –, o Centro Cultural Banco do Brasil e o Centro Cultural Unimed-BH Minas sopram velas por sua primeira d�cada de funcionamento com motivos de sobra para comemorar.

Desde a segunda quinzena de agosto, m�s de seu anivers�rio, o CCBB-BH est� com uma programa��o em torno de seus 10 anos. O espet�culo “Aquela que eu (n�o) fui”, da Cia. Luna Lunera, em cartaz at� o pr�ximo dia 25; a exposi��o “Est�dio Drift – Vida em coisas” segue at� novembro, no terceiro andar e no p�tio; e a mostra “Walter Firmo: No verbo do sil�ncio a s�ntese do grito”, que j� ultrapassou 100 mil visitantes, se estende at� 2/10.

No per�odo de 2013 a 2014, o CCBB-BH recebeu um p�blico de 633 mil pessoas. Somente no primeiro semestre deste ano, foram 866 mil visitantes. “Isso mostra a consolida��o de uma trajet�ria. Esse aumento de p�blico � fruto do trabalho que a gente vem construindo ao longo dessa d�cada”, diz a gestora do espa�o, Gislane Tanaka.

Ela observa que nesses 10 anos n�o houve grandes mudan�as no que diz respeito � estrutura f�sica – at� porque o pr�dio que abriga a institui��o, constru�do em 1930, � tombado pelo patrim�nio hist�rico. O que aconteceu, sim, � que as equipes que estiveram � frente do Centro Cultural durante esse per�odo foram descobrindo novas possibilidades. “O p�tio interno, hoje, entendemos como um espa�o muito mais vers�til do que sup�nhamos em 2013”, exemplifica.

Vista das instalações do Centro Cultural Unimed-BH Minas 

mostra "Est�dio Drift- Vida em coisas" � uma das a��es da agenda comemorativa dos 10 anos do CCBB-BH

Alexandre Guzanshe/EM/D.A. Press


Pilares da curadoria


Os pilares da curadoria tamb�m foram mantidos ao longo da d�cada. A programa��o se sustenta sobre a diversidade, a multidisciplinaridade, o desejo de promover o di�logo entre p�blico, artistas e o mercado e o foco na quest�o das identidades, de acordo com a gestora. 

Tanaka aponta como um marco desses 10 anos a exposi��o “Dreamworks animation – Uma jornada do esbo�o � tela”, recordista de p�blico, com 605.674 visitantes, em 2019, quando, impulsionado pela mostra, o Centro Cultural recebeu mais de 1,5 milh�o de pessoas. Outro marco � o programa CCBB Educativo. “� um projeto de forma��o muito importante, que tem total ader�ncia com aquilo que o CCBB-BH pretende”, diz.

 biblioteca do Centro Cultural Unimed-BH Minas

A biblioteca do Centro Cultural Unimed-BH Minas foi aberta em 2021, com acervo de aproximadamente 6 mil t�tulos e aberta a n�o s�cios do clube

Alexandre Guzanshe/EM/D.A. Press


A passos largos


Inaugurado em mar�o de 2013, seis meses antes do CCBB-BH, o Centro Cultural Unimed-BH Minas – nome adotado em 2020, por causa do patrocinador –, surgiu equipado com teatro, galeria de arte, centro de mem�ria e caf� cultural. Em 2019, passa a fazer parte do Circuito Liberdade; em 2021, ganha uma biblioteca com 6 mil t�tulos; e em 2022, passa a contar, tamb�m, com salas de cinema.

Com uma m�dia de 300 espet�culos e outras iniciativas culturais por ano, o Centro Cultural tamb�m viu a frequ�ncia do p�blico aumentar expressivamente ao longo da d�cada. Em 2013, o equipamento recebeu aproximadamente 60 mil pessoas. No ano passado, foram cerca de 116 mil visitantes.

“A qualidade dos eventos � que contribui para esses n�meros. Tivemos o momento da pandemia, mas, com a reabertura do teatro e a recupera��o dos equipamentos culturais, no geral, a retomada foi espetacular. As pessoas estavam �vidas por cultura”, destaca o presidente do Minas T�nis Clube, Carlos Henrique Martins Teixeira. Sobre as curadorias do Centro Cultural, ele aponta que elas atuam na perspectiva de um imagin�rio aberto, “para poder propiciar aos diversos p�blicos toda a frui��o que a cultura pode oferecer”.

Entre os nomes que j� passaram pelo teatro ao longo desses 10 anos, Teixeira destaca Nelson Freire, Elza Soares, Erasmo Carlos, Eva Wilma, Grupo Corpo e Fernanda Takai com Orquestra Ouro Preto, entre outros. Ele chama a aten��o, tamb�m, para o grande apelo de p�blico que tiveram as exposi��es de Am�lcar de Castro, Bob Wolfenson e Tomie Ohtake, cuja retrospectiva de 100 anos inaugurou a galeria, em outubro de 2013.

O presidente do Minas T�nis Clube considera que o Centro Cultural refor�a a voca��o que Belo Horizonte tem para as artes. “� uma alegria a gente ver o corredor cultural da Pra�a da Liberdade cada vez mais forte. Todos os equipamentos que o comp�em trazem sua contribui��o. � uma rede de op��es que des�gua aqui no Minas T�nis, onde o p�blico pode vir saborear o que temos a oferecer. Queremos que o Centro Cultural seja um espa�o para todos”, afirma.