
Dizem que era a torta preferida da primeira-ministra brit�nica Margaret Thatcher. Com uma f� dessas, n�o demorou para se espalhar pelo mundo. Composta por camadas de biscoito, banana, caramelo e chantili, a banoffee foi inventada pelo chef de um restaurante em Londres, na d�cada de 1970. Aqui em Belo Horizonte, essa hist�ria � reverenciada pela confeitaria Bon’offee, que ficou conhecida pela receita.
“A banoffee � uma explos�o de sabores”, resume a engenheira de alimentos J�nia Mesquita, que pesquisou bastante para trazer a receita mais pr�xima da original. A �nica diferen�a entre a inglesa e a mineira est� no recheio, que tem doce de leite no lugar do caramelo. No Brasil, essa � a vers�o mais comum (nada mais justo do que usar um produto nosso).
Al�m do doce de leite, por cima da base de biscoito amanteigado est�o a banana nanica in natura cortada em fatias transversais, chantili e uma pitada de canela. J�nia � da opini�o de que a fruta combina muito bem com doces, seja na banoffee, no fondue de chocolate ou com sorvete na banana split. “At� quem n�o gosta de banana se apaixona pela torta. Ela � muito surpreendente”, analisa.
O que surpreende tanto? Para a engenheira, que tem contato direto com os clientes e ouve muitos coment�rios, a resposta est� na combina��o da croc�ncia do biscoito com a cremosidade do doce de leite, o sabor da banana e a leveza do chantili. Tanto que a banoffee �, de longe, a torta mais vendida da confeitaria. Pelo menos 70% dos pedidos s�o direcionados a ela.

A torta n�o vai ao forno e � para comer gelada. No delivery, existe a op��o de pedir a fatia com uma bola de sorvete de creme (enviada em um isopor) e calda de caramelo com flor de sal (que tamb�m vai � parte). Essa tamb�m � a sugest�o para os clientes que encomendam a torta inteira. Assim, ela ganha mais sabores e fica diferente do tradicional.
J�nia j� tinha experi�ncia com doces antes de decidir abrir a confeitaria com a engenheira ambiental Maria Cec�lia Vilela, sua amiga e vizinha. Quando era crian�a, gostava de reproduzir em casa as receitas que a Palmirinha ensinava na TV. Fazia brigadeiro para vender no col�gio, depois passou para bombons na �poca de faculdade e, como consultora de padarias, tinha muito interesse pela confeitaria.
Meses de testes
As s�cias chegaram a pensar em investir em uma franquia de bolos. Sorte a nossa que mudaram de ideia. “Decidimos abrir um neg�cio nosso e, como quer�amos oferecer algo novo, fui para a cozinha testar receitas”, conta J�nia, que nunca tinha comido banoffee na vida.
Nas pesquisas, ela conheceu a torta de origem inglesa e, vendo que quase n�o havia oferta em BH, arriscou o desconhecido. Foram quatro meses de testes at� lan�ar o produto.
Depois da banoffee, entraram no card�pio outras tortas, que partem da mesma massa. Se voc� gosta de sentir um azedinho, deve pedir a de creme de pistache com geleia de morango e framboesa. O morango aparece fresco em outra receita, que tem creme de brigadeiro branco, chantili e minissuspiros.

A cl�ssica torta de lim�o � coberta por merengue italiano ma�aricado e a cheesecake ganha mais contraste com a geleia artesanal de framboesa.
A torta de palha italiana foi inspirada em uma sobremesa que faz muito sucesso na confeitaria. J�nia estava pensando em como fazer uma palha italiana diferente e teve a ideia de passar o doce no chocolate. Assim, chegou ao bombom de palha italiana. Na vers�o torta, as camadas de biscoito e brigadeiro s�o cobertas por ganache de chocolate.
A �nica torta com base diferente � a de chocolate (no caso dela, o biscoito � de chocolate). O recheio combina creme de chocolate amargo e ao leite (para n�o ficar enjoativo) e at� o caramelo � de chocolate (branco), pois fica menos doce. “Sempre busco o equil�brio”, comenta J�nia.
A confeitaria, que completa um ano no m�s que vem, est� perto de concretizar o plano de abrir uma loja f�sica. No novo espa�o, al�m de vender os produtos, as s�cias querem receber os clientes para comer um doce e tomar um caf�.
Servi�o
(31) 99814-6404