
“Sou do Rio de Janeiro, da Regi�o dos Lagos, ent�o vem da� a minha paix�o pelo mar e pela pesca. Mas isso diz muito sobre saudade tamb�m. � uma forma de me conectar com as minhas ra�zes e me sentir um pouco em casa”, aponta o fluminense, que nasceu em Cabo Frio e morou em S�o Pedro da Aldeia antes de vir para Belo Horizonte.
A maior parte das mesas e cadeiras ficam na rua, ao ar livre, formando um “cal�ad�o” em toda a extens�o da fachada. O clima � de descontra��o, como se os p�s estivessem na areia, a poucos passos do mar.
Na �rea interna, que passou por reformas para virar bar (toda a estrutura da cozinha foi constru�da), destaca-se a pintura de um pescador manuseando sua rede, com o barco ao fundo. Cordas n�uticas fazem as vezes de lustres pendentes.
“Falo que o Pad� � como se fosse um restaurante de fim de semana da praia e o Tib�, o bar dos nativos, do lanche, da cervejinha de quarta para assistir ao jogo de futebol, do galeto para comer em casa com a fam�lia”, aponta Zito, numa compara��o com o seu restaurante, aberto h� tr�s anos e meio no Santo Ant�nio, que tamb�m navega pelas ondas do mar.

A grafia dos nomes � outro ponto convergente e virou marca registrada do chef (ele j� foi dono do Kur�).
O card�pio foca em petiscos cl�ssicos, a come�ar pelos bolinhos, apelidados de pelotinhas. O de bacalhau com azeitonas pretas inaugurou essa categoria. “Como a cultura portuguesa no Rio � muito forte, comemos bacalhau o ano inteiro e os bolinhos s�o muito comuns na mesa de bar”.
Mas o de l� n�o � igual aos portugueses. Para diferenciar, Zito fala que � um bolinho com bacalhau. A massa � de batata e o recheio, cremoso e suculento, ganha liga com natas feitas na casa.
Os past�is s�o chamados de iguarias. N�o � para menos, j� que ningu�m resiste a uma massa crocante e recheada. Surpreende o de polvo, realmente uma raridade por aqui. Siga a sugest�o do chef: a cada mordida, adicione uma colherada de vinagrete para sentir o frescor do mar. A maionese de leite de coco � outra op��o interessante de acompanhamento.
Bar de praia pede uma por��o de peixe frito, n�o � mesmo? Zito entrega uma vers�o simples, mas extremamente saborosa. As iscas de surubim ficam marinando no tucupi com coentro, alho e outros temperos. Depois s�o empanadas na farinha de trigo e fritas. Chegam � mesa sequinhas, acompanhadas de dois cl�ssicos de praia: lim�o e molho ros� de catchup com maionese.
Foco no sabor
“N�o uso tucupi por ser diferente, n�o. � um ingrediente t�o maravilhoso que est� no meu dia a dia. Uso para temperar porco e outras carnes al�m do peixe”, conta o chef, que sempre busca sabor atrav�s dos temperos, por mais b�sica que seja a receita.
Por esse motivo, a cozinha, que fica sob o comando da paraense Adriana Rente (“cria” do Pad�), faz todos os processos, desde curar e defumar as carnes a preparar os molhos.
Por esse motivo, a cozinha, que fica sob o comando da paraense Adriana Rente (“cria” do Pad�), faz todos os processos, desde curar e defumar as carnes a preparar os molhos.

No card�pio, ainda tem espa�o para beliscos tradicionais que s�o (quase) unanimidade: alm�ndegas de porco, l�ngua e moela. Todos s�o servidos com molho de tomate.
N�o deixe de experimentar o torresmo de ab�bora. Esse curioso petisco surgiu por acaso, na urg�ncia de atender, em um jantar, um cliente que n�o comia carne. Zito improvisou o prato: cortou o legume em cubos, passou no amido de milho, fritou e, sem querer, criou essa maravilha. A receita estava guardada para quando ele abrisse um bar.
A ab�bora, temperada com coentro, cominho, pimenta e lim�o, fica ao dente. Para acompanhar, maionese verde.
A ab�bora, temperada com coentro, cominho, pimenta e lim�o, fica ao dente. Para acompanhar, maionese verde.
Os drinques, criados pelo mixologista C�ssio Batista, dividem as aten��es com a cerveja gelada. Divertidos, nos levam � beira da praia. Tem at� sombrinha colorida para enfeitar.
De t�o azul, o La Belle de Jour chega a ser hipnotizante, remetendo a um mar cristalino. Al�m do licor, que colore a mistura, adiciona-se rum de coco, lim�o taiti e �gua de coco. J� amado pelos clientes, o L�grima Nordestina combina cacha�a e caju�na, bebida de caju t�pica do Nordeste.
De t�o azul, o La Belle de Jour chega a ser hipnotizante, remetendo a um mar cristalino. Al�m do licor, que colore a mistura, adiciona-se rum de coco, lim�o taiti e �gua de coco. J� amado pelos clientes, o L�grima Nordestina combina cacha�a e caju�na, bebida de caju t�pica do Nordeste.
O bar serve pratos apenas na hora do almo�o. Durante a semana, as op��es s�o os escondidinhos com salada e sobremesa do dia. Entre eles, mandioca com carne serenada e requeij�o de corte e inhame com cogumelos na manteiga. D� para pedir acr�scimo de arroz e feij�o.
J� aos s�bados e domingos, tem galeto assado para levar para casa ou comer no “cal�ad�o” com arroz, feij�o, maionese de batata e farofa de cebola na manteiga. A refei��o completa serve tr�s pessoas.
J� aos s�bados e domingos, tem galeto assado para levar para casa ou comer no “cal�ad�o” com arroz, feij�o, maionese de batata e farofa de cebola na manteiga. A refei��o completa serve tr�s pessoas.
Servi�o
Avenida Get�lio Vargas, 1585, Savassi
(31) 97197-5463