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Estado de Minas SEM TALHER

Taverna medieval serve banquete para comer com as m�os

Voc� escolhe o assado e recebe um babador de papel onde est� escrito 'b�rbaros n�o usam talher'


30/06/2023 14:45 - atualizado 03/07/2023 14:48
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Como seria uma vers�o do almo�o de domingo do brasileiro na Idade M�dia? Tem carne assada, tem prato para compartilhar, mas n�o tem talher. O banquete oferecido pela taverna medieval A Forja, em Belo Horizonte, � para comer com as m�os.

“Todo mundo quer ter uma experi�ncia diferente, que saia um pouco do universo da alta gastronomia, cercado por uma atmosfera de pompa e etiquetas. O banquete � um momento para ter prazer gastron�mico e se sentir � vontade”, resume Kiki Ferrari, que se inspirou nos b�rbaros.

Esse nome se refere aos povos n�mades, que n�o faziam parte do Imp�rio Romano, portanto eram considerados incivilizados, mas, segundo o chef e s�cio da casa, a hist�ria prova que eles influenciaram as culturas do mundo inteiro.
 
Kiki Ferrari e Igor Escobar taverna medieval a forja
'O banquete � um momento para ter prazer gastron�mico e se sentir � vontade', resume Kiki Ferrari, ao lado do s�cio Igor Escobar (foto: Thiago Miranda/Divulga��o)
Mesmo quem n�o conhece a gastronomia medieval deve ter em mente a imagem de um banquete daquela �poca, amplamente representado em filmes e quadros. A cena mostra uma mesa bem comprida com carnes, frutas, queijos e castanhas e as pessoas comendo com as m�os. A taverna em BH reproduz essa ideia, mas em um formato para servir duas pessoas.

banquete barbaro taverna medieval a forja
A divers�o est� em pegar a carne pelo osso e usar os p�es para comer os antepastos (foto: Juninho Oliveira/Divulga��o)
Voc� pode escolher o assado, e isso define o pre�o do banquete. Os temperos remetem aos tempos da Idade M�dia e as carnes s�o preparadas na churrasqueira com coifa em formato de guerreiro medieval. Quase todos os cortes chegam � mesa com osso, o que refor�a a rusticidade da refei��o e tamb�m facilita o trabalho das m�os sem talheres.

Entre as op��es de assados, est�o as costelas de boi (com molho hypocras, vinho grego temperado com especiarias que deu origem � sangria) e de porco (com molho irland�s de u�sque). J� o galeto ganha sabor com o molho dinamarqu�s senhorial, � base de especiarias, vinagre e p�o para engrossar. O coelho, temperado com especiarias e vinho branco, entra como representante das carnes de ca�a.

Para comer o banquete, voc� recebe um babador de papel onde est� escrito “b�rbaros n�o usam talher”. A divers�o � pegar a carne pelo osso e ir comendo em v�rias mordidas. N�o tenha receio de ficar com as pontas dos dedos engorduradas. S� assim para sentir como os b�rbaros comiam. Uma cumbuca com �gua e rodelas de lim�o fica na mesa para lavar as m�os.

Os acompanhamentos s�o fixos: moretum (pasta de queijo com ervas, nozes, mel e vinho branco de origem etrusca, antecessor do pesto) e fasole batuta (homus romeno de feij�o-branco com cebola caramelizada na p�prica). Os p�es h�ngaro (frito) e sueco (crocante) funcionam como talher para comer os antepastos. Completam o prato de pedra frutas, cogumelos e castanhas.

Para quem n�o curte a ideia de comer com as m�os, a taverna oferece o banquete Real, com talheres, mas sem fugir da tem�tica medieval. Combina receitas ligadas � nobreza, principalmente pela fartura de insumos, e tamb�m serve duas pessoas.

banquete real taverna medieval a forja
(foto: Juninho Oliveira/Divulga��o)
Os assados s�o os mesmos, mudam os acompanhamentos. O prato ib�rico migas deu origem ao nosso feij�o-tropeiro. “A origem mais prov�vel das migas � o rfisa, p�o velho rasgado com gr�o-de-bico e ovo cozido, igual a gente decora o tropeiro.” Do Marrocos para a Espanha, acrescentaram carne de porco. Em Portugal, entrou o feij�o-fradinho. Foram os bandeirantes que trouxeram a receita para o Brasil.

A vers�o servida no A Forja � feita com migalhas de p�o, feij�o-fradinho, couve, cogumelos, bacon, lingui�a defumada alem�, alho, a�afr�o e azeite.
J� que feij�o n�o vive sem arroz, a taverna criou uma receita medieval com gr�os integrais, cevada, ervilha fresca, cebola e especiarias. Segundo Kiki, seria uma vers�o r�stica do arroz pilaf, de origem persa, que influenciou o mundo dos arrozes temperados.

Ainda fazem parte do banquete Real a salsa otomana, antepasto de tomate e piment�o que era muito comum na mesa dos sult�es. Essa receita n�o � exatamente medieval, mas representa o marco do fim da Idade M�dia, com a queda de Constantinopla. O pur� r�stico de batata tamb�m foge da tem�tica, mas foi inclu�do por trazer uma refer�ncia germ�nica.

Servi�o

A Forja Taverna Medieval (@forjataverna)
Rua Cl�udio Manoel, 500, Funcion�rios
(31) 98291-9595

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