Bar carioca em BH, Redentor comemora 20 anos com novo card�pio

O Redentor nasceu da vontade de trazer a cultura do chope para o belo-horizontino. “Pouqu�ssimas casas vendiam chope de alto padr�o, at� hoje � assim, na verdade. Essa especialidade � coisa rara em BH. O mineiro est� mais acostumado a tomar cerveja”, comenta Daniel Ribeiro, filho de um dos fundadores, Fausto Dias, que est� no ramo h� 40 anos e j� abriu 18 estabelecimentos na cidade.

Essa proximidade com o chope era importante para refor�ar o esp�rito carioca do bar. Na �poca, os s�cios ficaram impressionados ao saber que o Rio de Janeiro vendia mais canecas do que todos os outros estados juntos. De qualquer forma, eles sempre acreditaram no frescor, leveza e cremosidade da bebida. Fizeram cursos, visitaram bares e investiram em treinamento para oferecer a melhor experi�ncia em BH.

Como o chope n�o � pasteurizado (cont�m mol�culas vivas), precisa “descansar” por um dia na c�mara fria. “Al�m da torneira e do g�s especiais, precisamos ter um ser humano especial na chopeira, muito experiente, que saiba tirar o chope dentro do padr�o, com o creme na medida certa, mesmo com a casa lotada”, aponta Daniel, acrescentando a import�ncia dos gar�ons nesse caminho do copo at� a mesa.

O movimento no bar tamb�m interfere na qualidade da bebida. Sabe por qu�? Quanto mais se aciona a torneira, mais frequente ser� a reposi��o, o que garante um sabor sempre fresco.

Ent�o, podemos dizer que o Redentor fica lotado porque tem chope bom e, ao mesmo tempo, tem chope bom porque fica lotado. Novos barris chegam todos os dias para dar conta da sede de chope.

 

 

O clima descontra�do nos faz sentir de frente para o mar. L� � um lugar t�o democr�tico quanto as praias cariocas. Daniel fica feliz de ver que o cliente de bermuda e chinelo convive bem com o de terno e gravata, assim como os mais velhos se misturam, em harmonia, aos mais jovens. Muitos s�o frequentadores ass�duos e formam o que eles chamam de comunidade. � o chope promovendo encontros.

 

No in�cio, a varanda era o espa�o mais cobi�ado. Com o tempo, os clientes foram desejando ocupar a cal�ada. Na pandemia, veio o parklet. O movimento era tanto que eles abriram ao lado, na Rua Sergipe, o Moema, com o mesmo chope e o mesmo astral, mas pratos inspirados na cozinha paulistana.

Agora planejam expandir para o outro lado, na Rua Fernandes Tourinho. A nova casa, ainda sem data de inaugura��o, ter� o nome de Quiosque do Redentor, com comida de estufa e as famosas batidas.

Desde crian�a, Daniel acompanhava o pai nos neg�cios e entrou como s�cio em 2011 (hoje s�o s� os dois). Al�m da cultura do chope, ele enxerga que o Redentor trouxe para BH a excel�ncia no servi�o. O que faz com que seja um cl�ssico da cidade.

“Aqui � um lugar que as pessoas t�m seguran�a de indicar, porque sabem que v�o ser atendidos com sorrisos, podem relaxar, ter bons momentos, se sentir em casa, e ainda v�o encontrar comida boa e com pre�o justo.”

Os 20 anos chegaram com novo chef, Fabiano Braga, e novos pratos. Logo na primeira p�gina do card�pio, est� escrito: “experimente e nos diga o que achou”. Os clientes � que v�o decidir se as novidades devem ou n�o permanecer no card�pio. No m�s que vem, uma nova leva de pratos chega e a brincadeira continua.

Para acompanhar o chope, eles criaram o bolinho cervejeiro, com recheio de lingui�a de pernil mo�da, malte, especiarias e queijo minas. Tamb�m entrou no card�pio o camafeu de camar�o com requeij�o cremoso, servido com molho de moqueca, que traz o sabor do mar.

J� a pancetta foi aprimorada para ficar mais suculenta e crocante. Os cubos de barriga de porco devem ser mergulhados no molho de pimenta dedo-de-mo�a defumado.

Entre os pratos para compartilhar, destaque para a panturrilha de porco glaceada no molho de cerveja preta com pir�o de queijo canastra e couve crocante e o corte bovino denver steak com batata r�stica, aioli de p�prica e chimichurri.

Os clientes antigos podem ficar tranquilos, porque os cl�ssicos seguem no card�pio, a come�ar pelas disputadas empadinhas. Duas vezes por noite, o sino bate para avisar que a fornada est� saindo. Os recheios variam entre frango com catupiri e camar�o ao creme, mas a ideia agora � ter mais um sabor a cada semana.

Os past�is de feira tamb�m entram na categoria dos sucessos (Fausto vem de experi�ncias com as pastelarias Pop Pastel e Pop Kid), assim como o “Jab� porta bandeira”, com carne seca desfiada com cebola na farinha e manteiga de garrafa derretida, e a “Maminha da Carol”, com molho cerveja preta, creme de cebola e p�o franc�s.

Chope � a bebida mais vendida, mas, nesta nova fase, o Redentor tamb�m quer ser conhecido como o bar que tem a melhor caipi da cidade. “A caipi � uma bebida muito brasileira e o Redentor � um bar muito brasileiro, ent�o acho que combina bastante com a nossa proposta.”

O mixologista Tiago Santos criou seis sabores que fogem do tradicional e podem ser feitos com cacha�a ou vodca. S�o eles: morango com cereja amarena, lichia com tangerina e lim�o, tangerina com gengibre e hortel�, caju com lim�o siciliano, abacaxi com capim lim�o e uva verde com manjeric�o.

Redentor (@redentorbar)

Rua Fernandes Tourinho, 500, Savassi

(31) 3568-8469