Homem que vende caf� no tr�nsito de BH j� faturou R$ 100 em �nico copinho

Desde que a venda de cafezinhos viralizou nas redes sociais, Andr� Abrantes, de 37 anos, virou uma esp�cie de celebridade na esquina entre a Rua Alcoba�a e a Avenida Ant�nio Carlos, no Bairro S�o Francisco, na Regional Pampulha, em Belo Horizonte. Em meio aos carros, ele vende copos da bebida para motoristas e pedestres no sem�foro e cada cliente paga aquilo que “sentir no cora��o”. 

O maior valor que Andr� recebeu foi R$ 100 por um �nico copo de caf�. E, depois que o v�deo viralizou, ele n�o s� est� vendendo mais, como as pessoas est�o sendo mais generosas. O vendedor j� recebeu at� Pix de quem nem passa pelo trecho, mas gostou tanto da ideia que resolveu apoiar.

 

 

Caf� do Sul de Minas

Ele conta que o segredo de tanto sucesso est� na qualidade do p� que utiliza. “Eu uso um caf� do Sul de Minas, que eu compro todo fim de semana em uma lojinha em Vespasiano. Eles moem na hora”, revela. Todas as semanas, ele utiliza cerca de 1,2 kg do p� de caf�, que rende aproximadamente 5 litros da bebida pronta todos os dias ou 300 cafezinhos por semana. 

Andr� serve caf�s com a��car e sem o dul�or e quem preferir pode ado�ar a bebida com um ado�ante, que ele leva para os clientes. “Eu comecei s� com o caf� ado�ado, mas muita gente pedia o caf� sem a��car e eu passei a trazer. Mas eu mesmo prefiro com a��car”, brinca. 

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Independente de ser ado�ado ou n�o, o sabor do caf� agradou tanto que a paradinha no sinal para tomar a bebida quentinha j� faz parte da rotina de muita gente. Andr� conta que conquistou fregueses fi�is. “Eu tenho muitos clientes que compram o caf� todo dia ou quase todo dia. Eu geralmente j� sei o nome e como eles gostam do caf�”, afirma. Para ele, esse cuidado com a clientela faz com que eles se sintam especiais e ainda mais cativados. E a reportagem do Estado de Minas p�de ver de perto como ele j� se tornou pr�ximo de alguns desses fregueses. 

Mesmo aqueles que n�o compram o cafezinho, t�m um lugar especial na rotina de Andr�. “A maioria conversa. Tem pouca gente que fecha o vidro e vira a cara”, relata. 

 

 

 

Andr� acorda, todos os dias, �s 4h da manh�, para se arrumar e para preparar o caf�, que ele leva em garrafas t�rmicas. Morador do Bairro Santa Am�lia, tamb�m na Pampulha, ele pega, por volta das 6h, o �nibus para chegar em seu ponto de vendas. 

Al�m do caf�, ele investiu em um avental e um suporte para vender a bebida, que ele serve em copos personalizados. Sem contar que ele usa luvas e m�scara durante todo o processo. “A apresenta��o conta muito”, garante. 

Ao todo, ele vende 5 litros de caf�, diariamente, o que rende em torno de um sal�rio m�nimo e meio de renda extra para Andr�, que tamb�m trabalha como assistente administrativo em um col�gio da capital. Ele, que come�ou a vender a bebida para complementar a renda, sonha em terminar de construir a casa da m�e e conquistar seu carro – um �nix, da marca Chevrolet. 

Por volta das 10h, Andr� j� vendeu todo o caf�. � quando ele junta todo o seu material e segue, de �nibus, para o seu trabalho formal, onde fica de 11h da manh� at� �s 21h. Por conta dessa rotina, ele n�o consegue vender o caf� no final da tarde, hor�rio que tamb�m � tradicional para o brasileiro.

Mas Andr� pensa em como ampliar seu neg�cio e se v� como inspira��o. “N�o penso em colocar mais gente para vender para mim, mas posso servir de inspira��o para muita gente que est� desempregada e quer ganhar um dinheiro. Eu penso em ampliar as vendas. Quem sabe um dia eu n�o abro uma cafeteria?”, sugere.